domingo, 31 de março de 2013

Feliz Páscoa

Páscoa

Amélia, pequenina e nervosa, não tinha descanso, não sossegava enquanto os sobrinhos não chegassem a casa.
Pouco lhe importava que fossem adultos, namoradores, com cortejadas em cada aldeia por onde tivessem andado.
Para ela, não passavam de garotos necessitados de proteção, de um caldo quente, de um sorriso...
O que mais a afligia era o mais velho e mais desventurado dos irmãos, o Garcia que, desde muito pequeno, penava por esse mundo fora, a servir em casa alheia.
Hoje, homem feito, marido e pai, continuava desafortunado e triste. A sua vida era pasto de um fado aziago, tão aziago que já lhe tinha levado a mulher e os filhos que haviam tido, um por um, em sofrimento inclemente.
Regressara à sua pobre e esquecida aldeia cabisbaixo, derrotado e só. O seu porto de abrigo era aquela tia, a sua verdadeira mãe, que a outra nunca o fora.
Ela recebeu-o como se um anjo divino lhe entrasse pela casa dentro. Tanto amor lhe facultava que o rapaz sentiu que a vida poderia, a contragosto, ser-lhe amena.
Primavera recém feita, Páscoa alta - "Páscoa em março, ou grande fome ou grande mortaço." - apesar da intensa e constante chuva, pintava, teimosamente, os montes e campos de flores, pequenas, amarelas e brancas ao mesmo tempo que ia cobrindo as árvores despidas pelo padrasto inverno, de flores cor de rosa e brancas, umas maiores, outras mais pequenas.
Urgia que surgissem, que atapetassem os campos. Urgia que as pascoelas jorrassem à beira dos rios e regatos, junto dos poços e nascentes, a pintalgarem os campos de suave amarelo. Cumpria-se o tempo com mais ou menos chuva, chegara a sua hora e era inevitável que as sementes germinassem.
Sentindo-se abençoada pelo regresso a casa daquele filho pródigo, ela sorria e andava mais ligeira e atarefada do que habitualmente, alegrando-se pela exuberância florida dos montes.
Era quarta-feira antes da Ressurreição de Jesus, nosso Salvador. Precisava de arranjar a lenha para o forno. As roscas e os folares tinham de ser feitos na quinta-feira. Cremilde, a sua querida filha, não conseguia fazer tudo sozinha. Tinha ido a Vinhais para comprar a farinha, a manteiga e outros quejandos que tais, necessários àquela época.
O cordeiro estava tratado. O tio Abel sacrificá-lo-ia no sábado. Não que ela gostasse muito de comer o animalzinho. Tinha pena. Por ela, todos continuariam vivos e livres pelos montes fora. Teria, talvez, de matar um dos galos. Eram valentes os dois, cada um mais bonito que o outro. Chegava um para as poucas galinhas que tinham.
Tão embrenhada estava nos seus pensamentos que nem deu pela entrada de António, o mais novo dos irmãos.
Eram horas de ir. "Vamos lá rapaz. Não tarda nada é noite."
Saíram para o dia frio e ventoso. Depois de uma breve aberta, recomeçara a chover. Ainda bem que trabalhariam debaixo de telha.
O Alberto e o Fernando estavam a fazer lenha para o morgado e só chegariam no sábado.
Sentia-se imensamente feliz por poder reunir a sua família nesta Páscoa, mesmo que fosse por breve tempo.
Jejuava, pouco mais do que pão e água, durante a quaresma toda. Fazia-o desde menina, como uma prece ao altíssimo. Por isso sentia-se débil, mas preenchida de amor fraternal. Tinha consigo todos os que queria.
Não, a vida não era uma mar de rosas. Era dura e árida na maior parte do tempo. No entanto, não podia nem devia pedir mais. Tinha aquela filha, dádiva incomensurável de Deus, que preenchia a sua pobre vida. Contava com o amor dos sobrinhos órfãos, o que não era pouco. Tinha o mínimo para viver e ajudar quem mais precisava... Que mais podia pedir?
Comemorariam a Páscoa, chuvosa, fria, mas primavera pelos campos e montes, com a canção gorgolejante dos regatos e dos rios.
Acreditava que no domingo, brilharia o sol em todo o seu esplendor. Sempre fora assim, como se todos os anos se repetisse o milagre da Ressurreição de Cristo de mão estendida para nos amparar nas nossas quedas.
Cremilde surgiu, radiante, encharcada até aos ossos. Trazia no cabelo um ramo de pascoelas que sorriam como se vivas fossem.

Mara Cepeda



sábado, 30 de março de 2013

Ladainha da primavera

Há dois dias, ao fim da tarde, estava com os meus pais e falávamos das tradições da Páscoa na minha aldeia, Brito de Baixo, concelho de Vinhais.
Falou-se da corrida das roscas, do folar, do almoço de Páscoa, da missa, da bênção das casas, enfim, destes nossos usos que se vão perdendo, porque já não se lhe dá o valor merecido. Hoje só se gosta do pronto a vestir, do pronto a comer, do que se copia do resto do mundo...
De repente, a minha mãe falou-me da Ladainha da Primavera. Nunca tinha ouvido falar dela, não me lembrava de nada parecido até que encontrei este relato fantástico em Miguel Torga, nos seus "Contos da Montanha" que, mais coisa menos coisa, foi o que a minha mãe me contou.
Servia para que os campos cumprissem a sua missão de prover ao sustento de todos e para que a bicharada não destruísse o que, com tanto trabalho, se cultivava. Aqui deixo uma pitada de saudade e a lembrança de mais uma das tradições que se perderam.

Mara Cepeda


"A Ladainha
Mal o pessegueiro da horta do Manuel Rosa se cobriu de flores e a sineta da capela se derreteu a chamar, jurjais despegou dos campos e foi responder às rogações do padre Lourenço.
- Sancta Dei Genitrix...
- Ora pro nobis...
- Sancta Vírgo Vírginum...
- Ora pro nobis...
Era a ladainha da primavera. A voz do abade, grossa, sonora, sozinha, saía do caminho, metia-se às matas, enrodilhava-se na rama dos pinheiros, passava, e ia perder-se ao longe numa encosta de centeio. E atrás dela, torrencial, a cilindrar o que resistira à passagem da primeira levada, a do povo, feita de quantas bocas de caldo havia no lugar.
- Santa Maria Magdalena...
- Ora pro nobis...
Lenta, a mole de gente arrastava-se pela serra acima a esmoer a corte celestial. E deixava atrás de si uma densa atmosfera de som, de paz, de coisa purificada.
- Sancta Agatha ...
- Ora pro nobis...
Os montes era um gosto vê-los. Cobertos de urze, roxos, tinham perdido a força bruta que o Janeiro lhes dera. O céu, sem nuvens, varrido, cobria-os como um tecto de cetim. E os ribeiros, que os sulcavam de frescura, pareciam veias fecundas dum grande corpo deitado.
- Saneta Lucia...
- Ora pro nobis...
Ao ritmo cadenciado de cada invocação, o cortejo ia seguindo. E a atrasar um passo aqui e além, no meio dele, alheios àquele rol de bem-aventurados que gozavam no paraíso, tolinhos de amor um pelo outro, cegos, o filho da Etelvina, o Carlos, e a filha do Zebedeu, a Rita.
- Sancta Caecilia...
- Ora pro nobis...
O rio de povo, como um Doiro de som, continuava a subir. Depois do moinho dos Seixos, a mata da Lamarosa; passada a bouça do Infantado, os amieiros da Fonte Fria.
- Sancta Catharina...
- Ora pro nobis...
As primeiras casas de Arcã, cobertas de colmo, surgiram subitamente na volta do talefe.
- Sancta Anastasia...
- Ora pro nobis...
O badalo frenético que os reunira calara-se há muito. Mas acordava de novo, agora a ladrar alarmado no campanário da terra visitada. A avalanche entrava na povoação.
- Per sanctam ressurrectionem tuam...
- Libera nos, Domine...
A voz do padre mudou de tom.
- Ut fructus terrae dare et conservare digneris...
Qualquer coisa que adormecera, embalada pela melopeia benta, estremeceu. Foi preciso o coro subir dois pontos para a harmonia voltar.
- Te rogamus, audi nos...
A ladainha chegava ao fim. A sineta parecia doida. Aos que vinham, juntavam-se os que esperavam. E o mar humano invadiu a igreja.
- Agnus Dei, qui toffis peccata mundi...
- Miserere nobis...
Seguiu-se um salmo de David. E ao cabo dele, e de algumas orações complementares, no momento em que todos se dispunham a voltar pela serra abaixo à procura de pútegas, quem é que tinha visto o filho da Etelvina, o Carlos, e a filha de Zebedeu, a Rita, que o Amarante encontrara dias antes no caminho de Alcaria, uns fedelhos, ele ainda a pintar, a sair da casca, ela com dois ovinhos no lugar dos seios, tontos, tontos, que até dava vontade de rir?
Ninguém. Por alturas de Santa Inês, reparara neles o Lapadas. Depois...
Depois, muito sorrateiros, esgueiraram-se por detrás duma fraga, e quando foram a dar conta estavam entre duas giestas floridas, tão chegados, tão alheados do mundo, que só mesmo um milagre...
Descobriu-os o Jaime, por acaso. Ela chorava, ele chorava, mas que se lhe havia de fazer?

