Os doentes oncológicos do distrito de Bragança vão ter pela primeira nesta região apoio especializado até agora apenas disponível nos principais hospitais dedicados à doença, foi na passada sexta-feira anunciado, avança a agência Lusa.
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Nordeste e o núcleo regional do Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro oficializaram na passada sexta-feira um protocolo que vai permitir abrir em Bragança dentro de um mês um gabinete com apoio de voluntários, mas também de especialistas da área da psico-oncologia.
A principal vantagem e mais-valia desta parceria apontada pelo director clínico da ULS do Nordeste, Domingos Fernandes, é a de que os doentes oncológicos vão passar a ter, em Bragança, o apoio de técnicos especificamente vocacionados para a doença.
O apoio será dado num gabinete que deverá estará funcionar dentro de um mês, segundo as previsões avançadas, nas instalações do Centro de Saúde da Sé.
Além dos especialistas, que serão disponibilizados pela Liga Portuguesa Contra o Cancro, os doentes terão também o apoio dos voluntários do movimento “Viver é Vencer” mais vocacionado para as mulheres com cancro da mama.
Os doentes serão “acompanhados em todas as fases da doença e do tratamento” e de “uma forma integral”, sublinhou o director clínico, reiterando a importância desta valência numa região onde muitos doentes oncológicos são obrigados a longas deslocações para consultas e tratamentos e vão passar a dispor de um apoio até agora inexistente na região.
O presidente do núcleo regional do norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Vítor Veloso, explicou que a instituição vai dar formação e que equipas internas vão deslocar-se à Bragança para “trabalhar em conjunto com as pessoas locais”.
Vítor Veloso lembrou que o Distrito de Bragança foi o primeiro a fazer, em Portugal, o rastreio do cancro da mama, há 15 anos, com uma adesão de 90 por cento das mulheres e que continua a destacar-se com uma percentagem maior a nível nacional.
“Bragança é sempre um distrito que é fácil, onde a adesão é muito grande aos rastreios do cancro da mama. As mulheres já estão habituadas, passam a palavra umas às outras e, portanto, continuam a ter uma adesão muito grande”, declarou.
Retirado de noticiasdonordeste.com
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