domingo, 28 de dezembro de 2014

Desejamos-lhe um excelente e grandioso ano 2015!


Que o ano que se aproxima a passos largos, 
traga com ele todos os seus sonhos realizados
e, também, muita paz,
muito amor,
muita saúde.
Dinheiro, claro, faz falta.
Que venha também 
o que considerar necessário.
Que estas bênçãos tragam a todos, senão a felicidade,
pelo menos, o maior número possível de momentos felizes. 

São os nossos mais sinceros votos.
Maria e Marcolino Cepeda

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

FELIZ NATAL!


Que neve... se esse for o seu desejo.
Se não for... seja feliz, muito feliz.
Viva o seu Natal com as pessoas que mais ama.
Respire Amor, Paz, Alegria e Saúde.

São os nossos votos. 
Feliz Natal!

Maria e Marcolino Cepeda

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Vai uma cerveja, amigo?

Meu velho,

Conheço-te há mais de 40 anos. Foi em 1973 que começámos a “enfrentar-nos” nas páginas do Mensageiro de Bragança, onde ambos colaborávamos. A certa altura, fui obrigado a utilizar o pseudónimo José Valverde por sugestão do Padre Sampaio, já que tinha sido proscrito pelo Bispo de então e proibido de voltar a escrever para o jornal.
Durante dois meses contendemos no Mensageiro, tu contra um texto que eu havia publicado sobre o presidente da Academia do Liceu; eu em resposta à tua crítica. Foram dias intensos.
Como te recordarás, criei o Grupo de Teatro Sequência e a nossa primeira atuação, realizada na Escola Comercial e Industrial, foi bem trabalhada e exigiu um grande esforço de toda a malta. A abertura consistia na leitura de alguns poemas de poetas transmontanos, seguindo-se a representação da peça que havíamos escolhido.
A tua crítica, publicada no jornal Ènié, foi arrasadora. Na tua opinião apenas se salvava a atriz principal. Tudo o resto foi tempo que o vento levou. Convém dizer que tu também tinhas uma companhia de Teatro, A Máscara, que dirigias. Vislumbro aqui, uma ligeira dor de cotovelo…  
Estávamos em 1977. Haviam passado quatro anos desde a nossa primeira batalha.
O Teófilo, cansado de nos aturar, e sendo amigos de ambos, decidiu agir e juntou-nos no Café Girassol, no Largo do Tombeirinho. Conversámos… desde então, alimentamos uma amizade segura e cúmplice.
Envolvemo-nos em muitas atividades de cariz cultural, entre as quais destaco a publicação do boletim Amigos de Bragança, juntamente com o Teófilo e cujo diretor era o Dr. Eduardo de Carvalho. Posteriormente juntaram-se ao grupo o Jacob e o Jorge Morais, responsável pela fotografia e design.
Sendo eu Presidente do Clube de Bragança, celebrei com a autarquia diversos protocolos, com o então Presidente da Câmara, o Eng. Luís Pinheiro, um dos quais nos permitiu publicar doze números do boletim.
Em 1981 foste para Budapeste onde te mantiveste até 1986. A partir de 1983, trocámos intensa correspondência, o mesmo acontecendo quando regressaste e te instalaste em Oeiras.
Viveste muita coisa. Escreveste muitos livros. Muitos mais escreverás. Fizeste muita investigação, muitos ensaios. Progrediste muito na tua vida académica. Viajaste pelo mundo em trabalho e algum lazer. Foste condecorado, premiado, reconhecido, acarinhado…
Não esqueceste a tua terra, as tuas origens e por ela tens feito mais, muito mais que o poder político ou a maior parte dos que aqui vivem, que se acomodaram ao rame rame das suas vidinhas.
Nesse caminhar incessante encontraste a mulher da tua vida, tua igual, com quem podes ser tu, em todas as tuas nuances.  
Aguardo, ansioso, poema novo que juntarei ao da Rua do Loreto, desta vez sem ironias, que os sonhos são para serem sonhados e eu continuo um sonhador.  
A vida dá muitas voltas e reviravoltas e quando precisei de ti, meu amigo, tu estiveste lá. São poucos, aqueles a quem posso chamar grandes amigos…
Vai uma cerveja, amigo?  

Bragança, 13 de dezembro de 2014


Marcolino Cepeda

VIMIOSO: VILA ACOLHE FEIRA DAS ARTES, SABORES E OFÍCIOS ATÉ DOMINGO

A feira das Artes, Sabores e Ofícios, que decorre até domingo em Vimioso, distrito de Bragança, é tida pela autarquia como "um dos principais pilares da economia movimentando setores como o comércio, restauração e artesanato locais.
O presidente da Câmara de Vimioso, Jorge Fidalgo, disse que o certame é bastante concorrido, pelo que houve necessidade de rejeitar expositores, já que o espaço da feira é limitado.
"A feira é um contributo para o fomento da economia local, numa altura em que muitos vimiosenses que estão ausentes regressam à sua terra de origem, o que leva a que a hotelaria da vila esgote havendo mesmo recursos as unidades de fora do concelho", explicou o autarca.
O facto de Vimioso ser um concelho transfronteiriço leva a que sejam os espanhóis os primeiros a marcar lugar nos três dias do certame, procurando a gastronomia, os produtos endógenos e o artesanato produzido no concelho.
"Nesta feira pode-se comprar um bocadinho de tudo. Continuamos a valorizar o nosso artesanato [cestaria, artefactos em cobre, tapeçaria e as alforjas], tudo feito à mão, o que mostra a nossa arte secular ".
No certame trasmontano marcam presença cerca de 90 expositores de diversos ramos de atividade.
Para além da componente comercial, o certame tem um programa de atividades paralelo que inclui uma montaria ao javali agendada para sábado, que conta com presença de mais de duas centenas de caçadores de todo o país.

Para domingo está agendado um passeio todo-o-terreno que junta algumas centenas veículos de quatro e duas rodas e conta com uma forte presença de pilotos espanhóis.

Retirado de www.rba.pt

Lar da CERCIMAC inaugurado com acordos

Hoje, foi oficialmente inaugurado o Lar Residencial da CERCIMAC, em Macedo de Cavaleiros, que vai acompanhar cerca de 80 pessoas portadoras de deficiência e as suas famílias.
O espaço, que custou 1 milhão e 300 mil euros, estava pronto há um ano, e aguardava acordos com a Segurança Social para começar a receber utentes. Luísa Garcia, presidente da cooperativa, não esconde a felicidade neste dia. Há 24 vagas para o Lar, em regime de permanência, 22 deles já com acordos com a Segurança Social. O Lar está preenchido, e deverá abrir portas já na próxima semana. “As condições que são mínimas para conseguirmos trabalhar com os nossos utentes e conseguirmos levar a nossa missão até ao fim estão reunidas. Neste momento temos Centro de Actividades Ocupacionais, temos a intervenção precoce e agora vamos ter a resposta de Lar Residencial que contamos abrir na próxima semana. A nível de Lar Residencial foi uma prenda de Natal muito boa porque conseguimos 22 acordos. Nós temos uma lista que excede muito os 22 lugares”, afirma Luísa Garcia.
A inauguração contou com a presença do Secretário de Estado da Solidariedade e da Segurança Social, que anunciou estes 22 acordos para o Lar.


