É natural de Bragança. Acha que o facto de ter nascido na nossa cidade lhe proporcionou uma infância mais livre?
Sim, por um lado. Eu acho que aqui, em Bragança, as pessoas estão muito ligadas ao meio rural e eu associo bastante, o conceito de natureza ao conceito de liberdade, também. Penso que um meio onde há espaço livre para andar, como em Bragança, possibilita às pessoas ter outro tipo de vida, outro tipo de dinâmica, de interacção que não existe em Lisboa, onde a vida é muito mais rotineira, muito mais presa a horários e aqui, penso, que há uma certa liberdade para fazer outras coisas.
Bem sei que não foi há muito tempo mas, como era ser estudante em Bragança no seu tempo?
Ser estudante em Bragança, penso que não é muito diferente do que é ser estudante noutro sítio qualquer. Ser estudante em Bragança, permitiu-me aprender, como acho que se permite noutro lugar qualquer, onde encontrei bons professores, onde encontrei bons colegas, onde tive experiências boas, outras menos boas mas, no fundo, penso que ser estudante em Bragança, depende muito da nossa aplicação, da nossa maneira de estar, como em qualquer outro lugar porque, os professores são os mesmos, a formação dos professores é a mesma. Dependerá muito da nossa maneira de estar e de ser e de interagir.
Se pudesse escolher, nasceria noutro lugar?
Eu gosto muito de Bragança e não é por acaso que eu gostava de desenvolver a minha carreira profissional aqui, não só para tentar dar, também, o meu contributo a uma região de que eu gosto e que aprendi a gostar por várias razões mas, realmente, há coisas que faltam a Bragança, nomeadamente, uma vida cultural mais activa, um interesse maior pelo conhecimento e sinto essa falta mas, por outro lado, acaba também por ser uma motivação para a gente ajudar a fazer coisas novas, juntamente com outras pessoas que também querem fazer coisas novas e, realmente, há muitas pessoas interessadas em fazer algo pela região. Resta é que nos deem, também, oportunidade para o fazer.
Saiu de Bragança para estudar. Porquê?
Realmente, eu quis sair de Bragança para estudar. A primeira razão é que eu queria Psicologia Clínica. Acabei por tirar Psicologia Ramo de Saúde. Em Bragança não existia Psicologia Clínica mas, acho que há muitos jovens que estão a frequentar o liceu, a viver com os pais e sentem necessidade de sair e viver uns tempos sozinhos. No meu caso foi, principalmente, por essas duas razões: primeiro, o facto de querer Psicologia Clínica que acabou por ser Psicologia Ramo Saúde mas, também, sair de Bragança para conhecer nova gente, uma nova cidade e ter outra liberdade que, se calhar, aqui não tinha.
E porquê o curso de Psicologia?
No liceu, eu era da área de Economia. Psicologia é uma ciência social e humana e eu sempre gostei muito de ciências sociais e humanas, quer seja sociologia, economia, geografia e etc… filosofia. Acho que sempre tive queda para essas áreas. Por outro lado, sempre me interessou compreender-me a mim mesmo, compreender os outros, as relações interpessoais e sempre me preocupa, sobretudo, tentar perceber porque é que as pessoas sofrem, não só os outros mas, também, tentar compreender-me a mim próprio.
Agora uma provocação... Acha que a psicologia pode ajudar as pessoas?
Claro que sim! Se a Psicologia não pudesse ajudar as pessoas ou não ajudasse as pessoas, a Psicologia não existia nem servia para nada. De qualquer das formas, falar em como a Psicologia pode ajudar as pessoas, isto dava uma conversa de duas, três, quatro horas mas, posso dizer, que o simples facto de a pessoa entrar num consultório e sentir toda aquela empatia, todo aquele ambiente proporcionador para que a pessoa se liberte e fale das suas angústias e dos seus medos… só essas simples condições que o psicólogo sabe criar e foi preparado para as criar, ajuda a pessoa a sentir-se bem.
É aquela coisa dos filmes? A pessoa no divã a falar para o psicólogo?
Lá está! Acho que, como em qualquer outra profissão, há falsos conceitos. O divã pode servir para algumas coisas dentro da Psicologia, nomeadamente, quando uma pessoa precisa de fazer relaxamento, pode ir para o divã.
Há uma abordagem, dentro da Psicologia, que é a Psicanálise, que utiliza muito o divã, onde a pessoa se deita e fala dos seus sonhos, das suas experiências, dos seus sentimentos, e o terapeuta ouve, atentamente, enquanto a pessoa está deitada ou sentada mas… lá está… Acho que há muito aquela associação da Psicologia à hipnose, ao divã, ao falar, e o psicólogo a escrever no seu bloco de notas. É a tal influência…porque, muita gente, liga a Psicologia a Freud e há toda uma caricatura associada…
Um bom psicólogo é um bom ouvinte?