Miguel Torga, Contos da Montanha"

É tempo de flores... promessa de frutos





sexta-feira, 29 de março de 2013

Descobrindo a cruz

chove sem descanso
e o descaso que sinto
tão intensamente
no meu peito
dedilha canções tristes ao piano
que ora oiço
ora choro
ora calo gritando
silenciosa
a dor que me consome

tudo, tão molhado,
tão frio,
que o vento inclemente
apenas acentua
derrubando as pequenas flores
das combalidas árvores
fustigadas,
teimosas,
fraternas,
que insistentemente
dão frutos

é Páscoa
a hora não tarda
em chegar
apenas o tempo
teima em passar
inexorável
como a água que corre para o rio
galgando margens
afogando mágoas
cobrindo fráguas
descobrindo a cruz

Mara Cepeda

Vila Pouca de Aguiar em litígio com a Águas de Trás-os-Montes

 
O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar admite avançar para tribunal contra a Águas de Trás-os-Montes e Alto Douro (AdTMAD), que acusa de não cumprir o contrato de fornecimento de água ao concelho.

Em causa está, segundo Domingos Dias, a construção da barragem do Cabouço que serviria para abastecer as populações, um projeto que nunca saiu do papel.

Contactada pela agência Lusa, fonte da AdTMAD refutou a acusação e disse que a barragem do Cabouço \"nunca fez parte do plano de investimentos\" da empresa.
 
Lusa, 2013-03-29
Retirado de www.diariosdetrasosmontes.com  

Aldeia de Sambade quer ajudar a criar rota dos judeus em Trás-os-Montes

 
A aldeia de Sambade, em Alfândega da Fé, quer contribuir para a criação da rota dos Judeus em Trás-os-Montes e dinamizar o turismo cultural e religioso com o legado da comunidade judaica que ali viveu há 400 anos.

O ponto de partida para esse trabalho é o livro \"os Marranos de Trás-os-Montes: judeus novos na diáspora: o caso de Sambade\", que será apresentado, no sábado, na localidade transmontana, como contou hoje à Lusa a presidente da Câmara de Alfândega da Fé, Berta Nunes.

O município apoia os projetos da maior aldeia do concelho que, de acordo com a investigação que deu origem ao livro, albergava, no século XVII, \"uma laboriosa comunidade de cristãos-novos que tornavam florescente a indústria de tecidos de linho, lã e seda, comunidade que foi desmantelada pela Inquisição em uma verdadeira operação de limpeza étnica\".

O trabalho é da autoria de António Júlio Andrade e Maria Fernanda Guimarães, que se têm dedicado ao estudo da presença judaica na região, e que encontraram documentos históricos da presença dos cristãos-novos na aldeia e também descendentes.

\"Em França, como professor da universidade de Paris e renomeado investigador do Centro de Estudos Espaciais, Jacques Blamont apresenta-se como descendente direto de uma das famílias fugidas de Sambade há 400 quase anos. Em Vancouver, Canadá, o famoso arquiteto Richard Henriques, no museu que construiu de sua família, reclama a herança dessa gente que de Trás-os-Montes partiu e foi dar vida a chãos da Jamaica e outras terras das Índias Ocidentais\", relatam no livro.

O livro debruça-se sobre \"a presença judaica nesta aldeia, a sua dizimação, fuga provocada pela inquisição e a afirmação além-fronteiras\".

A apresentação da obra \"assume-se como um ponto de partida para debater questões relacionadas com o turismo cultural e religioso no concelho e região\", até porque, adianta a autarquia, \"este lançamento pode ser entendido como uma oportunidade para começar a trabalhar as bases da criação de uma rota dos Judeus em Trás -- os -- Montes\".

\"Nós não serenos o centro mais importante, mas podemos contribuir para essa rota\", defendeu Berta Nunes.

Segundo contou à Lusa, na aldeia ainda hoje há uma zona a que chamam bairro dos judeus ou bairro novo\"´.

Recuperar a memória e as tradições para que Sambade possa atrair turistas é o propósito das entidades locais.

Para esse fim foram também preparados dois projetos que aguardam financiamento comunitário para a transformação da antiga escola primária em museu rural e da Casa do Povo em centro de recursos tecnológicos.

O investimento previsto para transformar Sambade numa \"aldeia tecnológica e turística\" é de 350 mil euros e visa \"promover a dinamização turística e cultural, através do recurso às novas tecnologias e valorização das suas gentes, história e tradições\".
 
Lusa, 2013-03-29
Retirado de www.diariodetrasosmontes.com  

Feira do Folar anima Chaves no fim-de-semana de Páscoa

 

Evento pretende dar especial relevo ao Folar de Chaves, cuja tradição, como principal alimento gastronómico da Páscoa, se baseia num ritual de partilha, solidariedade e confraternização, profundamente carregado de significado simbólico e religioso.

Nos dias 29 e 30 de Março, a cidade de Chaves vai ser palco de uma Feira do Folar. É mais uma iniciativa de promoção e valorização dos produtos e da região, através da projeção da marca «Sabores de Chaves».

Cerca de 20 produtores vão expor o principal símbolo gastronómico da Páscoa, em terras transmontanas – o folar à moda tradicional, mas também outros produtos típicos de Chaves, como o pastel, o presunto, fumeiro, pão centeio, bola de carne, vinho, mel, compotas, licores, artesanato e outros produtos agrícolas.

António Cabeleira, vice-presidente da Câmara Municipal de Chaves, refere à Renascença que este evento visa, essencialmente, “dar a conhecer o folar de Chaves e criar hábitos de consumo”, de modo a desenvolver “circuitos de comercialização”, para que os fabricantes flavienses recebam encomendas durante todo o ano e o folar deixe de ser consumido apenas sazonalmente.

A meta final é “criar riqueza e emprego permanente” no concelho, acrescenta.

