terça-feira, 16 de julho de 2013

Amoras sikvestres podem ser nova fonte de rendimento para transmontanos

 As amoras silvestres podem transformar-se, à semelhança dos cogumelos, numa nova fonte de rendimento "natural" para os transmontanos dispostos a recolher o fruto das silvas que abundam nos campos da região.

 
foto Global Imagens/Arquivo
Amoras silvestres podem ser nova fonte de rendimento para transmontanos
Amoras: nova fonte de rendimento
 

Uma empresa exportadora de Bragança, a Sortegel, promete comprar "toda a amora silvestre" que lhe façam chegar "no mínimo a um euro e meio o quilo", como adiantou, esta segunda-feira, à Lusa, o administrador José Alfonso.
"É fácil de recolher, o custo de produção é baixíssimo porque é de borla e nós todos os anos temos pedidos (dos mercados) de amoras silvestres", afiançou.
A região transmontana "tem um potencial enorme" deste fruto que cresce livremente nas silvas nos campos e nas bermas dos caminhos, nesta época do ano e que faz as delícias, sobretudo das crianças nas zonas rurais.
"Eu vejo aqui por todo o lado e ninguém apanha", observou, reiterando que "toda a amora silvestre que apanhem", a empresa compra.
A procura, sobretudo dos vizinhos espanhóis, foi o que desencadeou há algumas décadas o negócio dos cogumelos silvestres em Trás-os-Montes, onde no outono as florestas são esventradas à procura dos fungos.
O interesse crescente pelos chamados furtos vermelhos, em que se incluiu a amora silvestre, para sumos, compotas ou em fresco, pode agora alterar a forma como as populações locais encaram este fruto e sobretudo as silvas que crescem como pragas nos terrenos agrícolas e bermas de caminhos.
"Todos os mercados" procuram este fruto, garantiu o administrador da empresa de Bragança, que exporta sobretudo castanha, mas também framboesas e morangos e comercializa vários produtos frescos e ultracongelados da região transmontana.
Quem estiver disposto a enfrentar os espinhos das silvas, pode tirar proveito financeiro desta procura da amora silvestre, ao custo de "um passeio" pelos campos.
A Sortegel é uma empresa com 25 anos, sedeada em Sortes, em Bragança, que "exporta 80%" da produção, emprega mais de um centena de pessoas e fatura anualmente 17 milhões de euros.

Retirado de  www.jn.pt

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