segunda-feira, 29 de julho de 2013

Novo reitor quer universidade de Vila Real como âncora de criação de emprego

O novo reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), António Fontaínhas Fernandes, que toma posse segunda-feira, defende que a academia deve ser «a âncora» de fixação de população e de criação de emprego no interior.
A cerimónia de tomada de posse da nova equipa reitoral conta, segundo anunciou hoje a UTAD, com a presença do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato.
Fontaínhas Fernandes, de 51 anos, foi eleito por unanimidade a 5 de Julho pelo Conselho Geral da UTAD.
O professor catedrático vai tomar posse num “momento decisivo” para a academia transmontana devido à redução no financiamento público. Entre 2010 e 2013, a UTAD sofreu um corte de cerca de 10 milhões de euros nas transferências estatais, passando de 35 para 25,8 milhões de euros.
Com 7264 alunos espalhados por 118 cursos, dos quais 4964 a frequentar os 36 cursos de primeiro ciclo, a universidade possui ainda 527 docentes e 439 funcionários.
As propinas são a principal fonte de receitas próprias deste estabelecimento de ensino superior.
Até 2017, Fontaínhas Fernandes quer promover reformas a nível de funcionamento para tornar a academia mais eficaz e eficiente, bem como a nível da oferta educativa e de investigação.
Os compromissos do novo reitor passam pela aposta” no ensino de qualidade e fortemente ligado ao mercado de trabalho, por uma investigação desenvolvida de acordo com as necessidades das empresas e ainda pela afirmação da universidade no desenvolvimento da região e do país”.
Fontaínhas Fernandes defende que as universidades “devem reforçar o seu papel na recuperação económica e na redução dos desequilíbrios socioeconómicos e intra-regionais do país, devendo ser apoiadas como âncoras de fixação de população e de criação de emprego”.
“As instituições de ensino superior que se localizam em regiões de baixa densidade não devem ser consideradas um problema, mas antes como uma oportunidade para a construção de um Portugal mais coeso, mais inclusivo e mais solidário”, salienta.
O reitor quer aumentar o número de alunos dos segundo e terceiro ciclos e, para isso, defende a criação de novas ofertas em consórcio com outras instituições à semelhança do que aconteceu com o doutoramento em Enologia e Viticultura, que vai ser implementado no próximo ano lectivo em parceria com a Universidade Católica.
A estratégia passa pela aposta em áreas em que a UTAD se distingue, tais como a sector vitivinícola, agroalimentar ou ambiental, as ciências químicas, matemáticas ou físicas, as ciências animais e veterinária, bem como áreas emergentes como as alterações climáticas.
Para atrair mais alunos é preciso, de acordo com o responsável, apostar na “qualidade do ensino” e numa “forte inserção na vida activa”.
O reitor defende que o empreendedorismo deve ser uma “competência leccionada” em todos os cursos e quer ainda apostar em estruturas de apoio aos estudantes com vista à criação do próprio emprego.
Na segunda-feira tomam ainda posse os novos três vice-reitores, Artur Cristóvão, João Mendes e António José da Silva, bem como os quatro pró-reitores, nomeadamente Alexandra Esteves, José Mourão, Amadeu Borges Alberto Baptista.

Agência Lusa
Retirado de www.diariodetrasosmontes.com

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