Escrito por Onda Livre (CIR)
Retirado de www.brigantia.pt

Ernesto Rodrigues dedica mais de 40 anos à literatura

Município de Bragança e Academia de Letras de Trás-os-Montes homenagearam escritor transmontano
Ernesto Rodrigues foi homenageado, no passado sábado, pelos seus 40 anos de vida literária. A iniciativa foi do Município de Bragança e da Academia de Letras de Trás-os-Montes, que quiseram enaltecer o trabalho do Professor transmontano que escreve em diferentes géneros literários.
Ernesto Rodrigues ficou feliz pelo reconhecimento do seu trabalho e confessa que o balanço de 40 anos dedicados às letras se traduz em muitos livros publicados.
“O meu balanço resume-se em duas grandes partes, por um lado a criação literária e por outro o ensaismo ligado à minha profissão de Professor universitário. No que toca à docência já escrevi demais. E editei pelo menos 35 livros de autores clássicos, desde o século XVII até ao século XXI. Quanto à criação literária eu tenho publicado bastante poesia embora de forma disseminada e em pequenas plaquetes sem grande visibilidade, um dia reunirei toda essa obra desde 1971. A ficção lanço o quinto romance, para lá de dois livros de contos e de uma novela”, realça Ernesto Rodrigues.
Nesta cerimónia, Ernesto Rodrigues apresentou mais um livro, intitulado “Passos Perdidos”, que é um romance que faz uma reflexão sobre a Democracia.
“É por um lado uma homenagem ao Camilo Castelo Branco ‘A Queda de um Anjo’, que eu editei em 2001 e vou reeditar no próximo ano, isto porque vai fazer 150 anos da edição do livro. Eu então agarrei num deputado que foi eleito há 40 anos na constituinte, a história vai terminar em 2015, quando se perfazem 40 anos sobre a Constituição. É um deputado que nunca falou na Assembleia e esse é o enigma do livro, porque é que ele nunca falou nestes 40 anos ”, salienta Ernesto Rodrigues.
O presidente da Câmara Municipal de Bragança destaca o trabalho do escritor transmontano. “É de facto um vulto da literatura nacional, uma pessoa muito dedicada que tem feito um excelente trabalho do ponto de vista literário e que marca aquilo que é a região”, salienta Hernâni Dias.

Retirado de www.jornalnordeste.com

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Lançamento do livro "Os Filhos do (In)Fortúnio de Lídia Machado Soares e Pedro Bessa

Na Biblioteca Adriano Moreira, Lídia Machado Soares, brindou-nos com este "Os Filhos do (In)Fortúnio. Parte da ação passasse em Montouto, pequena aldeia do Concelho de Vinhais.  

 Não podia ter escolhido melhor apresentadora da sua obra. A Dra. Carla foi brilhante e deu-nos uma visão multifacetada das várias leituras do livro.

Livro de leitura fluente, transporta-nos para várias realidades, em diversos tempos, em dois países, em várias localidades.
É impossível não gostar deste livro.
Parabéns!

Maria Cepeda 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Natal

O Natal não demora.
Não me sinto diferente. Respiro o mesmo ar, vejo as mesmas pessoas, sofro sofrimentos novos e velhos, vivo a vida de igual forma...
Não. Nada está distinto por ser Natal.
Talvez se nevasse e tudo branquejasse em tons de pureza...
Mas quando nela pisasse alguém que por ali passasse, que seria da brancura imaculada, tão fria, tão rotundamente gelada, que nela descalços, não podemos pisar?
Se chovesse numa cadência plangente, noite e dia, que tristeza me daria!
Se em plena madrugada, camada grossa cobrisse de geada, o pequeno tanque do meu jardim e ali pousasse pequeno pisco, muito perto do jasmim, com menos perfume mas sempre perfumado... e a noite fria convidasse a corpos entrelaçados, nesses entrelaçamentos ancestrais e primitivos de pura ânsia, de pura magia, talvez vislumbrasse o Natal.
Não luzem as luzes no pinheirinho que fui buscar à câmara municipal, nem mesmo o Menino, em palhas deitado, espera por mim.
Que hei-de fazer, se esta angústia sem fim não consigo abater?
De que vale comprar o polvo e o bacalhau se tantas vezes, ao longo do ano, os tive à mesa?
Onde está o símbolo?
Onde está a lareira pujante, os risos libertos, a alegria cantante?
Onde perdi, sem me aperceber, a capacidade de ver para além do rosto triste que reflete o espelho que tenho no quarto?
As mães continuam a labuta culinária como se nada fosse e o amanhã acabasse com o dia de hoje.
Fritam as filhoses, rabanadas e afins, recheiam os sonhos dos sonhos que têm e comem-nos com vontade de mais... sonhos que teimam em sonhar porque é Natal e o homem é bom, fraterno e leal, apenas um breve momento num breve Natal.

Maria Cepeda

  

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Ernesto Rodrigues - PASSOS PERDIDOS

 SINOPSE

Um banco de investimento quer vender projecto de lei a deputado democrata-cristão há 40 anos sem intervenção no plenário da Assembleia da República. Quem é João Félix Filostrato? A que se deve esse silêncio? Em iniciativa mediada pela assessora do grupo parlamentar, Salomé, que promove encontro com o economista-chefe João Félix Exposto, Nádia e o estagiário João Félix, também narrador, sobressai a jornalista Joana, por quem passa a história do eleito por Vila Franca e a solução de alguns enigmas. Na sombra, cresce deputada da oposição, cuja biografia se enlaça na deste. Como se organiza a queda de um anjo? Entre comportamentos oblíquos e identidades sempre esquivas, um deputado-borboleta da extrema-esquerda torna-se vítima de predadoras e perdedoras, que visam vingança em várias frentes.
Quase dois séculos de regime parlamentar e discursos inócuos ou repetitivos reflectem outros tantos passos perdidos que a Constituição de 1975 e legislaturas fracas não transfor­maram. Reflexão sobre a democracia em semana pascal, esta fábula política é salva, no final, por um bem enredado discurso amoroso.

