Três milhões e meio de euros vão ser investidos na modernização e inovação tecnológica da moagem do Loreto, em Bragança. A requalificação da fábrica resulta do processo de venda da empresa que ontem se concretizou. A fábrica de moagem está instalada na cidade desde 1926 e nos últimos tempos tem vindo a ultrapassar uma fase difícil e que se agravou devido à actual conjuntura económica. No ano passado, a assembleia-geral da empresa já tinha decidido pelo encerramento. Para evitar este cenário, um dos sócios decidiu comprá-la para salvar a actividade e os 15 postos de trabalho. “Não poderia aceitar este abandono e tendo alguma responsabilidade social também não poderia aceitar o despedimento dos funcionários”, refere Luís Afonso, empresário na área dos produtos para uso veterinário, e presidente da assembleia municipal de Bragança, acrescentando que “motivado pela minha actividade empresarial, em áreas relativamente próximas, entendi que poderia ser dada uma oportunidade a esta empresa não a deixando desaparecer”. Por isso “lancei uma opção de compra que ao fim de um ano de negociações terminou agora com a escritura”.T rata-se do maior investimento privado no concelho de Bragança. Durante os próximos 12 meses a fábrica de moagem vai ser requalificada com forte aposta na inovação tecnológica para que outros produtos venham a ser comercializados. “O nosso objectivo imediato é garantir a qualidade da farinha que se fazia que eram simples e depois do processo de instalação de equipamentos novos, que vai demorar um ano, iremos fazer farinhas corrigidas e compostas. Estamos também a preparar-nos para no futuro fazermos massas e bolachas para alimentação humana”, revela Luís Afonso. Numa segunda fase, que deverá demorar dois anos, “queremos reactivar uma unidade industrial que está fechada no Alto das Cantarias, para produção de rações para alimentação animal”, adianta. Além disso, o objectivo passa também por apoiar os agricultores da região estimulando a retoma da produção de cereais, especialmente trigo e centeio. “Temos vindo a adquirir os cereais no estrangeiro e nós queremos apoiar os agricultores da região pois estamos disponíveis para dialogar”, afirma Luís Afonso. “Neste momento não há produção suficiente para abastecer a fábrica e por isso os agricultores devem replantar cereais pois nós garantimos o escoamento”.
A aquisição daquela que é a segunda empresa mais antiga do concelho de Bragança fixou-se em 1,3 milhões de euros.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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