A Comissão Diocesana de Arte Sacra de Bragança-Miranda pretende criar na vila de Sendim, Miranda do Douro, um Centro de Conservação e Restauro de Arte Sacra.
Um projeto que vai de encontro às necessidades atuais, dado que as intervenções que ocorrem nas Igrejas acontecem, muitas vezes, sem qualquer tipo de apoio especializado nem supervisão, e os restauros efetuados em imagens, esculturas e pinturas são, em boa parte, realizados fora da região. “Numa diocese tão rica em Arte Sacra não faz sentido que as nossas imagens tenham de ser transportadas para Braga, Viana do Castelo do Castelo ou Santarém, quando podem ser recuperadas aqui”, refere Artur Nunes, presidente da Câmara de Miranda do Douro, que apoia a implementação do projeto no seu município.
O autarca considera que além da riqueza que este Centro pode gerar, ali vão nascer entre “3 a 5 postos de trabalho especializados”, o que é muito importante para a vila de Sendim. A vertente formativa do projeto pretende criar mais equipas que possam responder às necessidades da região mas também atuar noutras zonas do país. “Este Centro de Restauro de Arte Sacra nasce com a finalidade de proteger e salvaguardar futuras intervenções no vasto património cultural da Diocese”, explica o padre António, presidente da Comissão Diocesana de Arte Sacra e dos Bens Culturais da Igreja.
A ideia é contratar técnicos qualificados em escultura e pintura numa tentativa de salvaguardar o património, contudo a pretensão é também criar parcerias com empresas locais que estejam habilitadas para a intervenção Patrimonial. A Comissão Diocesana de Arte Sacra vai ainda dispor de todo o inventário do património móvel já elaborado, devendo providenciar todos os trâmites necessário para concluir o mesmo, uma vez que este inventário ainda não está feito ou totalmente concluído nalguns Municípios.
Este projeto pretende dar um contributo primordial para o desenvolvimento do turismo e da cultura Diocesana da região. O Centro de Restauro de Arte Sacra, de acordo com o projeto já candidatado aos apoios comunitários, vai custar cerca de 90 mil euros e vai ficar instalado na Casa da Criança Mirandesa, em Sendim, Miranda do Douro.
Retirado de www.noticiasdonordeste.com
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