Biografia
Ernesto Rodrigues (Torre de Dona Chama, 1956) é poeta, ficcionista, cronista, crítico, ensaísta, editor literário e tradutor de húngaro. Antigo jornalista e leitor de Português na Universidade de Budapeste, é docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Celebrou 40 anos de vida literária, em 2013, com Do Movimento Operário e Outras Viagens, poesia, e A Casa de Bragança, romance. Deu ainda, na ficção: A Flor e a Morte, 1983; A Serpente de Bronze, 1989; Torre de Dona Chama, 1994; Histórias para Acordar, 1996; O Romance do Gramático, 2011. No ensaio: Mágico Folhetim – Literatura e Jornalismo em Portugal, 1998; Cultura Literária Oitocen­tista, 1999; Verso e Prosa de Novecentos, 2000;
A Corte Luso-Brasileira no Jornalismo Português (1807-1821), 2008; ‘O Século’ de Lopes de Mendonça – O Primeiro Jornal Socialista, 2008; 5 de Outubro – Uma Reconstituição, 2010. Editou Fastigínia, de Tomé Pinheiro da Veiga (2011).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ernesto Rodrigues - 40 Anos de Vida Literária


UM TEXTO DE AMADEU FEREIRA

(Escrito para o filho mais novo, no dia em que este fez 22 anos)

[A imensa honra que eu tenho por ter este HOMEM entre os meus mais próximos AMIGOS]
«Tratado sobre linhas rectas e outras falsidades semelhantes»
I.
Estudei há muito tempo, bem antes dos anos que hoje fazes a teoria das linhas rectas, mas mais de cinquenta anos depois ainda não fui capaz de as descobrir, essas malandras das linhas rectas que bom jeito me teriam dado; ao mesmo tempo ensinaram-me que um segmento de recta era o caminho mais curto entre dois pontos, mas se não há rectas também não pode haver segmentos de recta e ninguém sabe o caminho entre dois pontos antes de o fazer, mas não te preocupes que não seja curto desde que te leve aonde apontaste os teus passos.
II.
Ainda que haja quem não a queira ou quem a tire, fica a saber que a vida é uma maravilha e nada há melhor do que vivê-la:
é óbvio que a morte lhe vai saindo ao caminho com as suas dores, os seus suores e os seus medos, e dizem-nos que acabará por nos ganhar a guerra, mas a respeito disso pouco te sei dizer a não ser que lhe podemos ganhar batalhas sem fim e bater-lhe a um ponto tal que nos deixa de bem connosco próprios: atira-te a ela e para isso basta que vivas até que um dia, ainda muito distante, te canses.
III.
não procures coisas grandiosas, pois isso, digo-to eu são miragens: a força e o valor estão nas pequenas coisas, a tua vantagem é que sejas capaz de as entrelaçar em corda que ninguém possa partir: miudezas como por exemplo um som que apenas dura um instante, mas que, multiplicando-se por milhões se transforma em música que pode embalar os teus dias.
IV.
não tenhas medo ao silêncio, aprende a ouvi-lo bem e a medir-lhe os passos, pois não é apenas um intervalo entre dois sons, mas coluna que lhe aguenta a estrutura e lhe dá o ser: não ficam expostas ao vento as sementes ainda ao colo da terra antes de rebentarem.
V.
quando ficares triste, não te preocupes porque os dias também têm que deitar a sua sombra, apesar disso não te deixes ficar durante muito tempo agarrado ao seu frio: não deve passar do descanso que mereces para no fim poder agarrar balanço e subir de novo à claridade do sol.
VI.
que não te enganem os amigos e outros que gostam de ti, até mais do que tudo: ninguém pode gostar mais de ti do que tu próprio, mesmo ninguém, e é aí que começa, serena, a tua saúde e o teu equilíbrio com o mundo: se te disserem que isso é vaidade ou egoísmo atira-lhes uma risada contra o seu bom senso, antes que te virem contra ti próprio.
VII.
se ouvires cantar um pássaro, cala-te e ouve-o, ainda que saibas que nunca o compreenderás: esse trabalho de aprender a ouvir é tarefa que nunca tem fim.
VIII.
não vês que a água corre sempre para baixo? então, aproveita o balanço dos dias, mas nunca te esqueças de que o ribeiro já encontrou a encosta feita, mas apenas tu poderás decidir para que lado corre a tua água e de que lado fica o que sobe e o que desce.
IX.
nunca desaprendas as canções que te nascem, pois de toda a vida podes fazer musica bonita, nem que seja um requiem: e onde a música se cala, nunca saberemos as tempestades e guerras que se podem fazer.
X.
a Verdade não existe, e digo-te que muito essa verdade me custou a aprender: procura-a, mas fica a saber que apenas uma parte da verdade encontrarás: aí temassento todo o respeito e liberdade; as verdades únicas, sejam quais forem, são fonte de morte e destruição, pois onde as quiserem meter já mais nada e ninguém lá pode caber.
XI.
não faças a tua casa em cima de colunas de outros, nem deles de tudo dependas pois nunca ganharás para lhe matar a fome com que te quererão comer: não queiras outro amo além de ti próprio.
XII.
trata a tua casa que é a memória, as lembranças por onde foste subindo: vai-lhe limpando o mofo e mantendo vivos os sinais que lá te levam: essa é a maneira do passado apenas te servir para te empurrar para diante e te ajudar a saber quem és.
XIII.
não acredites que são inúteis as coisas que te disseram que são inúteis: apenas tu poderás dizer o que tem essa qualidade ou não, conforme o teu critério e nunca segundo o seu valor em dinheiro ou outros valores semelhantes.
XIV.
o sorriso é uma coisa séria: nunca fiques sério com ela; toma bem atenção que os deuses nunca poderiam existir porque nunca seriam capazes de sorrir; mas tem cuidado: uma gargalhada pode matar mais que milhares de bombas e tens de aprender a lança-las.
XV.
a indiferença é um cancro social que mata sem dor: podes prevenir essa doença, basta que não deixes que te seque a fonte das lágrimas, porque não foste tu que fizeste o mundo onde vives e porque nele te transformarás ao morrer.
XVI.
encontrarás mais invejosos pelo caminho do que estrelas há no céu: faz o teu mundo paralelo ao deles, mas se te tiveres de cruzar com eles atira-lhes com uns pozinhos de desprezo que é a maneira de arderem na sua própria raiva; quem não leva a sério o que é importante para ti, não te respeitará: por muitas explicações que te dê ou juras que faça, não percas tempo com ele, pois não há outra maneira de te respeitares a ti mesmo.
XVII.
não te deixes encandear pelas supostas virtudes que te cantam do trabalho, pois isso nada mais é que o imposto que pagas à sobrevivência e a renda de casa que pagas à sociedade onde vives: não convém que pagues mais que a conta, para que te sobre tempo de fazer o que queira e fazê-lo com vontade.
XVIII.
a felicidade não existe, nem existem paraísos: apesar disso faz-te falta a palavra felicidade para poderes dar nome aos instantes em que foste feliz: fica a saber que podem ser muitos, mas nunca todos; não te enganes pois eles não nascem do muito saber, mas apenas do honesto e bom viver.
XIX.
se te disserem que os velhos não existem, não acredites: eles existem mesmo e ainda bem; quem nega que haja velhos de certeza que não os respeita, como faz esta sociedade onde vivemos.
XX.
fica também a saber que a morte existe mesmo, por muito que a escondam: habitua-te a ela de um modo muito simples: morremos todos os dias à medida que mudamos, crescemos e vivemos: sabes, tudo isso não passa daquilo que dizemos a respeito do caminho, o que sobe é o mesmo que desce.
XXI.
cada manhã que acordes é um milagre de vida: nunca farás o suficiente para a celebrares.