Com um orçamento de 2.500 euros destinado à animação, a Feira do Folar de Chaves será dinamizada pela “prata da casa”, nomeadamente o projecto Enraizarte, a Brass Band da Orquestra de Sopros da Academia de Artes de Chaves, concertinas e grupos folclóricos e etnográficos do concelho.

“Quando nos sentimos em festa e estamos bem-dispostos, somos melhores consumidores e estamos disponíveis para gastar mais dinheiro!”, acrescenta António Cabeleira, que acredita no sucesso do certame, devido ao aumento de visitantes na época pascal, e à adesão dos flavienses que já não cozem o folar, mas não resistem à tentação de o ter à mesa.
 

Olímpia Mairos in Renascença, 2013-03-29
Retirado de www.diariodetrasosmontes.com

Mogadouro: Confederação Nacional de Agricultura garante que o Governo quer acabar com os pequenos agricultores

 A Confederação Nacional de Agricultura garante que o Governo quer acabar com os pequenos agricultores, ao aplicar a nova lei de fiscalidade para o setor, e que prevê a cobrança de IVA à taxa de 6% sobre os produtos agrícolas para explorações que faturem acima dos 10 mil euros.

A juntar a tudo isto, há ainda a obrigatoriedade do pagamento à Segurança Social por parte de agricultores que recebam subsídios de apoio à lavoura.
Para o dirigente nacional da CNA, Armando Carvalho, esta medida “é irrealista e condena a agricultura de subsistência em detrimento dos grandes produtores”
A Confederação não concorda com os pagamentos à Segurança Social, já que são entendidos, como uma forma de “eliminar” os pequenos agricultores.
O dirigente já fez contas e chegou à conclusão que a operação apenas segue o rumo da subtração aos rendimentos dos homens da terra.
A esta situação é ainda acrescida uma outra igualmente preocupante, garante a CNA
Face a esta situação a Confederação Nacional de Agricultura tem agendada, para o próximo dia 17 de abril, uma manifestação de protesto junto a à Assembleia da República contra as medidas anunciadas pelo Governo.
 
Retirado de www.rba.pt

Empresários da região investem em Moçambique

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Há cada vez mais empresários da região a procurar o continente africano para instalarem os seus negócios. A constatação é do presidente da Associação Empresarial do Distrito de Bragança- o NERBA.
Eduardo Malhão diz que a actual conjuntura económica leva os empresários a apostar noutros mercados.Ontem o embaixador de Moçambique em Portugal visitou a cidade de Bragança. Jacob Nyambir recebeu alguns pedidos de empresários que querem instalar-se neste País africano e encontraram dificuldades. O embaixador mostrou abertura para ajudar a resolver algumas situações e garantiu que Moçambique ainda tem espaço para receber mais empresas.O embaixador de Moçambique visitou ainda o Instituto Politécnico de Bragança, que vai reforçar a cooperação com instituições de ensino africanas. O presidente do IPB, Sobrinho Teixeira, adianta que Bragança vai assinar mais protocolos com universidades de Moçambique, para ajudar a qualificar docentes.
Bragança a estreitar relações com Moçambique, ao nível do ensino superior, mas também ao nível dos negócios.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

NERBA incentiva empresários a apostar na internacionalização

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“Estratégias de Sucesso para a Internacionalização de empresas” foi o mote da acção que decorreu ontem na Associação Empresarial do distrito de Bragança (NERBA).
O presidente da associação Eduardo Malhão assegura que o objectivo é sensibilizar os empresários para investirem em novos mercados. O representante dos empresários defende que a internacionalização das empresas deve ser vista como uma estratégia e não como uma obrigação.
Durante esta acção destinada a empresários da região, foram apresentadas algumas medidas de apoio ao investimento no estrangeiro.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Indústrias tradicionais dão sinais positivos à economia regional

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) publicou ontem o boletim “Norte Conjuntura”, relativo ao 4º trimestre de 2012, com os dados disponíveis até 19 de março.



Destacam-se os indicadores relativos às indústrias tradicionais, nomeadamente, os aumentos, observados a nível nacional, no setor têxtil (+5%, em termos homólogos) e no vestuário, que assistiu a um aumento de 9% na produção e de 7,6% na faturação. Também o calçado, após vários trimestres em queda, viu aumentar a produção em 9% e o volume de negócios em 8,9%.

No domínio das exportações nortenhas, registou-se um crescimento, em valor, de cerca de 1,8% (face ao trimestre homólogo), ainda que mantendo a tendência de desaceleração, justificada, sobretudo, pelas quebras nas exportações de combustíveis e de metais preciosos.

No domínio do mercado de trabalho A taxa de desemprego na região atingiu os 17,8%. O emprego regional sofreu, assim, uma diminuição de 4,7% (em termos homólogos), para a qual contribuíram, sobretudo, a construção e as indústrias transformadoras.

Pela positiva, destacouse o sector primário, ao apresentar um acréscimo de 13 mil indivíduos empregados, bem como a continuação do aumento do emprego na população com habilitação ao nível do ensino superior e entre os trabalhadores isolados por conta própria.

Tanto o financiamento das empresas, como o das famílias, sofreram novas reduções. Mas, em contraciclo, o incumprimento bancário das empresas, que vinha a aumentar desde finais de 2010, registou uma ligeira diminuição.

O boletim "Norte Conjuntura” disponibiliza, trimestralmente, uma análise nos domínios do mercado de trabalho, endividamento das famílias e das empresas, comércio internacional, indústrias tradicionais, construção e habitação, turismo, preços no consumo e monitorização do QREN e encontra-se disponível aqui.

quinta-feira, 28 de março de 2013

Tradições da Páscoa sobrevivem em Trás-os-Montes

Durante a semana que antecede a Páscoa, aldeias e vilas transmontanas revivem tradições cristãs e pagãs que remontam à época medieval, desde a procissão dos "sete passos", as vias-sacras, queima do Judas ou o enterro do bacalhau.


Alexandre Parafita, etnógrafo e professor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), explicou hoje à agência Lusa que "os autos da paixão, as endoenças e as vias-sacras traduzem cenários de luto, de reflexão dolorida, expressos dos tons roxos e negros das celebrações".

Em contrapartida, a "queima do Judas e o enterro do bacalhau representam impulsos eufóricos de catarse e libertação perante os constrangimentos quaresmais".

Alexandre Parafita salientou que a tradição dos "sete passos" mantém-se em Freixo de Espada à Cinta como "caso único no país".

Em plena escuridão e ao soarem as badaladas da meia-noite, dois homens encapuçados de negro arrastam pela calçada correntes de ferro, num ritual que prossegue com uma "velhinha" coberta por um negro manto e capuz, que transporta numa mão uma lamparina de azeite, um cajado e bota de vinho.

Mais comuns em Trás-os-Montes são, segundo o investigador, os autos da paixão, enquanto representações de teatro popular, que narram os últimos dias de Cristo, desde a traição até à morte e deposição na cruz, e envolvem dezenas de figurantes que representam, por exemplo, Cristo, Judas, Caifaz, Pilatos, Fariseu ou o Diabo.

Algumas aldeias, acrescentou, ainda conservam as 14 cruzes, ou cruzeiros, que representam as 14 estações que a via-sacra cumpre simbolizando o calvário de Cristo a caminho da crucificação.

No concelho de Vinhais, "a vida dos camponeses muda radicalmente a partir de Quinta-Feira Santa".

Segundo Alexandre Parafita, na aldeia de Espinhoso, ao meio dia toca o sino e as pessoas param por completo de trabalhar mal ouvem soar a primeira badalada e, com exceção dos mínimos afazeres domésticos, ninguém trabalha na aldeia até sábado à mesma hora.

