terça-feira, 2 de julho de 2013

História (breve e livre, baseada em apontamentos históricos) de Macedo de Cavaleiros

De acordo com os documentos de D. Afonso III, em 1258, o território de Macedo pertencia a D. Nuno Martins e a D. Mendes Gonçalves, nobres cavaleiros. Esse território era, na altura, apenas uma pequena povoação com importância inferior às suas vizinhas Nozelo, Vale Prados, Cortiços, Sezulfe e Pinhovelo, as quais, receberam carta de foral antes de Macedo de Cavaleiros.
Foi a partir do século XIV que Masaedo surge pela primeira vez nos documentos como Macedo de Cavaleiros. É provável que o facto de seus donatários serem cavaleiros tenha estado na origem deste aditivo.
Em 1722, D. João V passou carta de reguengos da Casa de Bragança aos moradores da quinta de Macedo. Ao designar Macedo como "Quinta" fica patente a pequena dimensão desta povoação.
Em 18 de Julho de 1835 decretava-se a nova divisão administrativa. O país ficava dividido em distritos, estes em concelhos e estes em freguesias.
No mapa nº 2 anexo ao Decreto, mencionavam-se, entre os 44 concelhos que ficavam a constituir o distrito de Bragança, os de Chacim, Cortiços, Nozelos, Sezulfe e Vale de Prados.
A 6 de Novembro de 1836, reduziram-se a dois - Chacim e Cortiços - os velhos Concelhos que viriam a constituir o núcleo de Concelho de Macedo de Cavaleiros.
Uma nova divisão administrativa é aprovada em 1853 e institui Macedo dos Cavaleiros como Julgado e Concelho, suprimindo os antigos concelhos de Chacim e Cortiços.
Um erro gráfico dá forma definitiva ao nome Macedo de Cavaleiros.
Em 1863 a povoação de Macedo de Cavaleiros é elevada à categoria de vila.
Indubitavelmente o crescimento da antiga povoação de Masaedo deve ter sido enorme entre o início do século XVIII e a segunda metade do século de XIX, passando duma simples "quinta" a sede de concelho e a vila.
A 13 de Maio de 1999 é votada na Assembleia da República a elevação de Macedo de Cavaleiros à categoria de cidade.
 
LENDA OU FACTO
Até ao dia de Portugal, Macedo tinha lendas sobre valorosos cavaleiros e as suas façanhas. Umas contra mouros, outras contra espanhóis, das quais ficaram frases muitas vezes repetidas como: “Maça Macedo, maça Macedo”, mas todas tentando justificar a toponímia “dos Cavaleiros”.
Depois do dia 10 de Junho de 2006, Macedo de Cavaleiros tem uma história e o nome de um herói: Martim Gonçalves de Macedo. Herói não só de Macedo (terra que lhe deu nome e que, por ele, haveria de se chamar de Cavaleiros), mas de toda a nação.
As acções heróicas aconteceram numa tarde de 14 de Agosto, decorria o ano de 1385 e, a alguns quilómetros de Aljubarrota guerreavam espanhóis e o Mestre de Avis, que depois seria D. João I e tinha por escudeiro Martim Gonçalves de Macedo.
Descrevem várias crónicas que, “Chegando este Rei (D. João I) a braços com Roberto Gonçalves Barros, homem de grandes forças, caíra el-Rei, e Martim Gonçalves o levantou do chão e matou o castelhano”.
Os feitos de Martim de Macedo. O futuro rei soube agradecer o feito a Martim de Macedo, fazendo notar que nas armas da sua família passasse a constar “um braço com a maça com que matou o castelhano e no braço metida uma coroa real, porque no valor daquele braço consistiu a coroa daquele Rei”. A relação de Martim Gonçalves de Macedo com as terras que hoje são Macedo de Cavaleiros parece estar assegurada por um registo que afirma que Martim Gonçalves de Macedo casou com dona Brites de Sousa (com muitos dotes), constituindo morgado em Macedo de Cavaleiros. Muito interessou e interessa aos macedenses a origem do nome Cavaleiros. Tudo indica que se deve à figura de Martim Gonçalves de Macedo. Esta luz que se fez no nome e história de Macedo de Cavaleiros deve-se a “de Macedo a Macedo de Cavaleiros (via Aljubarrota)“, da autoria de Pedro Barbosa e Carlos Emendas. O livro, propriedade da autarquia, é um documento importante para qualquer macedense. Lê-se com facilidade, contém referências de heráldica, genealogia dos Macedo e uma descrição com algum pormenor da Batalha de Aljubarrota, para além de inúmeros e valiosos excertos de crónicas e textos antigos. Carlos Mendes, há menos de um ano, publicou o livro “Macedo de Cavaleiros, Cultura Património e Turismo – Contributo para um programa integrado”. Trata-se de uma extensa monografia de Macedo de Cavaleiros e do seu concelho.
 

1 comentário:

  1. Estranho a ausência do nome "CHACIM" quer no cavaleiro quer na história da antiga quinta de Macedo !!!

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