XXII.
ouvirás dizer que antigamente é que era bom e até se sabia mais e as pessoas eram melhores e até que o paraíso existiu no passado: não acredites, pois agora tudo é melhor, e essas baboseiras nada mais são que a falsa filosofia com que os velhos defendem os tronos onde estão sentados, o mundo que eles fizeram: quando eu tinha vinte e dois anos já sabia muitas coisas, mas acredita que não sabia nem metade do que tu sabes hoje, nem o mundo tinha as maravilhas que os novos foram fazendo.
P.S. ainda te digo uma última coisa: tudo isto que aqui te disse, com a pompa dos números romanos, não tem grande importância, pois isso será o que tu próprio descobrirás, porque o essencial do mundo está ainda por fazer e nisso és um rapaz de sorte.

Retirado do Facebook (Teresa Martins Marques)

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Palavras

Uma luta de horas que passam em branco
Como em branco sinto a minha mente
E nada faço que não seja tentar
que o texto flua e aconteça
como um rio que corre livre
dentro das margens que escolheu
dono e senhor daquilo que é seu

Não será assim que o dia passa
como se breve minuto fosse
dentro do tempo que tenho
dentro do tempo que grassa na alma
sofrida e calma sem remédio
sem desculpas loucas de tédio
já que as palavras leva-as o vento
que não um qualquer,
mas aquela, que mais do que vento,
é mulher

Maria Cepeda

domingo, 30 de novembro de 2014

Fim-de-semana cultural em Bragança (continuação)

O grande Mário Cláudio deu-nos a honra da sua presença, ontem, 29 de novembro, no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, onde nos apresentou o seu novo livro "Retrato de Rapaz"
Mário Cláudio nasceu no Porto em 1941. É formado em Direito pela Universidade de Coimbra, diplomado com o Curso de Bibliotecário-Arquivista, Faculdade de Letras da mesma Universidade e Master of Arts em Biblioteconomia e Ciências Documentais pela Universidade de Londres.
É autor de uma vasta obra e multifacetada obra que abarca a ficção, a crónica, a poesia, a dramaturgia e o ensaio.
Mário Cláudio foi galardoado com, entre outros, o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, o Prémio PEN Clube, o Prémio Eça de Queirós, o Prémio Vergílio Ferreira, o Prémio Fernando Namora e o Prémio Pessoa.
Aqui ficam algumas imagens (sem grande qualidade, porque feitas com o telemóvel).



   
Maria Cepeda

Fim-de-semana cultural em Bragança

Este fim-de-semana trouxe a Bragança duas figuras notáveis da cultura nacional: O Professor Adriano Moreira, na Biblioteca com o mesmo nome e o Escritor Mário Cláudio no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, ontem, 29 de novembro. Aqui falaremos do 1º. Em nova postagem, do 2º.
Sexta-feira, 28 de novembro, o Professor Adriano Moreira, agraciou-nos com o lançamento do livro Este é o tempo.
"De um conjunto de conversas com Adriano Moreira, o jornalista Vitor Gonçalves escreveu Este é o tempo. Num registo coloquial e sempre na primeira pessoa, Adriano Moreira revela aspectos mais íntimos da sua vida. Fala da relação com a irmã, militante comunista, e com a filha, deputada socialista, e dos debates políticos em família. Explica porque casou tarde, como educou os filhos e qual o seu entendimento do que é o amor."
"Partindo da sua prodigiosa memória, Adriano Moreira conta, com detalhe, as conversas que teve com Salazar, desde o convite para integrar o Governo como ministro do Ultramar até ao momento em que pediu a demissão. O Professor narra episódios menos conhecidos, como o processo que o conduziu à cadeia onde partilhou a cela com Mário Soares. Descreve o período de exílio no Brasil, depois do 25 de Abril, e a adesão ao CDS onde chega a presidente do partido."
"Este é o tempo é também uma reflexão sobre a encruzilhada em que Portugal se encontra, o crescente desamor dos cidadãos pela Europa e as janelas de liberdade de que o nosso país dispõe para superar as dificuldades."
"Um documento único sobre Portugal, a Política, o Amor e Salazar, de um homem que foi testemunha e protagonista dos momentos principais dos últimos 90 anos do país."

(Texto retirado da aba da capa do livro.) 


"Eu tenho uma frase a que recorro com frequência para caracterizar o tempo que estamos a viver, "O desconhecido está à espera de uma oportunidade."" (Adriano Moreira)

 
"Não envelhece quem envelhece ao nosso lado. Isto é verdade! O amor é quando constatamos que a pessoa que está ao nosso lado não envelhece. Esta é a minha definição de amor." (Adriano Moreira)

"Estou a chegar a um momento de prestar contas. Daí que eu pergunte se nós fizemos tudo o que era necessário para não termos chegado à situação em que nos encontramos. Provavelmente não fizemos." (Adriano Moreira)

Maria Cepeda

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Aulas de mandarim alargadas em Bragança

Uma turma de 4 º ano do Centro Escolar da Sé, em Bragança contactou ontem pela primeira vez com o mandarim.
O projecto, que começou no ano passado no Centro Escolar de Santa Maria, foi alargado e pretende abranger cada vez mais escolas do concelho. As aulas de mandarim surgem através de um protocolo entre a Câmara Municipal, o Instituto Politécnico e a Universidade de Zuhai, no sul da China. A professora do IPB, Dina Macias, explica que há alguma dificuldade em dar aulas às crianças, uma vez que os professores, que se encontram em regime de mobilidade nesta instituição de ensino, normalmente não falam português. Por isso, os alunos de Língua e Cultura Chinesa que falam português ajudam a traduzir o que a professora diz às crianças. “Esses alunos já vêm com dois anos de aprendizagem de português na China. Têm cá um curso mais incentivo. A professora não fala português. Isso dificulta-nos  o projecto. Os professores estão em mobilidade anual. Temos mudado todos os anos de professor”, sublinha docente. Uma dessas alunas é Micaela, nome que escolheu para ser tratada em Portugal. A jovem de 21 anos admite que a língua chinesa não é fácil mas garante que aquilo que vai ser ensinado às crianças “são apenas as bases, de forma a proporcionar um primeiro contacto com o mandarim”. Martim Ribeiro, de 9 anos não tem dúvidas de que o mandarim lhe poderá vir a ser útil. “Gosto de experimentar coisas novas. Quando for adulto posso escolher algum emprego em língua chinesa e tenho de aprender”, conta a criança. As aulas de mandarim para os alunos do primeiro ciclo, em Bragança, decorrem uma vez por semana.
  
Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt

800 pessoas assistiram ao filme "Os Maias" em Bragança

Cerca de 800 pessoas passaram ontem pelo Teatro Municipal de Bragança para assistir à exibição do filme “Os Maias”, de João Botelho.
As duas sessões tiveram lotação esgotada. A sessão da tarde destinou-se aos estudantes de ensino secundário do distrito, que estudam esta obra literária de Eça de Queirós e a sessão da noite foi aberta ao público, em geral. Há mais de dois anos sem cinema, a exibição deste filme veio lembrar a falta que a sétima arte faz em Bragança. Ainda que com as novas tecnologias seja fácil ter acesso aos filmes mais recentes, principalmente no seio dos jovens, há quem continue a defender a importância do cinema. “Bragança é uma cidade pequena mas é sempre importante termos cinema. É diferente ver um filme no computador e na televisão ou no cinema”, constata Cristofe Sá, estudante do 11º ano. A directora do Teatro Municipal de Bragança salienta que a exibição de “Os Maias” é um projecto nacional, garantindo que a sala de Bragança se associou pelo interesse público. Apesar de lamentar a falta de cinema na capital de distrito, Helena Genésio defende a separação das duas áreas culturais. “Entramos nesta apresentação porque entendemos que o filme é de interesse público”, sublinha a responsável. O actor Hugo Mestre Amaro, que interpreta a personagem de Dâmaso Salsede, tem vindo a acompanhar a exibição do filme um pouco por todo o país. Em cada local que passa faz questão de deixar uma mensagem, sobretudo aos jovens, para que sigam uma alimentação saudável e pratiquem exercício físico. Esta preocupação surge depois do actor ter engordado cerca de 15 quilos para interpretar a personagem do Dâmaso, chegando a pesar 100 quilos. Hugo Mestre Amaro quer deixar o testemunho de que, através de uma dieta proteinada, em 56 dias conseguiu perder 17 quilos. “Estava com 105 quilos quando acabei o filme. Decidi perder peso quando a médica que me estava a acompanhar me alertou para os riscos que o excesso de peso e obesidade reflectem para a nossa saúde”, frisa o actor. A exibição do filme “Os Maias” conta com o apoio de várias entidades, entre elas o Governo de Portugal e começou a percorrer o país no passado mês de Outubro. 

Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Cachoeira, Brito de Baixo

                         

Tanta chuva, meu Deus, tanta chuva
que não havia outro jeito 
senão este que aqui vemos
como se aberto no teu peito
este jorro de água pura
que dura e durará
o tempo que o tempo tem
o tempo que o tempo dá.




Maria Cepeda

Lídia Machado dos Santos lança o seu primeiro romance "Os Filhos do (In)Fortúnio"


Mais uma escritora transmontana nos brinda com um belíssimo romance, onde grande parte da ação se passa na aldeia de Montouto, concelho de Vinhais.
O lançamento terá lugar em Chaves, cidade onde vive.
Haverá, também, um lançamento em Bragança, no Centro Cultural e, cremos que muitas outras se seguiram.
Estou neste momento a ler "Os Filhos do (In)Fortúnio". Estou encantada com a fluência da sua escrita e a genuinidade das personagens tão nossas, tão reais. 

Maria Cepeda

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

20 toneladas de fruta para instituições

Programa da União Europeia para escoar o excedente de produtos na sequência do embargo da Rússia chega a Bragança
20 toneladas de fruta foram distribuídas, na passada sexta-feira, por 70 instituições sociais de solidariedade social do distrito de Bragança. A iniciativa é do Banco Alimentar, parceiro no programa da União Europeia para escoar o excedente de produtos na sequência do embargo da Rússia. Nuno Oliveira, do Banco Alimentar, explica que o excedente produzido em Portugal chegou pela primeira vez a Bragança.
“Isso criou um excedente aos nossos produtores de pêra rocha, maçã, cenouras e outros legumes. Face a isso os bancos alimentares são a única instituição de voluntários que consegue fazer esta logística, porque é a sua missão lutar contra o desperdício. Em Bragança fizemos uma parceria com a Cruz Vermelha para que as instituições do distrito possam ser contempladas com estes produtos portugueses”, realça Nuno Oliveira.
A entrega da pêra rocha e maçã decorreu nos armazéns da Câmara Municipal de Bragança, que deu apoio no armazenamento dos produtos.
Fernando Freixo, presidente da delegação de Bragança da Cruz Vermelha Portuguesa, parceira neste projecto, não tem dúvidas que estes alimentos são fundamentais para reforçar os stocks das instituições, que recebem cada vez mais pedidos de ajuda.
“As instituições vêem esta doação com bons olhos, para nós é óptimo”, garante o responsável da Cruz Vermelha.
Durante a distribuição da fruta, o Banco Alimentar também desenvolveu uma acção para conhecer melhor as instituições do distrito de Bragança, que poderão vir a receber mais bens alimentares no âmbito deste programa europeu.


População tem esperança que as estações não tenham chegado ao fim da linha

A maioria dos habitantes de Abreiro e Brunheda gostava de ver o transporte sobre carris regressar e trazer turistas
Nas aldeias de Abreiro e Brunheda o som do aproximar do comboio deixou de se ouvir há 8 anos, quando grande parte da linha ferroviária do Tua foi suspensa, depois de quatro acidentes ferroviários, que provocaram outras tantas mortes. Desde então, o comboio foi substituído pelo táxi, mas o transporte sobre carris deixou saudades à população.
Maria Rosa Vassalo queria que o metro ou o comboio voltassem, “era mais prático”, apesar de ter de se deslocar até à estação, “a um par de quilómetros abaixo”, porque “podia ir quando precisasse”. “A gente gostava de ter o nosso comboio, que escusavam de o ter tirado”, afirma com saudades.
A indefinição quanto ao futuro não agrada à população, que antes era servida pelo metro.
Em Abreiro falar da linha faz desfiar memórias e queixas. A esperança de que a ligação seja retomada ainda subsiste. Henrique Cardoso pede que regresse. “Era importante, transportava tudo e mais alguma coisa e agora nada, acabou. Abreiro está completamente isolado”, afirma o habitante desta aldeia do concelho de Mirandela.
Apesar do tom exaltado com que se fala da suspensão do serviço e do futuro que não conhecem, o brilho nos olhos regressa quando o assunto muda para as viagens que acompanhavam o rio Tua. É um percurso que se confunde com muitos episódios das vidas dos habitantes desta aldeia no limite do concelho de Mirandela.
A primeira vez que Maria Rosa Vassalo andou de comboio, “tinha 19 ou 20 anos”. “Foi quando fui casar pelo civil a Mirandela”, recorda.
“Gostava de tudo, de andar de uma janela para a outra. Quando era pequena tinha o hábito de ir de comboio sempre agarrada a ele, e no fim dizia para a minha mãe está a ver se eu não o agarrava, ele caía ao rio”. São histórias como esta que Ermelinda Pereira recorda com saudade. Apesar da demora, as viagens de comboio de Lisboa, onde morou grande parte da vida, ganham preferência em relação às de automóvel ou autocarro. “Foi uma viagem que ficou com grande recordação, não há dúvida nenhuma, era pouca terra, pouca terra, mas era muito bom”, relembra Ermelinda.