Em Vinhais está também "muito viva" a tradição das endoenças, um ritual que narra "a procura desesperada de Cristo por Nossa Senhora".

Em Montalegre, mantém-se a Queima de Judas, no sábado que antecede a Páscoa, uma tradição onde se representa o julgamento de Judas Iscariotes, por ter traído Cristo por "trinta dinheiros".

Já em Constantim, Vila Real, subsiste a tradição do "enterro do bacalhau", ritual que consiste em escoltar um "bacalhau enorme feito de cartão por militares, o qual, por sua vez, é julgado perante carrascos, juízes e advogados". O castigo a incidir sobre o bacalhau simboliza a libertação dos constrangimentos da Quaresma, que não permitia o consumo de carne.

Por fim, no domingo de Páscoa realiza-se o compasso, que se traduz num cortejo presidido pelo pároco que visita as casas dos fiéis dando a cruz a beijar e aspergindo com água benta os compartimentos.

Alexandre Parafita referiu ainda que a tradição gastronómica transmontana neste período incide sobre a confeção dos folares que, após o prolongado jejum da quaresma, aparecem recheados das melhores carnes.

Isto, apesar de se estarem a espalhar também pela região os novos hábitos "consumistas" dos ovos e coelhos da Páscoa.
PLI // JGJ
Lusa/Fim


Retirado de Notícias do Nordeste

Bispo de Bragança-Miranda recorda quem sofre com «crises sociais e económicas»

O bispo de Bragança-Miranda recordou na sua mensagem para a Páscoa de 2013, que a Igreja celebra este domingo, os que são atingidos pelas consequências de crises “sociais e económicas” e têm o “coração ferido”.


“Gostaria de saudar a todos, e de modo especial os doentes, os mais velhos, os que vivem a solidão, os que são vítimas da pobreza, do desânimo, da impaciência e das crises sociais e económicas provocadas”, refere D. José Cordeiro, num texto divulgado na página da diocese transmontana na internet.

O prelado sustenta que a fé celebrada na Páscoa faz “todo o sentido” quando torna os fiéis “mais irmãos e cidadãos mais ativos para se realizar a justiça e a paz, o perdão e o amor”.

“A toda a Diocese de Bragança-Miranda, na esperança que a Palavra da Salvação seja uma semente de vida, grito hoje a nossa alegria: Jesus Cristo ressuscitou! Sim, Ele vive para sempre e também por nós”, conclui.

Retirado de Notícias do Nordeste

Primeiro Encontro Livreiro de Trás-os-Montes e Alto Douro

Decorreu no passado dia 24 de Março, na livraria Traga-Mundos em Vila Real, o I.º Encontro Livreiro de Trás-os-Montes e Alto Douro.






A iniciativa partiu daquela mesma livraria, que lançou o desafio a que muitas outras responderam com o seu incentivo, sendo que dessas nem todas puderam marcar presença. Ainda assim, para além da Traga-Mundos – livros e vinhos, coisas e loisas do Douro, 5 livrarias da região – a saber, a Poética – livros, artes e eventos (Macedo de Cavaleiros), a Livraria Rosa d’ Ouro (Bragança, Livraria Aguiarense (Vila Pouca de Aguiar), a Livraria Dinis (Valpaços) e a Livraria Branco (Vila Real) – responderam afirmativamente ao convite para se sentarem à mesma mesa e debaterem preocupações comuns e sinergias possíveis para uma melhor estratégia de afirmação das livrarias ditas “tradicionais”.

Os livreiros deixaram o seu testemunho e algumas preocupações derivadas da própria conjuntura actual, mas do encontro saíram já algumas intenções de conciliação de esforços, nomeadamente ao nível da partilha de novidades editoriais de cada concelho, da cooperação na apresentação de livros de autores na região e da permuta de informação sobre eventos que cada uma realiza na sua região.

Para enriquecer o debate, foram também convidadas a escritora Hercília Agarez e a jornalista Patrícia Posse, que deixaram as suas perspectivas, inclusivamente enquanto leitoras e frequentadoras de livrarias. Hercília Agarez sublinhou os perigos da promiscuidade dos livros com artigos que pouco dignificam a literatura (como é o exemplo dos hipermercados), e a importância do atendimento personalizado e de proximidade nos espaços livreiros. Patrícia Posse referiu, entre outros aspectos, a importância da emergência de novos espaços multifuncionais vocacionados para o livro numa dimensão mais cultural.

No sentido de manter a continuidade do debate e de trazer cada vez mais livrarias para o mesmo, ficou já agendado para o dia 2 de Junho um novo encontro, que decorrerá, desta feita, na Livraria Poética, em Macedo de Cavaleiros.

Recordamos que esta iniciativa surge na sequência do Encontro-Livreiro nacional, que acontece uma vez por ano (sempre no último domingo de Março) em Setúbal, na Livraria Culsete. Este ano — excepcionalmente, porque o último domingo de Março coincide com a Páscoa — o IV Encontro Livreiro realiza-se na tarde do primeiro domingo de Abril, dia 7.

Retirado de Notícias do Nordeste

O melhor do mundo rural está a ser inventariado pela associação Animar

Uma associação portuguesa, a Animar, recolheu por todo o país exemplos de boas práticas de desenvolvimento local no mundo rural que mostrou no passado dia 26, em Bragança, como modelos do que pode ser feito a partir dos recursos de cada território.


A cidade transmontana foi a escolhida para mais uma sessão de divulgação do trabalho realizado em 26 concelhos de Portugal denominado "À Descoberta do Mundo Rural", com o objetivo de identificar, inventariar e caracterizar as práticas e experiências inovadoras no domínio do desenvolvimento local em meio rural dinamizadas por atores locais, cidadãos e entidades.

A Animar - Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Local criou um sítio na Internet (www.descobertadomundorural.com.pt) onde está a divulgar os diferentes projetos que encontrou pelo país que dinamizaram as comunidades locais a partir do aproveitamento do que é genuíno localmente seja na agricultura, património, artes ou tradições.

Retirado de Notícias do Nordeste

Município de Carrazeda de Ansiães propõe a gastronomia e o património para atrair turistas neste fim-de-semana de Páscoa

O Turismo do Porto e Norte de Portugal promove mais uma edição dos Fins-de-Semana Gastronómicos 2013. Trata-se de uma promoção em escala que pretende salientar a importância que o produto "Gastronomia e Vinhos" tem para a afirmação do Porto e Norte de Portugal.

Dado o sucesso desta iniciativa em anos anteriores, o município de Carrazeda de Ansiães associou-se mais uma vez com novas sugestões para o seu fim-de-semana, podendo prolongar a sua estadia neste concelho numa das unidades de alojamento locais aderentes, à sua escolha e a preços convidativos.

O objetivo é promover gastronomicamente o concelho e, consequentemente, desenvolver a economia local.

No fim-de-semana de 29 a 31 de Março, pode visitar o concelho de Carrazeda de Ansiães e degustar pratos como o "Cabrito Assado" e Sobremesas como, por exemplo o "Leite-creme de Maçã ", nos restaurantes que aderiram a esta iniciativa.

De forma a dinamizar e a enriquecer culturalmente esta ação, o Município irá realizar durante esse fim-de-semana a tradicional Feira do Folar, organizando também visitas guiadas aos principais pontos turísticos do concelho, disponibilizando para isso um guia e transporte para os locais a visitar como o Centro Interpretativo do Castelo de Ansiães, o Moinho de Vento de Carrazeda, o Castelo de Ansiães, os Moinhos de Água de Vilarinho da Castanheira e a Anta de Vilarinho da Castanheira.

