segunda-feira, 21 de março de 2016

Deolinda com lotação esgotada no Teatro Municipal de Bragança



Se a vinda dos Deolinda até ao Nordeste Transmontano era uma boa oportunidade para ver esta banda portuguesa que se inspira no fado e na música tradicional, esqueça, porque o auditório do Teatro Municipal de Bragança, onde o grupo actua na próxima quarta-feira, dia 23 de março, está completamente esgotado.

O grupo regressa com “Outras Histórias”, o seu quarto álbum de originais que consagra uma carreira feita de imensos sucessos. Os Deolinda chegam a Bragança depois de mais de 600 concertos realizados em todo o mundo e em diversas cidades portuguesas.
Por este percurso há a registar 7 galardões de platina, 4 discos de ouro, 3 globos de ouro, 1 prémio Amália Rodrigues, 1 prémio José Afonso e um 1 Songlines Music Award, que premeiam a profunda relação afectiva que a banda mantém com o seu público e que tem assegurado uma das carreiras mais bem sucedidas da Música Portuguesa.
A canção “Parva que Sou”, estreada nos quatro concertos feitos nos Coliseus de Lisboa e Porto, em Janeiro de 2011, foi imediatamente considerada um hino de uma geração , com um forte impacto social, acabando por se transformar  numa música de contestação de uma juventude sem perspectivas de futuro, num país em grandes dificuldades económicas e que começava a colapsar financeiramente. O tema inspirou o movimento "Geração à Rasca" que no dia 12 de Março de 2011 realizou as maiores manifestações não vinculadas a partidos políticos desde a Revolução do 25 de abril.
Deolinda, um grupo com História que agora traz até Bragança uma mão cheia de “Outras Histórias”.

Hoje é “Dia Mundial da Árvore”



A primavera entrou ontem, mas hoje é comemorado um pouco por toda a parte o “Dia Mundial da Árvore”, uma iniciativa que pretende sensibilizar a população para a importância da preservação das árvores e das florestas como forma de gerar um equilíbrio ambiental e ecológico. 


Estima-se que 1000 árvores adultas absorvem cerca de 6000 kg de CO2 (dióxido de carbono), sendo estes seres vivos os principais responsáveis pelo processo de fotossíntese que transforma o CO2 em Oxigénio.
O “Dia da Árvore” começou a comemorar-se em 1872, no estado norte-americano do Nebraska (EUA), depois de uma ideia lançada pelo político Julius Sterling Morton, que incentivou a plantação ordenada de árvores no Nebraska, promovendo o "Arbor Day".
A Câmara Municipal de Torre de Moncorvo não ficou indiferente a esta data e mais uma vez assinala a comemoração do “Dia Mundial da Árvore” com uma actividade destinada aos idosos das Instituições
Os idosos serão incentivados a escrever numa cartolina quais os sonhos que gostavam de ver realizados, e no “Dia Mundial da Árvore” vão colocar os seus desejos nos arbustos do Jardim Dr. Horácio de Sousa.
Os idosos vão plantar uma árvore e os jovens estudantes integrados em equipas de voluntariado vão ler poemas relacionados com o tema, seguido de um lanche convívio na Capela de Nossa Senhora da Esperança.
A Junta de Freguesia de Torre de Moncorvo também preparou uma actividade com os idosos, na Nossa Senhora da Esperança, pelas 14h00, com a reflorestação de árvores, que serão apadrinhadas por associações e instituições locais.

domingo, 20 de março de 2016

Junquilho, a Primavera em flor

"Ainda agora acordei
sinto-me deveras ensonado.
Com a primavera cheguei
estou mesmo espantado.

Feliz estou, tão contente
por ter florido agora
que espero plenamente
nunca ter de ir embora."

Ele não acorda
de sonos inquietos
nem aborda
tópicos secretos.

Apenas existe
como beleza pura
neste tempo tão triste
que tanto perdura.


Maria Cepeda

Freixo recebe abertura do Nacional com piloto da terra



Freixo de Espada à Cinta marca, mais uma vez, o arranque do Campeonato Nacional de Motocrosse, no domingo, numa jornada que, este ano, tem a curiosidade de ter um piloto do Nordeste Transmontano na grelha de partida.

Ricardo Diz, com uma Suzuki 250cc, regressa às duas rodas, depois de alguns anos dedicado ao futebol e futsal.
“A preparação não correu como eu queria porque a moto avariou e não pude treinar como devia”, explicou ao Mensageiro.
Ainda assim, o piloto de Vimioso, apoiado pelo motoclube Furões, que no ano passado já esteve presente no King e, em 2013, no Raid Ibérico, espera garantir o apuramento para a final.
Esta prova é organizada pela União de Freguesias de Freixo e Mazouco, presidida por Raúl Ferreira, o grande impulsionador do regresso dos maiores nomes nacionais do motocrosse ao Nordeste Transmontano.
“Já durante o mês de fevereiro vieram vários pilotos de todo o país treinar à nossa pista. Isto é muito importante para dinamizar a economia local, pois os restaurantes enchem, o alojamento esgota e as lojas aproveitam para vender os seus produtos”, frisa o autarca.