Elisabete Jacinto foi dar exemplo aos alunos do Agrupamento

A piloto de todo-o-terreno Elisabete Jacinto passou pelo Agrupamento de Escolas de Vimioso (AEV) para apresentar o seu livro “Portugas no Dakar”. O livro de banda desenhada faz parte do Plano Nacional de Leitura.
O convite partiu do AEV e do município local e contou com presença de uma sala cheio de alunos curiosos que fizeram perguntas à única piloto no mundo que participa em provas de todo o terreno ao volante de um camião.
O trabalho é fruto de uma parceria entre Elisabete Jacinto e Luís Pinto Coelho.
Propõem-se imortalizar as participações de todos os portugueses que se aventuraram de moto no maior rali do mundo, o Rali Dakar.
O Portugas no Dakar mostra o outro lado da prova, aquele que passa à margem dos interesses jornalísticos e que está muito para além das tabelas classificativas, da magnitude das paisagens e da grandeza do deserto.
“É o verdadeiro Dakar vivido por dentro, as condições de participação, as aspirações, os anseios de cada piloto, os sentimentos e o desespero de quem conduz a moto até ao limite das suas forças, as façanhas de um modo de vida improvisado diariamente”, diz a autora que também é professora de geografia. No fundo, são as histórias dos pequenos problemas que “deixam marcas profundas em quem as vive e cuja superação conduz à vontade irresistível de voltar”. São as histórias nunca antes divulgadas, nem pelos órgãos de comunicação social que fizeram a cobertura desta prova de aventura motorizada.

Por Francisco Preto
Retirado de www.mdb.pt

Miranda do Douro: derrocada corta ao trânsito ligação com a fronteira espanhola

O troço da Estrada Nacional (EN218), que liga a fronteira com Espanha à cidade de Miranda do Douro, está cortado ao trânsito devido a uma derrocada de pedras de "grandes dimensões".
O vice-presidente da autarquia de Miranda do Douro, Ilídio Rodrigues, disse que no local se encontram máquinas a trabalhar.
O trânsito teve de ser desviado através de um parque de estacionamento existente nas proximidades do local da derrocada.
A derrocada aconteceu no final da madrugada de hoje e arrastou consigo "grandes pedregulhos", que estão ser retirados com recurso a máquinas retroescavadoras.
A situação foi já relatada ao Instituto de Estradas de Portugal, através da proteção civil municipal de Miranda do Douro.


Retirado de www.rba.pt

Cerca de 300 crianças de Vimioso festejaram "Dia Internacional dos Direitos da Criança"

Cerca de 300 crianças do concelho de Vimioso comemoraram ontem o “Dia Internacional dos Direitos da Criança”, no Pavilhão Multiusos Municipal. A demonstração de cães e cavalos da GNR e a “Escolinha de Trânsito” com mini kartings foram as principais atracções das crianças. 
O presidente do Município, Jorge Fidalgo, considera importante proporcionar actividades que sejam ao mesmo tempo lúdicas e didácticas. “São actividades no sentido das crianças se sentirem protegidas e que alguém cuida delas mas também alertá-las para as próprias responsabilidades de futuros cidadãos no sentido de viverem numa sociedade em que todos temos que nos respeitar”. As crianças que festejaram este dia no Pavilhão Municipal de Vimioso mostraram-se entusiasmadas com a iniciativa e parecem ter a lição estudada em relação aos direitos dos mais pequenos. “Algumas crianças não têm amor, carinho e comida”, referiu Marta Ramos de 9 anos.

Escrito por Brigantia.

Retirado de www.brigantia.pt

S. Martinho comemorado no Jardim António José Almeida

O S. Martinho vai ser festejado no Jardim António José de Almeida, em Bragança, no próximo sábado. A iniciativa, organizada pela Câmara Municipal, Associação Comercial, Industrial e Serviços de Bragança (ACISB) e Rádio Brigantia, que vai fazer vários programas em directo do Jardim neste dia. 
A secretária-geral da ACISB, Anabela Anjos, assegura que o objectivo é trazer gente ao centro da cidade e ajudar o comércio tradicional a fazer negócio.“O comércio vai sair à rua, queremos que aproveitem o facto de a cidade poder ter mais gente e portanto poderem fazer mais negócio, no fundo vão escoar os stocks à porta das suas lojas. Contactámos os nossos associados que têm produtos relacionados com a castanha e também produtos tradicionais, ficaram receptivos e vamos ter a banca no jardim”, realça Anabela Anjos.O objectivo do município é contribuir para que as pessoas regressem ao centro da cidade. O presidente da autarquia, Hernâni Dias, adianta que a autarquia está a definir um plano de animação para o centro histórico. “Em 2015 haverá mais iniciativas para trazer pessoas para o centro histórico da cidade, temos vindo a perceber que é essa a vontade das pessoas e dos próprios comerciantes e é imperioso que quando se manifesta essa vontade nós próprios tenhamos a capacidade de perceber que isso é uma necessidade e conseguirmos fazer com que isso aconteça”, realça o edil. Durante o dia de S. Martinho no Jardim, à venda de produtos junta-se a animação lúdica e cultural. No próximo sábado, a Rádio Brigantia vai transmitir em directo o programa “Família do Tio João”, das 9 às 10 horas, os “Amigos da Onda, das 13 às 15 horas, e uma emissão especial em directo entre as 15 e as 17 horas.

Escrito por Brigantia.

Retirado de www.brigantia.pt

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Simplicidade

Paisagem transmontana. Com certeza!
Outono, em todo o seu esplendor.
Bragança, IPB (Instituto Politécnico de Bragança) 

Mesma paisagem.
Outro ângulo.
Beleza simples e natural.