Retirado de Notícias do Nordeste

“Os Verdes” consideram um embuste o “Parque Natural Regional” do Vale do Tua

O Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) considera que a criação do “Parque Natural Regional” do Vale do Tua é uma gigantesca operação de cosmética que visa camuflar o crime ambiental e patrimonial que a Barragem de Foz Tua constitui e os profundos danos que esta trás para o desenvolvimento desta região e desvirtua os propósitos deste estatuto de classificação que visam promover a conservação, proteção e valorização da natureza, da biodiversidade e do património, numa relação harmoniosa com o desenvolvimento.

Segundo o PEV, “o estatuto de ‘Parque Natural só pode ser entendido como uma afronta a todos os que pugnam pela preservação e conservação dos valores naturais e culturais e que acreditam no contributo que os instrumentos de classificação podem dar para o cumprimento desta missão”.

O PEV, em comunicado de imprensa distribuído à Comunicação Social considera que “a criação deste ‘Parque Natural’ é um uso abusivo e inadmissível dos instrumentos de classificação previstos na Lei e uma descredibilização total das entidades que dão cobertura a esta decisão, nomeadamente os organismos competentes do Ministério do Ambiente”.

No mesmo documento “Os Verdes” afirmam que “o descrédito em torno das razões e dos objetivos que levaram à criação deste ‘Parque Natural Regional’ é tanto maior quando o próprio responsável pela Agência do Vale do Tua, José Silvano, já veio a público afirmar que este ‘Parque Natural’ não será submetido às ‘regras ambientais’ dos outros Parques Naturais, deixando bem claro que estamos perante um mero rótulo com fim políticos e económicos e perante mais uma tentativa de iludir a UNESCO e não perante uma vontade de conservação, caso ainda haja algo para preservar”, lê-se no comunicado de imprensa.

“Os Verdes” dizem-se ainda “muito preocupados com outras consequências que advirão, para as populações e para a região, da constituição deste ‘Parque Natural Regional’ e que decorrem do facto da Agência do Vale do Tua, da qual a EDP é uma componente fundamental, através do novo regime de gestão das áreas protegidas e da Lei da Água, passar a ter um controlo determinante em toda a área de influência da albufeira, tanto a nível do leito, como das margens, não só em termos territoriais como a nível das outras atividades, nomeadamente as económicas”.

“Os Verdes” afirmam que vão continuar “empenhados em defender o Vale e a Linha do Tua e o Alto Douro Vinhateiro, a sua biodiversidade e as paisagens que a natureza e o homem demoraram séculos a desenhar, e a qualidade de vida das suas populações”.

Retirado de Notícias do Nordeste

Entrevista: Prof. Doutor José Paulo Matias, astrónomo, professor do IPB (Instituto Politécnico de Bragança

O entrevistado de hoje é o Professor Doutor José Paulo Matias, professor do Instituto Politécnico de Bragança. Como habitualmente, começamos pelo princípio: diga-nos, por favor, onde nasceu.


Cresci nos subúrbios de Lisboa, mais concretamente em Almada e Barreiro, onde passei toda a minha infância, onde estudei, na Escola Secundária do Barreiro. Mais tarde escolhi ir para a faculdade, Instituto Superior Técnico em 1983, donde sai 5 anos mais tarde.


Como foi a sua vida de estudante?


Olhe, foi uma vida muito dedicada. Na altura eram estudos muito difíceis, enfim, que exigiam bastante concentração, exigiam saber temas difíceis. Para mim foi uma grande mudança em relação ao ensino secundário, porque estamos mais entregues a nós próprios. Mas foi a vida de um estudante normal. Não era muito de festas e de vida académica como se costuma dizer.


O que o levou a enveredar pelo curso de Engenharia Electrotécnica e Computadores?


Penso que, na altura, resultou do meu gosto pelas disciplinas de matemática e física. Também por aquilo que eu pensava que era, digamos, o meu horizonte de possibilidades e, na altura, pareceu-me indicado ir para um curso de engenharia, também, influenciado pelos meus pais, preocupação com algo bom para o mercado de trabalho…


Da engenharia para a fusão nuclear foi um salto bastante grande. Fale-nos sobre essa experiência.


Foi, de certa forma, algo natural que resultou daquilo que fiz na parte final do meu curso, pois apercebi-me que, talvez, não quisesse enveredar pela área técnica da engenharia o que me levaria, enfim, a actividades que talvez não me interessassem muito, como vendas, actividades de gestão e comecei a dirigir-me para temas mais teóricos, para o lado da física. Havia uma certa possibilidade de, nos cursos de Engenharia Electrotécnica, me orientar para temas mais teóricos, mais para o lado da física. Trabalhei com vários professores no trabalho final de curso e, ofereceram-me uma proposta para fazer um estágio em Inglaterra que aceitei com muito gosto. A partir daí surgiu a possibilidade de trabalhar num projecto, que foi dos primeiros projectos comunitários que apareceram no Instituto Superior Técnico e decidi ir trabalhar para a Alemanha com uma equipa de investigadores da minha faculdade. Foi a primeira actividade que surgiu, de forma natural, e que resultou naquilo que fiz durante o curso.


Com que olhos vê a energia nuclear?


Curriculo de José Paulo Matias, professor do Instituto Politécnico de Bragança

José Paulo Matias, licenciado em Engenharia Electrotécnica e de Computadores pelo Instituto Superior Técnico;
 
Entre 1988 e 1991 trabalhou na área da Fusão Nuclear, projecto conjunto entre o Instituto Superior Técnico e o Institut Fuer Plasma Physic em Munique, na Alemanha;

Mestre em Astronomia pela Faculdade de Ciências do Porto, equivalência de grau académico concedido pela universidade de Paris sede, França em “Astrophysics e Tecnic Spatiale”, com um trabalho publicado no âmbito do Doutoramento na Universidade de Toulose, França, na área científica de Astrofísica Estelar;

Docente da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança desde 1996;

Actualmente, tem a categoria profissional de Equiparado a Assistente de 2º triénio do Departamento de Matemática da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Bragança;

É membro da Comissão Instaladora da Associação “Centro de Ciência Viva” de Bragança, em representação do Instituto Politécnico de Bragança, desde 2004;

Participação em actividades de divulgação científica na região, em escolas secundárias, na Semana da Ciência e Tecnologia, e no projecto “Astronomia no Verão”;

De salientar o projecto “Bragança Cidade Digital”, uma proposta de construção de um Observatório Astronómico na Serra de Montesinho.

 

terça-feira, 26 de março de 2013

Arranque do Open Regional de Maratonas em Macedo de Cavaleiros

Manuel Melo na Maratona e Nuno Montanha na Meia Maratona foram os vencedores do BTT Azibo, a prova inaugural do Open Regional de Maratonas, que ontem decorreu em Macedo de Cavaleiros.




Nesta organização da Associação da Bela Vista, os 180 atletas percorreram alguns dos caminhos mais bonitos do concelho macedense, passando naturalmente pela área da Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo.

Na Maratona, o ciclista da Rompe Trilhos Clube BTT, Manuel Melo, percorreu os 68 km em 3:04:20h, vencendo também no escalão Sub 23/Elite. Com mais 7 segundos, Pedro Fragoso da Skoda/Creative Moto/acrtx, foi o 2º da geral, vencendo no escalão Master 30.