Tem que ser. Sobretudo isso.
A quantos ilustres filósofos e psicólogos não se antecipa o Padre António Vieira, ao afirmar, como faria pouco depois, Pascal: “A razão tem razões que não lhe são próprias, mas que partem do coração.” Quer comentar?
Na verdade, associado ao nosso comportamento, está uma grande subjectividade. Digamos, que a Psicologia se distingue, também, das outras ciências, por toda essa subjectividade que comporta consigo. Não se pode levar o determinismo ao rubro. O comportamento humano sofre múltiplas influências conjugadas entre si. Não podem ser determinadas de forma totalmente objectiva porque, se esse tal objectivismo existisse, todos os problemas eram resolvidos de forma muito mais simples. Se descobríssemos o problema da pessoa de forma totalmente objectiva, no sentido de estar a fazer mal. Vamos tirar isto para te fazer bem.
Claro que o sucesso, em Psicologia, era a cem por cento e as pessoas ficavam totalmente curadas. Claro, que as pessoas, quando procuram a consulta, há muitos casos de sucesso e as pessoas ficam totalmente curadas mas, sempre associada, à tal subjectividade que o trabalho em psicologia, comporta, porque estamos a falar não de números, não de situações, mas mais objectivas, em que há uma causa/efeito, também há, atenção! Estamos a falar de sentimentos, emoções que determinam a forma como nos sentimos. Aliás, em Psicologia, há várias correntes, tais como: a sistémica, a psicodinâmica, o humanismo, o comportamentalismo e há uma que, realmente, é a mais objectiva de todas, que é o comportamentalismo e foi o comportamentalismo que deu à Psicologia o estatuto de ciência. No entanto, esta é a minha opinião: os problemas das pessoas não se resumem a um estímulo/resposta ou àquelas fórmulas que o comportamentalismo tanto divulgou e tanto defendeu. Há mais coisas que se apresentam de uma forma muito subjectiva e que é preciso entender, compreender de forma a puder ajudar as pessoas.
Mas, o que é admirável é que o facto de o Padre António Vieira ter dito isto nos anos de 1600 alguns séculos atrás, bastantes…
Não é admirável, porque é que há-de ser admirável? As pessoas sempre se preocuparam com a forma como se sentem, com a forma como se sentem os outros, com a forma como se relacionam entre si. As pessoas sempre se preocuparam com isso, sempre se preocuparam em entender o seu comportamento. A Psicologia, o que veio a trazer de novo, fundamentalmente, foi definir o comportamento, compreender o comportamento de uma forma mais científica, obedecendo ao método científico. O comportamentalismo deu o seu contributo.
Em sua opinião, porque se diz que o povo português é um povo triste?
Em termos psicológicos, uma pessoa é definida bio, psico e socialmente e acho que os portugueses têm uma história muito associada à saudade. O próprio fado retrata, um pouco, esse espírito. Mas será que o povo português é um povo triste? Eu sinceramente não acho. Não é um povo triste, é um povo de deixar andar.
Freud, pai da Psicanálise, foi um dos precursores no estudo das pessoas a nível psicológico. Ele mexeu com as ideias do seu tempo. Fale-nos desse e de outros nomes ligados à Psicologia moderna.
O Freud trouxe um conceito muito importante que foi o conceito do inconsciente. Até aparecer o Freud ninguém falava do inconsciente. Ele tentou definir de que forma é que o consciente, o inconsciente e o préconsciente poderiam determinar o nosso comportamento e então falou de três conceitos fundamentais que são os seguintes: Ego, Superego e o Id. O Id está associado às forças passionais de carácter sexual que, normalmente, residem no inconsciente. O Superego, são os valores sociais e morais que regulam o nosso comportamento. O Ego será, então, o resultado entre o Superego e o Id O que Sigmund Freud disse, seria a base para ajudar as pessoas. Era a tentativa de encontrar um equilíbrio entre o Superego e o Id, entre outras coisas como são: os recalcamentos, os tais desejos inconscientes, coisas que ficaram no passado e que influenciam o presente, que não foram libertados. Para mim, a importância do Freud, incide no conceito de inconsciente.
Quais foram as mudanças mais significativas verificadas na Psicologia durante o último século?
Para mim, a mudança mais significativa na psicologia foi, realmente, o estatuto cientifico que adquiriu através do comportamentalismo. Aí, a Psicologia começou a ser encarada de outra forma, tanto a nível de investigação, tanto a nível do exercício da Psicologia, propriamente dita. O facto de a Psicologia começar a entrar nos mundos académicos foi, para mim, a grande revolução na Psicologia. O comportamentalismo, através de vários autores como Pavlov, Skinner, Watson, que dizem ser os pais da Psicologia foi, através deles, que a Psicologia, realmente, se tornou científica.