Maria Cepeda

Desabafo

Neste dia que chove inclemente,
sinto a minha alma tão triste
como se chuva fosse
e chorasse todas as dores e mágoas.
Não desaparecem as dores e mágoas
mesmo vertidas em pranto
que tudo molha,
que tudo enregela e amofina
como se de trevas se tratasse.
E o dia,
tão triste
como a minha alma insegura e ténue,
não pretende tornar-se luz.
Vejo a melancolia latente
de um dia assim,
que mais do que triste,
é ruim.
Se transporto para o tempo
a minha tristeza travestida em olhar pungente?
Não sei.
E nada, ninguém,
consegue presumir de mim,
o ninguém que sou,
o nada que sinto.
Se, agora, um arco-íris rompesse,
glorioso e divinal,
talvez lampejos de aliança,
refletidos no olhar,
fizessem um quase nada,
nesta incapacidade imensa de ser feliz.
O alegre e descomprometido riso de uma criança,
perde-se neste senceno pouco romântico
que tão pouco atrai amores trágicos.
Nem mesmo a esperança
de um dia alcançar os sonhos
que sonho sem realizar,
cumpre o momento de te encontrar.
Chora o tempo
neste outono tão frio
que nada espero deste espaço vazio.
Serei talvez,
a manhã que passa,
não submersa,
na tristeza que grassa,
tão densa,
tão pura como a chuva que cai,
inclemente e fria.

Maria Cepeda

Queijos do Nordeste Transmontano distinguidos na sexta edição do Concurso Nacional de Queijos

Decorreu em Tondela nos passados dias 23 e 24 de outubro, numa organização da Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) em colaboração com a FullSense, a edição de 2014 do concurso “Queijos de Portugal”, um certame que é referência para avaliar a qualidade dos queijos produzidos a nível nacional.

Este ano, os queijos produzidos pela Queijaria Vaz, originária do concelho de Mirandela, freguesia de Navalho, foram distinguidos com o primeiro prémio da categoria de Ovelha, Cura prolongada e com uma menção honrosa na categoria de Ovelha, Cura Normal.
Também o queijo "Alto das Fontes" de Alfândega da Fé foi distinguido como uma menção honrosa neste mesmo concurso.
A sexta edição desta competição reconheceu a qualidade do queijo alfandeguense curado em aguardente, na categoria de queijos de ovelha cura prolongada.
Trata-se de um produto produzido numa queijaria  que resultou do programa de incentivo e apoio aos produtores/empreendedores locais lançado pela Câmara Municipal de Alfândega da Fé. 
No total estiveram a concurso 176 referências de queijo provenientes de 54 fabricantes nacionais, distribuídas por 19 categorias.
Esta foi mais uma oportunidade para os produtores locais promoverem e reforçarem  as iniciativas de exportação dos seus produtos para outros mercados, aumentando o reconhecimento e as oportunidades de negócio das respectivas empresas.
A Queijaria Vaz de Mirandela e o queijo "Alto das Fontes", de Alfândega da fé, reforçam assim a sua posição no mercado, uma vez que o concurso também afiança uma qualidade garantida do produto que é galardoado.


Retirado de www.noticiasdonordeste.pt

Sabores de Carrazeda de Ansiães no Aeroporto

12 produtores locais oferecerem produtos para mostrar aos turistas
O Município de Carrazeda de Ansiães participou na acção promocional “Douro – Património da Humanidade”, do Turismo do Porto e Norte de Portugal, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.
Este evento teve como principal objectivo dar a conhecer os produtos de excelência de Carrazeda de Ansiães, com destaque para o vinho, as maçãs e o azeite.
Esta mostra de produtos e sabores de Carrazeda de Ansiães contou com o apoio de 12 produtores locais, que através das suas ofertas permitiram mostrar ao mundo o que de melhor se produz em Carrazeda de Ansiães.


Retirado de www.jornalnordeste.com

Consumidores transmontanos podem confiar nos alimentos que compram

Os alimentos que compramos para comer são seguros. A garantia foi dada, em Bragança, pelo director geral da Alimentação e Veterinária e vincada pelo inspector-geral da ASAE.
Álvaro Mendonça assegura que a Direcção Geral de Alimentação e Veterinária faz milhares de controlos a vários produtos da cadeia alimentar antes de chegarem ao consumidor. O director geral diz mesmo que a maioria dos problemas de saúde surgem por falta de cuidados em casa. “Temos os meios e os conhecimentos para fazer os controlos que são necessários para os alimentos serem de facto seguros. Podemos estar tranquilos que os alimentos na Europa e em Portugal são alimentos seguros. Às vezes aquelas indisposições gastrointestinais, são muito mais frequentes por razões caseiras, por alimentos mal controlados em casa, do que pelos alimentos tal como são processados na produção e na transformação”, assegurou o director geral da Alimentação. Depois de chegar ao retalho, os alimentos são controlados pela Autoridade de Segurança Alimentar e Económica. O inspector-geral da ASAE vinca a segurança dos alimentos e adianta que a maioria das infracções se devem a problemas de higiene dos estabelecimentos. “ Por vezes actuamos e suspendemos alguns estabelecimentos por falta de condições de higiene das instalações fixas. Por exemplo, das cozinhas, os bens em si até podem ser seguros, o estabelecimento é que está em más condições de higiene o que pode fazer com que haja uma certa insegurança do bem quando é lá confeccionado”, explica Pedro Portugal Gaspar. O director geral da Alimentação e Veterinária e o inspector-geral da ASAE, participaram num seminário sobre segurança alimentar, na Escola Superior Agrária, em Bragança.

Escrito por Brigantia.

Retirado de www.brigantia.pt 

Região Norte é a que tem menos terras disponíveis na bolsa

A região Norte é que a tem menos terras disponíveis na Bolsa Nacional, que foi criada há cerca de um ano e meio para facilitar o acesso de quem quer investir neste sector na agricultura e floresta.
O coordenador da Bolsa Nacional de Terras, Nuno Russo, divulga que do total de mais de 14 mil hectares disponíveis a nível nacional, apenas 150 hectares se situam na região Nordeste. Nuno Russo acredita que a longo prazo poderá haver mais terras disponíveis na região “Neste momento ainda são poucas, no entanto estamos a trabalhar para aumentar esse número de terras disponível. Há aqui algumas entidades privadas que podem contribuir para esse aumento, principalmente as entidades bancárias que têm algumas terras, senão muitas terras disponíveis, e que nós estamos em contacto para criar contactos de cooperação”, adianta Nuno Russo. De acordo com a plataforma na Internet da Bolsa Nacional de Terras, no distrito de Bragança há seis prédios rústicos de privados disponíveis e apenas um de entidades públicas. Nuno Russo acredita que na região transmontana não há mais terras disponíveis por causa do apego das pessoas aos terrenos. “Pode estar muito associada à questão do emparcelamento, do minifúndio que existe aqui na região, à questão do afecto, de as pessoas terem as terras e não quererem disponibilizar as terras de maneira nenhuma”, constata o responsável. A Bolsa de Terras é uma plataforma que facilita o contacto entre a procura e a oferta e há ainda benefícios fiscais associados à disponibilização das terras na bolsa que podem ser aproveitados pelos proprietários.