O 3º da geral Francisco Travassos, que foi o 2º nos Sub 23/Elite, teve o tempo de 3:11:17h. A Meia Maratona, disputada ao longo de 43 km, foi ganha por Nuno Montanha também da Skoda, com o tempo de 1:50:21h. César Quitério do Clube Ciclismo de Mirandela, foi o 2º da geral com 1:52:02h, vencendo no escalão Master 30. Leonardo Lico, dos Amigos do Campo Redondo, com 2:01:36h foi o 3º e o vencedor no escalão Master 40.

Retirado de Notícias do Nordeste

Rotas do Douro desafiadas a agregarem-se para conquistar mercados internacionais

A chefe de Projeto de Missão do Douro, Célia Ramos, desafiou hoje os agentes das rotas turísticas da região a promoverem em conjunto os produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.



Célia Ramos foi uma das intervenientes no Congresso Internacional Rotas Turísticas -- "Valorização e Posicionamento", em Mirandela, no distrito de Bragança, que juntou as Rotas do Azeite de Trás-os-Montes, anfitriã, do Vinho do Porto e das Vinhas de Cister. Os recursos estão identificados, segundo observou, mas falta "agregar os vários atores públicos, privados, as associações, universidades, no sentido de uma promoção conjunta, de ganhar massa crítica, visando a internacionalização e desta forma trabalhar a procura".produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

"É na agregação do conjunto dos nossos produtos que nós, de facto, podemos ser diferentes e porque todos eles têm qualidade, podem afirmar-se em conjunto", considerou.produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

Da mesma maneira que se conta a história do vinho do Porto a milhares de visitantes que entram em Gaia, muitos deles com destino ao Douro, "é contar-lhe também a história do azeite, dos enchidos, da castanha, da amêndoa, doçaria", considerou.produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

Célia Ramos constatou que "a oferta está trabalhada, com "uma grande aposta nas infraestruturas, nos equipamentos, na recuperação dos centros históricos, das aldeias, material publicitário, agora é preciso trabalhar o lado da procura".produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

"Tenho de trabalhar, fazer promoção, e ir buscar a internacionalização, outros mercados, de forma a podermos de facto criar valor a partir dos nossos recursos, do território", acrescentou.produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

Este é o caminho defendido também pelo anfitrião, Jorge Morais, presidente da Rota do Azeite de Trás-os-Montes, que apontou o congresso de hoje como espaço de reflexão e de partilha, em que deram também testemunho rotas turísticas de outras zonas de Portugal e de Espanha.produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

O congresso faz parte de um diálogo que as três rotas turísticas do norte de Portugal vêm desenvolvendo há dois anos.produtos que representam para criar valor e ir à procura de mercados internacionais.

A ambição de "venderem" juntos a região do Douro comum a todos poderá materializar-se no projeto de internacionalização da Rota do Azeite de Trás-os-Montes, que se prepara para ir à conquista dos mercados emergentes do Brasil, Moçambique e também Macau.
HFI // JGJ
Lusa/fim


Retirado de Notícias do Nordeste

Parque Natural do Vale do Tua com 900 mil euros/ano para financiar projetos

A barragem de Foz Tua deu origem a um novo parque natural em Trás-os-Montes que terá 900 mil euros por ano para distribuir por projetos para o desenvolvimento económico dos territórios abrangidos, anunciou hoje o responsável.


A iniciativa partiu da Agência para Desenvolvimento do Vale do Tua, um organismo criado como contrapartida pelo empreendimento hidroelétrico em construção no limite dos distritos de Bragança e Vila Real e que vai gerir o fundo que a EDP aprovisionará anualmente com 3% da faturação de energia.

A barragem só estará concluída em 2016, mas a empresa começou a fazer a transferências financeiras desde o início da construção, há dois anos, e a forma que a agência encontrou para aplicar as verbas foi a criação do parque, como explicou à Lusa José Silva, o diretor executivo.

Retirado de Notícias do Nordeste

Macedo de Cavaleiros já é a Capital Nacional da Apicultura

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial registou na última sexta-feira a marca Macedo de Cavaleiros – Capital Nacional da Apicultura.






Este processo promovido pela Câmara Municipal atribui a Macedo de Cavaleiros o reconhecimento pela sua tradição nesta atividade, que tem registado nos últimos anos um grande desenvolvimento, ao mesmo tempo que virá gerar visibilidade e notoriedade ao concelho.

A apicultura é o nome dado à arte de criação e exploração das abelhas, abrangendo uma atividade económica que vai muito além da “simples” extração do mel. Está presente nas indústrias de produtos de beleza, alimentar, vernizes, têxteis ou na produção de cera, já com unidade de moldagem no concelho macedense.

O impacto desta atividade em Macedo de Cavaleiros tem sido crescente, concelho que acolhe a Confraria do Mel, com membros de 10 distritos do país e alguns espanhóis, o único Museu do Mel e da Apicultura do país, e que de há 3 anos a esta parte é palco em fevereiro da Apiocasião, feira que em 2013 contou com 52 stands, sendo 12 ligados à apicultura. O interesse dos jovens, mesmo alguns licenciados, é também significativo “pois veem nesta atividade uma oportunidade de emprego”, diz Francisco Rogão, Grão-mestre da Confraria do Mel.

A componente formativa é, no entendimento do confrade, “muito importante dado que permitem a acumulação de conhecimentos essenciais para uma melhor exploração.” E nesta área também o concelho ganha destaque nacional, com uma oferta de formação sem comparação que aqui traz alguns dos melhores especialistas mundiais, “motivo pelo qual falar em Macedo de Cavaleiros é já um chamariz para atrair pessoas de todo o país, incluindo ilhas e mesmo estrangeiros.

Só o ano passado, por exemplo, na formação de Criação de Rainhas, estiveram aqui 450 pessoas, formando, na altura em que fomos para o terreno, aquele que foi com certeza um dos maiores grupos de apicultores fardados em todo o mundo.”

Este período de primavera é rico em formações, que vêm permitir tanto a expansão de conhecimentos, como a aprendizagem dos primeiros passos nesta atividade: Análises do mel – 6 e 7 de abril; Formação Inicial de Apicultura – 12, 13 e 14 de Abril (1ª formação) e 10,11 e 12 maio (2ª formação);Colheita de Pólen – 19 e 20 de abril; Desdobramentos – 21 abril e 18 de maio; Criação de Rainhas – 27 de abril; eFormação Total (apicultor acompanha desde o processo inicial até à colheita no fim da época) – a decorrer com duas turmas de 60 formandos no total, divididos em 8 sessões.

Retirado de Notícias do Nordeste

Núcleo dos Combatentes de Bragança reforça apoio a associados

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Apoiar os ex-combatentes e famílias que vivem com maiores dificuldades. Esta é uma das prioridades da nova direcção do Núcleo de Bragança da Liga dos Combatentes, que tomou posse ontem.
José Fernandes é o novo presidente do Núcleo da capital de distrito, conciliando o cargo com o de comandante dos Bombeiros de Bragança.O novo presidente sublinha que em tempo de crise o apoio aos sócios vai ser reforçado.“Temos familiares a necessitar. Estamos a apoiar alguns, não vou dizer quantos, onde, nem quem são, mas estamos já a apoiar famílias carenciadas. Essa é uma das nossas missões. A Liga tem 90 anos, este núcleo tem 89, e tem apoiado muitas pessoas anonimamente e vai continuar a faze-lo”, garante o novo presidente. José Fernandes garante que o Núcleo de Bragança está de boa saúde financeira e não depende de subsídios. “Isto foi um amealhar ao longo dos anos, uma gestão muito rigorosa, que nos levou a que esta associação não seja subsídio-dependente. Esta não pede nada a ninguém, está aqui para dar, e é isso que vamos continuar a fazer, ou seja vamos rentabilizar o que temos e vamos distribuir o que angariarmos por quem necessita”, assegura José Fernandes. O presidente da Liga dos Combatentes marcou presença na tomada de posse da nova direcção em Bragança. O General Joaquim Chito Rodrigues, enalteceu o apoio que a Liga dá a todos os associados e aproveitou para deixar um alerta ao Governo para não cortar nos apoios aos ex-combatentes. “A situação agravou-se dramaticamente nos últimos tempos e portanto isso significa que sendo nós uma instituição que tem como objectivo a solidariedade e o apoio mútuo, vivemos das quotas dos sócios e de algum apoio do Estado, e esse apoio hoje em dia é fundamental e se há quem tenha que ser apoiado são aqueles que mais precisam e por isso instituições como a nossa têm que ter algum apoio do Estado”, defende o presidente da Liga.
O Núcleo de Bragança da Liga dos Combatentes conta, actualmente, com cerca de 500 sócios.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Rabal já tem Internet 3G