Por ACR
Retirado de www.mdb.pt

A fase patética da Europa (Teófilo Vaz é Diretor do Jornal Nordeste)



Quando os homens no tempo não se elevam para além da condição primata, a civilização pode diluir-se, não só na barbárie, mas mesmo no retorno à selva natural.
Há sempre quem cultive saudades de pretensos paraísos primordiais. Expoente máximo terá sido Jean-Jacques Rousseau, que quis fazer passar a ideia de que a bondade e a pureza seriam inerentes à natureza humana, idilicamente concebida no contexto da Natureza ela própria.
Mas, o conhecimento, de experiência feito, não nos permite continuar a alimentar infundadas utopias e reconduz-nos à necessidade de não perder referências que custaram milénios de labor.
A Europa não resultou da Natureza. É obra humana, não terminada, longe disso, apesar de parecer sólida na sua longa idade.
Em mais de dois milénios, por aqui assistimos a tempos da mais vil selvajaria, mas também pudemos contemplar tempos de paz e prosperidade que, aliás, permitem compreender o papel que à Europa tem sido reconhecido na caminhada civilizacional. Pelo menos, nós queremos convencer-nos disso.
O Mediterrâneo grego foi a raiz da Europa, que se consumou nessa quase idade de ouro, os três séculos do auge de Roma. Então, uniu-se sem esmagar a diversidade, a economia conheceu sucessos memoráveis, a segurança permitiu a prosperidade e a tranquilidade, a cultura encontrou espaços de partilha, elevando os europeus a patamares que ainda hoje merecem o respeito de quem estiver atento à propensão deste mundo para o caos.
Mas, quando se descuidaram as referências e medraram localismos caprichosos, que tinham por horizonte os umbigos ou a ponta dos narizes, tudo ficou em cacos.
Foi preciso esperar quase mil anos para que um outro cimento os reunisse, numa reconstrução ainda periclitante, com cicatrizes vivas a incomodar.
Assim se tem visto este extremo ocidental da Eurásia, a semear as suas próprias fragilidades mundo além e a sofrer, por causa delas, os horrores do fratricídio, que atingiu o quase apocalipse, por duas vezes, no século XX.
Infelizmente, voltamos a confrontar-nos, hoje, com o irromper de nacionalismos e com todo o rol de patetices já conhecidos doutros tempos. Pressentimos que o resultado não será a festa da felicidade.
Perante desafios decisivos uns levantam barreiras de betão e rede, outros fingem que não veem e a mesquinhez toma conta dos dias. Quando devíamos aprofundar a coesão, ouvimos os servos do imediatismo populista a voltarem ao patrioteirismo de má memória, tomando medidas absurdas, que querem fazer confundir com o exercício de uma qualquer soberania anacrónica.
Nos últimos dias, em Portugal, quase nos sentimos de volta ao século XVII, quando o conde de Ericeira construiu tardiamente uma política económica suportada no condicionamento de produtos exteriores, através de um conjunto de proibições, taxas aduaneiras e estímulos, mais ou menos ineficazes, à produção lusa. Mas, já lá vão trezentos e cinquenta anos.
Por isso, quando o ministro da economia fez apelo para que não se abasteça combustível no nosso vizinho do lado, no que foi seguido até por autarcas da região, requer-se alguma serenidade. Ou se aprofunda e consolida a união, ou se contribui para novo pulverizar da Europa, com todo o rosário de desgraças que comporta. Não podemos continuar nesta bipolaridade: num dia somos europeus, noutros parecemos viriatos de quinta categoria.
Assim, não vamos longe.

Por Teófilo Vaz

sábado, 19 de março de 2016

A AMEIXEIRA

quer queiramos quer não
ela vem de mansinho
devagar, devagarinho
como quem não quer chegar


com o seu cálido toque
de leveza incontestável
veste engaranhidas árvores
pinta singelas flores


no jardim, esta ameixeira
bela, de branco florida
como noiva prometida
ansiando por calor


muitas promessas e anseios
transporta no seu vestido
os seus sonhos são enleios
quiçá nunca cumpridos
 

Maria Cepeda

sexta-feira, 18 de março de 2016

Teresa Martins Marques lançou "Memória e Inquietude em David Mourão-Ferreira"



VER VIDEO DA APRESENTAÇÃO NO LINK http://lelodemoncorvo.blogspot.co.uk/…/apresentacao-do-livr…

Maria e Marcolino Cepeda

Ernesto Rodrigues lança novo romance



CONVITE

A Gradiva e a Livraria Ferin têm o prazer de a/o convidar
para o lançamento do romance

Uma Bondade Perfeita

de Ernesto Rodrigues

A obra será apresentada pelo autor.
A sessão terá lugar no próximo dia 31 de Março de 2016, quinta-feira, pelas 18h30, na Livraria Ferin, Rua Nova do Almada, 70-74, Lisboa.
Seguir-se-á uma sessão de autógrafos.

ENTRADA LIVRE



Maria e Marcolino Cepeda