Escrito por Brigantia.

Retirado de www.brigantia.pt 

IPB estabelece protocolos com Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas

O Instituto Politécnico de Bragança estabeleceu parcerias com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas tendo em vista a realização de estudos económicos e financeiros sobre o tecido empresarial da região.
O director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPB, Albano Alves, acredita que com esta parceria os investigadores do IPB vão ter mais facilidade em ter acesso aos dados das empresas para fazerem os estudos. “Temos parcerias para desenvolver estudos sobre a região, estudos económicos e contabilísticos. Estes estudos são feitos muitas vezes do ponto de vista académico, por investigadores, mas tendo o apoio da Ordem conseguimos chegar a informação que muitas vezes não é possível obter a informação directamente por parte dos nossos alunos ou dos nossos docentes, às vezes as empresas não facilitam alguns dados, e com o apoio da Ordem tudo isso fica mais facilitado”, salienta o director da ESTIG. O intercâmbio entre o conhecimento académico e os profissionais desta área é visto com bons olhos pelo Bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Domingues de Azevedo acredita que esta parceria vai dotar os profissionais das contas de ferramentas importantes para resolverem os problemas das empresas. “Nós quanto mais a Ciência evoluir, quanto mais os nossos profissionais tiverem conhecimentos académicos, quanto mais eles estiverem preparados para a investigação, para a novidade, para a criatividade, também eles serão mais capazes de desenvolver os problemas das empresas, de encontrarem as soluções de apoiarem os empresários no universo financeiro, no universo comercial, no universo legal, dentro das empresas são os técnicos oficiais de contas que ajudam a resolver esses problemas”, realça Domingues de Azevedo. Este projecto está ainda numa fase inicial e só dentro de um ano é que serão conhecidos os resultados dos primeiros estudos.

Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Vespa velutina detectada no concelho de Mirandela

O aparecimento de uma vespa velutina em Mirandela está a preocupar os apicultores da região. O exemplar foi o único detectado de acordo com a Cooperativa de Produtores de Mel e Frutos Secos da Terra Quente. A vespa velutina foi capturada em Cedães, no concelho de Mirandela e enviada para exames laboratoriais, que identificaram como sendo um macho daquela espécie. 
José Domingos Carneiro, presidente da cooperativa, afirma que ficaram “muito incomodados, muito assustados. Qualquer interferência que haja na apicultura preocupa sempre os apicultores, porque as abelhas são muito sensíveis e qualquer coisa as pode perturbar”. José Domingos Carneiro esclarece que tratando-se de um macho, constitui uma ameaça menos grave, visto que não existia a hipótese de se reproduzir. Com o aparecimento da vespa, a cooperativa decidiu organizar uma sessão de esclarecimento sobre o insecto invasor, dada por alguém com conhecimento aprofundado na matéria, para transmitir os procedimentos de captura, os mecanismos de destruição dos ninhos e a forma de identificar a espécie. Miguel Maia é técnico da Apimil, Associação Apícola do Minho, a primeira zona no país onde a vespa apareceu e onde mais ninhos foram até agora detectados. O técnico apícola acredita que a vespa pode chegar à região do nordeste transmontano “já para o ano”. “As probabilidades existem”. Depois de ter sido detectado este macho da espécie também conhecida por vespa asiática, a cooperativa colocou armadilhas nas áreas ribeirinhas, da zona do Douro, Sabor e Tua, e junto a lagos e barragens, não tendo sido recolhido mais nenhum exemplar.

Escrito por Brigantia

Retirado de www.brigantia.pt

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Rosas de outono, sim senhor!

São lindas, cravejadas de pérolas da chuva que não pára.






 Lindas, não são?

Escavação do Túnel do Marão recomeça a 18 de novembro

A perfuração do Túnel do Marão recomeça no dia 18 de novembro, prevendo-se que a escavação avance uma média de 18 metros por dia nas quatro bocas de túnel e que estas se liguem até ao verão.

Depois de mais de três anos de obra parada na Autoestrada do Marão, que vai ligar Amarante a Vila Real, os trabalhos estão agora a recomeçar.

O presidente da Estradas de Portugal (EP), António Ramalho, entrou hoje numa das bocas de túnel, onde avançou mais de um quilómetro até à "aranha do Marão", um das quatro máquinas perfuradoras que vai concluir a escavação deste que é um dos maiores túneis rodoviários da Península Ibérica (5,6 quilómetros).


Retirado de www.noticiasdonordeste.pt

Três séculos de fé justificam título de basílica

Habitantes de Outeiro esperançados que o título da igreja traga mais visitantes à aldeia
No dia em que celebrou os 500 anos de atribuição do foral manuelino, a aldeia de Outeiro, no concelho de Bragança, acolheu a tão aguardada celebração solene da promulgação do título de Basílica. O pedido formal de atribuição do título foi enviado a Roma a 5 de Maio. O decreto enviado pela Santa Sé a conceder o mesmo foi lido em não templo, no passado dia 12 de Julho. Agora, Outeiro tem oficialmente uma basílica.
Em todo o mundo, existem apenas 4 basílicas maiores e situam-se em Roma, as restantes espalhadas pelo mundo têm o título de basílicas menores e são mais de 1500. Em Portugal a Basílica de Santo Cristo de Outeiro passa a ser a nona igreja com esta distinção.
O bispo da diocese de Bragança Miranda, D. José Cordeiro, explica que a concessão do título de basílica se deve, além do valor arquitectónico desta igreja, à fé no Santo Cristo de Outeiro, que dura há mais de três séculos. “Esta igreja tem mais de 300 anos e o motivo inicial da sua construção foi o milagre que aqui se operou. O cristo que veneramos no altar-mor desta igreja, suou, diz a lenda. Há também alguns documentos da história desse tempo que reportam esses factos. A partir daí, várias pessoas se associaram em Confraria em Portugal e em Espanha. Só assim se explica a maravilha e o milagre desta igreja aqui em Outeiro”, salienta D. José Cordeiro.
Uma fé que continua a atrair centenas de peregrinos a este templo. É o caso de Olívia Pais, que desde criança vem de Paçó de Rio Frio para a festa de 3 de Maio.
Os habitantes da aldeia não têm dúvidas de que esta igreja, classificada como monumento nacional em 1927 e que tem na sua sacristia 90 imagens emolduradas que representam cenas bíblicas da vida de Cristo, é digna de receber o título de basílica. E contam que são cada vez mais os que querem conhecer este templo. “No Verão, passam muitos autocarros por aqui, vêm de vários pontos do País”, refere António Cavaleiro, habitante de Outeiro.