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Já é possível navegar na Internet com tecnologia 3G na freguesia de Rabal, em pleno Parque Natural de Montesinho.
Depois de ter consigo rede de telemóvel há dois anos, esta aldeia do concelho de Bragança vê finalmente resolvidos os problemas ao nível das telecomunicações com a instalação de um sistema que garante rapidez e eficácia na Internet.O presidente da Junta de Freguesia, Paulo Hermenegildo, garante que a nova tecnologia já está a funcionar desde a semana passada.“Houve uma operadora, a Vodafone, que em 2011 acolheu o nosso pedido e que nos colocou tecnologia para podermos ter rede de telemóvel. Neste momento ficámos com a tecnologia 3G, a chamada MTS, para assim toda a gente poder navegar na Internet, com voz e dados, e com uma velocidade bastante rápida e eficiente”, enaltece Paulo Hermenegildo.O autarca enaltece a importância deste investimento para atrair turistas à região.“É bom para os nossos jovens, para os nossos turistas. Fazemos parte da Rota da Terra Fria, onde há alguns turistas, e é uma mais-valia para estarem online com o mundo”, sublinha o presidente da Junta.
A Vodafone vai instalar, ainda, a mesma tecnologia na freguesia vizinha de França, para que esta zona do Parque Natural de Montesinho tenha acesso às novas tecnologias.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Sala de Estimulação Sensorial na Fundação Betânia

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A Fundação Betânia, em Bragança, vai ter uma Sala de Estimulação Sensorial para pessoas com Demência.
A criação do espaço resulta de uma candidatura ao projecto Sic Esperança, e vem dar resposta aos casos que existem na instituição.
A Fundação Betânia tem 64 utentes, sendo cerca de 20 por cento doentes com demência ou alzheimer.
O técnico de Serviço Social responsável pelo projecto, Bruno Santos, diz que a Sala de Estimulação Sensorial vai acompanhar as várias fases da doença.
O objectivo é dar aos utentes uma melhor qualidade de vida.Na Sala de Estimulação Sensorial, os utentes vão receber cuidados especiais.
Com os doentes vai trabalhar uma equipa multidisciplinar, constituída por um enfermeiro, um assistente social, um psicólogo, um gerontólogo e um animador sociocultural.
Para que o espaço comece a funcionar falta apenas o material para o equipar, que representa um investimento de cerca de mil euros.


Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

segunda-feira, 25 de março de 2013

Pequena aldeia do concelho de Vinhais

 

Nesta pequena aldeia nasci.
Daqui, quis o destino que saísse, menina ainda.
Vivi pouco tempo neste paraíso.
Sempre que aqui volto,
é como se não tivesse saído.
Respiro a minha essência
a minha alma rejubila
como se anjos celestes
aqui habitassem
por estes pequenos montes
por estas encostas...
Este escadario conduz-nos a uma pequena capela construída para cumprimento de uma promessa.
A Nossa Senhora de Fátima foi consagrada.
As rochas nuas onde, teimosamente, nascem árvores, encantam-me.
Inebria-me a sua beleza simples,
tão despojada de vaidades.
Os caminhos não são fáceis de calcorrear.
A natureza é agreste.
Este é o seu casario.
Casas simples, pequenas,
abraçadas umas às outras, interdependentes,
como almas gémeas.

Mara Cepeda

com a angústia
de mais nada esperar
espero

a manhã preguiçosa
inquieta
buliçosa

na mão estendida
nada, apenas o ar
que nos cerca

na imensa solidão
de um olhar
na incerteza de um não


como se amanhã
já não fosse

Mara Cepeda

Autarca de Mirandela diz que "toda a gente foge" de soluções para a linha do Tua

O presidente da Câmara de Mirandela, António Branco, acusou hoje as entidades envolvidas de estarem a fugir do problema da linha do Tua, prolongando a indefinição sobre o futuro, o que pode deixar sem transporte as populações da zona.


Segundo o autarca social-democrata, a CP e a Refer alegam não ter mais responsabilidades depois de proposta a desclassificação da linha e o Instituto de Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) tarda em definir um novo modelo de gestão.

O comboio não circula há mais de quatro anos na maior parte desta ferrovia e a expectativa de regresso fixou-se no plano de mobilidade contrapartida da barragem do Tua, mas os responsáveis avisam agora que os carris só serão reabilitados se houver financiamento europeu.

Retirado de Notícias do Nordeste

Fernanda Ribeiro visitou Alfândega da Fé

fotoAlfândega da Fé não é uma localidade desconhecida para a atleta olímpica. Fernanda Ribeiro já competiu na localidade transmontana quando tinha apenas 12 anos.
32 anos depois regressou, na passada sexta-feira, como convidada especial da Casa do F.C.Porto de Alfândega para a entrega dos troféus do Desporto Escolar na Escola Secundária. “Já passaram tantos anos e ainda há pessoas que se lembram de mim quando tinha 12 anos”, disse a atleta.
Para homenagear uma das mais conceituadas atletas nacionais, os alunos vão a partir do próximo ano lectivo ter o “Ranking Fernanda Ribeiro”.
A importância do Desporto Escolar na formação dos atletas foi destacada por Fernanda Ribeiro que considera que é nas escolas “que nasce” o gosto pela prática de desporto. “É importante para o país, porque é daqui que vão sair grandes atletas, e para os alunos porque não ficam em casa parados no computador”.
Em Alfândega da Fé o Desporto Escolar está bem e recomenda-se. “Em todas as provas que temos participado temos sido das escolas com o maior número de participantes, em todas as provas”, frisou Pedro Silva, professor de Educação Física.
Destaque para os alunos Hugo Trinta Dias, nos 40 metros em infantis A, e Luís Neves, nos mil metros em juvenis, que em Abril vão representar a escola de Alfândega da Fé no nacional do Projecto Mega em Vila Nova de Gaia.
Futsal, basquetebol, atletismo e, agora também, badminton são as modalidades praticadas pelos alunos em Alfândega da Fé.

