sábado, 8 de dezembro de 2018

AS MINORIAS RADICAIS E A INSTALAÇÃO DO CAOS (Editorial do Jornal Nordeste)



Há uma visão romântica da História, daqueles que acreditam na evolução das sociedades em função do voluntarismo e desassombro de alguns, auto proclamados escolhidos por entidades sobrehumanas para conduzir os destinos do mundo.
O exemplo mais comum desta realidade são as religiões reveladas, servidas por profetas que tanto anunciam apocalipses arrasadores como prometem o gozo eterno a quem lhes seguir os passos.
O resultado não tem ido muito além de epifenómenos conjunturais, localizados no tempo e no espaço, alimentando a celebração de virtudes da condição humana que, afinal, acabam por se afundar na cruel indiferença do tempo, que nos faz nascer e morrer, sem entusiasmos nem remorsos.
É verdade que alguns momentos da humanidade lograram ser empolgantes para visionários de gerações posteriores, convencidos de que a existência não se reduzia ao absurdo da inconsequência. Assim se alimentou a utopia do estado de direito democrático, que só encontraria condições de permanência se a racionalidade e o pragmatismo fossem referências de cada um dos membros das sociedades humanas. Porque tal modelo requer a aceitação de regras e de processos que não podem ser postos em causa, visto que a alternativa é o império do instinto, da animalidade, a nossa infra-estrutura indescartável.
Cedo se percebeu, já na velha Grécia, que a democracia comportava o risco de se tornar, ela própria, o alfobre dos seus carrascos, porque escancarava as portas à soberba, à avareza e à inveja, emanações refinadas da propensão predatória de que se tem feito a vida neste planeta.
Como se tratava da verdadeira humanização, aos baldões, num misto de esperança e desespero, gerações inteiras dedicaram-se à conquista de espaço para a democracia. Mas, observando a realidade com os instrumentos que a inteligência proporciona, chegaremos à conclusão de que se tratou de tarefa de Sísifo, obra sempre condenada à ruína quando nos parece estar consumada.
Um entendimento distorcido, talvez conveniente, do modelo político, tem permitido que minorias fanatizadas, quais novos profetas, disfrutem de condições para disseminar o ódio. Minorias que só floresceram porque o modelo democrático as integrou, as defendeu, generosidade que se está a revelar mortífera.
Quando se criam condições para que, de forma organizada, dissimulada, mas demolidora, à maneira das hienas na selva, alguns espalhem a violência e a ruína, está a preparar-se o caminho para que tenham condições de chegar ao poder, deixando marcas trágicas na História. Assim aconteceu na Rússia de 1917, com a minoria bolchevista e na Alemanha de 1933, com a ascensão desse monstro que foi o nazismo, produto de uma minoria.
Ainda pior é que as sociedades democráticas continuem a desleixar a firmeza necessária, permitindo o alastrar da desordem, da insegurança, da corrupção e da impunidade, contribuindo para tornar insustentável a vida quotidiana, muitas vezes em nome de pretensos direitos absolutos de minorias, sem respeito pela obra notável que, apesar de tudo, tem sido a civilização.

Escrito por Teófilo Vaz, Diretor do Jornal Nordeste
Retirado de www.jornalnordeste.com

Ernesto Rodrigues, grande escritor, grande ensaísta, grande investigador... de quem temos a honra de ser amigos


Parabéns Ernesto.

Maria e Marcolino Cepeda




TRÊS INVESTIGADORAS DO IPB NA LISTA DOS MAIS CITADOS A NÍVEL MUNDIAL



O IPB já conta com três investigadoras entre as mais citadas em artigos científicos.
O IPB tem mais uma investigadora na lista de investigadores mais citados a nível internacional. A Isabel Ferreira e Lilian Barros junta-se Letícia Estevinho.
Isabel Ferreira é nomeada pela quarta vez nesta lista. A engenheira bioquímica é também directora do Centro de Investigação de Montanha há cerca de dois anos. 
“Para um cientista é muito importante quando partilhamos os nossos resultados com a comunidade científica e que o nosso trabalho seja considerado pelos nossos pares e sobretudo seja recomendado. Hoje em dia fico muito feliz porque consigo manter-me nesta lista, uma vez que o investimento em ciência, em termos mundiais vai aumentado e cada vez mais, há mais talentos que vão surgindo em todo o mundo”, destacou Isabel Ferreira, que foi nomeada em duas áreas científicas diferentes, nas ciências agro-alimentares e em toxicologia.
Lilian Barros é outra das nomeadas neste ranking mundial. A primeira aluna de doutoramento de Isabel Ferreira destacou que se trata do reconhecimento do seu trabalho. “É uma validação do nosso trabalho que estamos a fazer ao longo do tempo. Quer dizer que estamos a ser reconhecidos a nível mundial. Os nossos trabalhos estão a ser utilizados por outros investigadores para fazerem trabalhos nesta aérea. Isto é muito importante porque valida todo o trabalho científico”, acrescentou a investigadora. 
A novidade na lista é Letícia Estevinho. “Esta distinção é muito boa, do ponto de vista pessoal e profissional. Acho que somos inovadores em produção de hidromel e tem contribuído muito para ser citadas. Considero que fomos nós os pioneiros”.
Na lista de investigadores mais citados, a nível internacional figuram 14 portugueses. O ranking mundial, com base no número de citações por artigos publicados nos últimos dez anos, reconhece os investigadores mais influentes do mundo. 

    Jornalista: 
Maria João Canadas

Retirado de www.jornalnordeste.com