Na idade média, os monarcas para povoarem as regiões fronteiriças "recorreram quase à obrigatoriedade" para fixarem pessoa nestas regiões.
"Eram deslocados para o interior pessoas em cumprimentos de penas, designadas por homiziados", acrescentou o investigador.
Para o arqueólogo, as dificuldades de mobilidade associadas à pertença de território faziam com que as pessoas se fixassem mais no interior.
"No passado as comunidades eram mais fechadas entre si e daí a sua fixação nas suas regiões de origem de forma prolongada", observou António Dias.
Com um pouco de ironia, o investigador está em crer que qualquer dia "é Portugal que se esvazia" já que há países na Europa mais "atrativos".
A título de exemplo, a região situada entre os rios Douro e Sabor, ao longo dos séculos sempre foi muito atrativa devido aos seus recursos naturais e de subsolo.
"A exploração de metais preciosos e não preciosos nesta região atraiu muitas comunidades vindas do norte de Europa, que acabaram por se fixar " acrescentou.
Por outro lado, o controlo do rio Douro desde a sua nascente à foz foi sempre uma "estratégia muito importante" para os povos que habitaram a região.
Retirado de www.rba.pt
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