Retirado de www.jornalnordeste.com

Centro Micológico de Vinhais de portas abertas

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Foi inaugurado, no passado sábado, o Centro Micológico de Vinhais.
Este equipamento, único na região, está instalado no Parque Biológico e é parte integrante da estratégia turística do concelho.
“Há cerca de seis anos estabelecemos um caminho que devíamos seguir no concelho de Vinhais com o objectivo de incrementar uma efectiva visitação ao concelho. Temos conseguido bons resultados e o Parque Biológico encerra agora aquilo que é o grande conteúdo desta estratégia. No parque os equipamentos são diversos e só faltava este Centro Micológico”, salienta o presidente da Câmara Municipal, Américo Pereira.
O concelho de Vinhais é conhecido pela grande variedade de cogumelos, havendo quem aponte para “três mil variedades”. Segundo o autarca local, este centro vem apoiar toda a comunidade que quer usufruir deste produto abundante na região. “ Vai ser uma grande mais-valia em termos de visitação e de aprendizagem porque o tema dos cogumelos é hoje muito importante pois há um conjunto de pessoas que se dedica à aprendizagem e ao conhecimento e até à comercialização e este Centro vem nesse encontro”, acrescenta Américo Pereira.
O equipamento está estruturado em quatro áreas temáticas: habitats micológicos, cogumelos tóxicos, ecologia dos cogumelos e gastronomia micológica. Irá promover cursos, workshops, demonstrações culinárias, entre outras iniciativas, estando marcado para o último fim-de-semana de Abril o primeiro evento.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Folar impulsiona economia de Izeda

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O folar também foi rei em Izeda, no concelho de Bragança, onde se realizou, durante este fim-de-semana, a XIV Feira do Folar.
Este produto, típico da Páscoa, tem já um peso na economia da vila, no entanto, os expositores este ano sentiram a crise. “Há gente a procurar os nossos produtos, porque é tudo caseiro de excelente qualidade, mas não é como antigamente, deve ser a crise”, refere uma produtora de folar presente na feira, Teresa Pinto.
O presidente da Associação de Desenvolvimento da Região de Izeda (ADRI), recorda que não é fácil organizar um evento desta envergadura principalmente na actual conjuntura do país. “Lutamos com muitas dificuldades, a única instituição que nos apoia e sempre apoiou, desde a primeira edição é a Câmara Municipal de Bragança só que temos sofrido alguns cortes e não é fácil”, explica Rui Simão.
Mesmo assim, o responsável faz um balanço positivo desta edição pois aponta para 5 mil quilos de folar vendido ao longo dos três dias de certame.
O investimento neste evento ronda os 20 mil euros mas que segundo a organização é totalmente sustentável.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Feira do Pão marca Domingo de Ramos em Caçarelhos

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O Domingo de Ramos em Caçarelhos, concelho de Vimioso, foi mais uma vez festejado com a tradicional Feira do Pão, que se realiza há já treze anos e é conhecida por antecipar as férias da Páscoa trazendo muitos dos naturais à aldeia.
“Eu venho sempre, não só pela feira do pão em si, mas pela tradição sobretudo é porque é feira familiar muito atractiva”, conta uma das visitantes, Maria Lucília.
Apesar da chuva intensa que se fez sentir em grande parte da manhã, os expositores mostraram-se expectantes em relação às vendas dos seus produtos tradicionais. “ Sim tem corrido sempre muito bem, embora hoje o tempo não esteja muito convidativo mas espero que melhore”, comenta uma das expositoras presente no certame, Armandina Preto.
O presidente da Comissão de Festas de Santa Luzia orgulha-se de organizar esta feira com cariz familiar, pelo facto de proporcionar um ambiente agradável a todos os visitantes. “Neste momento é já uma atracção para a população com raízes na aldeia que vêm nesta altura apreciar o folar tradicional feito no forno a lenha, bem como, o pão que é aqui apresentado”, expressa Licínio Martins.
Para além da típica missa de ramos, houve, também, muita animação com o grupo “Las Çarandas”, pauliteiros de Santulhão e de Palaçoulo e o Rancho Folclórico de Vimioso.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

sexta-feira, 22 de março de 2013

Lenda do Folar

 

O folar terá nascido de um desgosto de amor. Numa aldeia portuguesa, uma jovem chamada Mariana sonhava com o casamento. Rezava incessantemente a Santa Catarina para que lhe arranjasse pretendente cedo. A Santa respondeu às suas preces e enviou-lhe um fidalgo rico e um lavrador pobre.
Mariana não soube qual escolher e voltou a pedir à Santa que a orientasse para o melhor pretendente. Um dia bate à porta da casa da jovem, Amaro, o lavrador, a pedir uma resposta até ao Domingo de Ramos (o domingo imediatamente antes da Páscoa). O fidalgo resolveu pedir uma decisão, nesse mesmo dia.
Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre.
As gentes da terra disseram a Mariana que o fidalgo pretendia aparecer no dia do casamento para matar Amaro. Nas vésperas do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada com esta possibilidade e resolveu recorrer às preces, colocando um ramo de flores junto de Santa Catarina.
Quando voltou para casa o ramo de flores estava em cima da mesa, junto a um bolo com ovos inteiros. Surpreendida, Mariana correu para casa de Amaro. Cruzaram-se no caminho e, também ele, tinha recebido o mesmo bolo rodeado de flores. Pensando ser uma acção do fidalgo, digiram-se a sua casa. Contudo o cenário repetiu-se. Lá estava o bolo e as flores.
Inicialmente chamado de «folore», o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação.
Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costuma levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de baptismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

Alfândega da Fé vai participar na Hora do Planeta

A 23 de março, durante uma hora, desligam-se as luzes nos principais edifícios municipais. O gesto é de alerta em defesa do planeta.






Pelo Terceiro ano consecutivo os mais emblemáticos edifícios Municipais vão ficar às escuras, durante a Hora do Planeta. A iniciativa acontece à escala mundial e assume-se como um alerta para a necessidade de promover a sustentabilidade de recursos e defender o meio ambiente. A ação é promovida pela World Wide Fund for Nature (WWF "Fundo Mundial para a Natureza"), uma das mais conhecidas organizações ambientalistas não governamentais a nível mundial.

O Município associa-se a este movimento global e as luzes da Casa da Cultura, da Biblioteca Municipal e edifício dos Paços do Concelho vão desligar-se entre as 20.30h e as 21.30h, do dia 23 de março.

Vai ser assim um pouco por todo o mundo, como forma de chamar a atenção para questões relacionadas com o aquecimento global, mas sobretudo de alertar consciências para a necessidade de mudar comportamentos e reduzir consumos em defesa do planeta e da qualidade de vida das gerações futuras.

A autarquia Alfandeguense "entende esta iniciativa como um gesto simbólico, que manifesta a vontade de continuar a implementar políticas de promoção da sustentabilidade de recursos e de formação e sensibilização da comunidade para esta problemática. Por isso o município o lança o desafio a todos para que adiram a esta iniciativa, em defesa de um planeta melhor. Para tal basta desligar as lâmpadas de casa, do escritório ou de qualquer lugar em que se encontrar durante os 60 minutos da Hora do Planeta".

Retirado de Noticias do Nordeste

Biblioteca de Mogadouro aposta na formação

fotoA Biblioteca Municipal Trindade Coelho (BMTC), em Mogadouro, acolheu três sessões da acção de formação PORDATA - Base de Dados de Portugal Contemporâneo.
Esta iniciativa de esclarecimento foi pela formadora Teresa Cardoso, tendo sido frequentada por 60 formandos (jovens e adultos).
Os participantes ficaram aptos a utilizar o portal PORDATA em todo o seu potencial. Puderam encontrar milhares de factos estatísticos que lhes permitiram não só conhecer a realidade portuguesa em geral, mas também a do seu município. Foram abordadas as diferentes formas de acesso, edição e apresentação dos dados compreendidos no portal http://www.pordata.pt, bem como a criação de gráficos animados e estáticos, a exploração do sistema de georreferenciação e a exportação de conteúdos.
A organização deste evento esteve a cargo da Fundação Francisco Manuel dos Santos e da BMTC.

Retirado de www.jornalnordeste.com