sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Três séculos de fé justificam título de basílica

Habitantes de Outeiro esperançados que o título da igreja traga mais visitantes à aldeia
No dia em que celebrou os 500 anos de atribuição do foral manuelino, a aldeia de Outeiro, no concelho de Bragança, acolheu a tão aguardada celebração solene da promulgação do título de Basílica. O pedido formal de atribuição do título foi enviado a Roma a 5 de Maio. O decreto enviado pela Santa Sé a conceder o mesmo foi lido em não templo, no passado dia 12 de Julho. Agora, Outeiro tem oficialmente uma basílica.
Em todo o mundo, existem apenas 4 basílicas maiores e situam-se em Roma, as restantes espalhadas pelo mundo têm o título de basílicas menores e são mais de 1500. Em Portugal a Basílica de Santo Cristo de Outeiro passa a ser a nona igreja com esta distinção.
O bispo da diocese de Bragança Miranda, D. José Cordeiro, explica que a concessão do título de basílica se deve, além do valor arquitectónico desta igreja, à fé no Santo Cristo de Outeiro, que dura há mais de três séculos. “Esta igreja tem mais de 300 anos e o motivo inicial da sua construção foi o milagre que aqui se operou. O cristo que veneramos no altar-mor desta igreja, suou, diz a lenda. Há também alguns documentos da história desse tempo que reportam esses factos. A partir daí, várias pessoas se associaram em Confraria em Portugal e em Espanha. Só assim se explica a maravilha e o milagre desta igreja aqui em Outeiro”, salienta D. José Cordeiro.
Uma fé que continua a atrair centenas de peregrinos a este templo. É o caso de Olívia Pais, que desde criança vem de Paçó de Rio Frio para a festa de 3 de Maio.
Os habitantes da aldeia não têm dúvidas de que esta igreja, classificada como monumento nacional em 1927 e que tem na sua sacristia 90 imagens emolduradas que representam cenas bíblicas da vida de Cristo, é digna de receber o título de basílica. E contam que são cada vez mais os que querem conhecer este templo. “No Verão, passam muitos autocarros por aqui, vêm de vários pontos do País”, refere António Cavaleiro, habitante de Outeiro. 


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