A construção de um Centro de Interpretação Sefardita, em Bragança, pode ser um impulso para a criação da Rota dos Judeus em Trás-os-Montes. Esta é a convicção do secretário-geral da Rede de Judiarias de Portugal.
Jorge Patrão considera que o Nordeste Transmontano tem uma história ligada ao Marranismo singular, que deve ser contada em prol do desenvolvimento da região. A promoção deste pedaço da história da região é, para o responsável, uma oportunidade para trazer turistas ao Nordeste Transmontano. “Há aldeias, como Sambade, Carção, Argozelo, entre outras, que cresceram muito com a expulsão de mais de 100 mil judeus de Espanha, que constituíram especificidades muito próprias nestas aldeias. Essas histórias se forem contadas têm uma originalidade não só para os portugueses cristãos ou judeus, como para uma grande camada do mercado turístico internacional”, enaltece Jorge Patrão. Para o presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Melchior Moreira, o turismo associado à história dos judeus é um filão que deve ser explorado. Alfândega da Fé é um dos municípios que quer dar o seu contributo para a criação desta rota. A autarca, Berta Nunes, apela ao trabalho em conjunto de todos os municípios da região. “Só trabalhando todos em conjunto é que podemos criar uma rota forte, que tenha visibilidade e que consiga atrair turistas”, sublinha a edil.
Começam a dar-se os primeiros passos para a criação da Rota dos Judeus em Trás-os-Montes. O Centro de Interpretação Sefardita, um projecto do arquitecto Eduardo Souto Moura, vai ser apresentado no próximo dia 19, em Bragança.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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