Actualmente gosto, em especial, de uma abordagem… embora goste da cognitiva comportamental, gosto muito da abordagem humanista de Carl Rogers e, para mim, foi outra grande revolução da Psicologia. Vai um pouco ao encontro daquela expressão: “O coração tem razões que a própria razão desconhece.” Realmente, essa abordagem, essa orientação psicológica centra-se, muito, na pessoa, naquilo que a pessoa é. Tenta fundamentar uma aceitação total da pessoa. Digamos que a empatia é levada ao rubro. Tem uma consideração positiva pela pessoa e o facto é, que a pessoa, criadas as condições, por si mesma, ganhe consciência do que ela é, dos seus problemas, começa a crescer como pessoa.
Digamos que é aquele bichinho lá, dentro dela, que começa a crescer e esse bichinho que é ela mesma começa a crescer e começa a resolver os problemas. Começa a abarcar, não só a ela mas, também, aos outros e a relação com os outros.
Quando uma pessoa é aceite positivamente, completamente a cem por cento, no consultório, através de várias sessões de terapia, consegue transportar isso para a vida e para as dificuldades da vida.
O alcoolismo é um problema que afecta grande número de pessoas a nível regional e, também, nacional. De que maneira a Psicologia pode ajudar?
O alcoolismo é uma toxicodependência portanto, normalmente, começa-se por consumos exagerados até que há uma fase de tolerância em que as pessoas bebem e já não se embebedam até que seja uma fase de dependência, onde aparecem síndromes de privação, a chamada ressaca.
Em que medida é que a psicologia pode ajudar?
De várias formas. Uma delas será ensinar aos doentes alcoólicos, estratégias para lidarem com o desejo de beber. Outra, é ajudar os alcoólicos a encontrar estratégias para lidar com a oferta de bebidas alcoólicas, com toda a pressão social e cultural que há para beber. Outra, ainda, através da consulta individual, é encarar a pessoa como doente alcoólico mas, resolver outros problemas que estão paralelos ao alcoolismo que, às vezes, até determinam a doença, mantêm a doença.
Aliás, a doença não tem cura, só se controla. Uma dependência depois de instalada, nunca mais tem cura, só se controla através do não consumo de bebidas. Eu quando estive em Coimbra no meu estágio curricular, fazia-se consulta individual. Depois, treino de competências para lidarem com a oferta de bebidas alcoólicas, para lidar com a vontade de beber. Aliás, nesse treino de competências, fazia-se uma sessão de Role playing em que, entre os vários alcoólicos, um assumia o papel do alcoólico que saiu da instituição e os outros eram amigos que o pressionavam para beber e, então, eles tinham que utilizar estratégias para lidar com essa mesma pressão. Fazia-se consulta individual, fazia-se terapia familiar… Isto dentro da área da Psicologia.
Neste país há aquela coisa de “se não beberes, não és homem”.
Exactamente. São os tais falsos conceitos que existem e quem não beber… Infelizmente, isso acontece. Às vezes, há um grupo de amigos em que um não bebe. Dá a sensação de que está à parte, não o encaram da mesma forma. Em Portugal bebe-se por tudo: quando se está contente, quando se está triste, numa festa, num enterro. Em Portugal bebe-se por tudo e mais alguma coisa, porque o Benfica perdeu, porque o Benfica ganhou, etc… além doutros falsos conceitos.
Um dos falsos conceitos que ainda existe é que o álcool não é uma droga. Na minha tese de licenciatura fiz um estudo em que tinha falsas crenças e uma delas era: “O álcool é uma droga?” Toda a gente me assinalava o inquérito com “falso”. “O álcool não é uma droga. Se o álcool for uma droga, o meu pai é um drogado”. A verdade é que o álcool é uma droga e uma droga muito forte. Isso não quer dizer que não se beba um copinho. Também gosto de beber um copinho, mas tem de se ter algumas reservas. O álcool, quando em excesso, pode levar a uma forte dependência e a dependência depois de instalada é sempre uma dependência grave, muito grave.
Por falar em excessos. Esses excessos começam muitas vezes quando se é jovem. Semanas académicas, semanas dos estudantes, semanas dos caloiros. Nessas alturas dá-se grande ênfase ao álcool.
Exactamente. Está associado, muito associado. Normalmente, para se iniciar uma dependência, existem vários factores de risco e, raramente, um factor de risco por si só, provoca uma dependência mas, também, pode provocar porque isto não é linear. Estes factores de risco provocam a dependência. Um único factor de risco não provoca a dependência, pode ser o contrário. A semana académica não é um factor de risco, mas a cultura boémia académica pode ser, de facto, um factor de risco.
Um estudante que tem problemas familiares bebe todos os dias de forma excessiva, não conhece os efeitos nocivos do álcool.
Vários factores de risco, associados, podem conduzir à dependência. Há factores de risco e há factores de protecção. Uma pessoa que esteja num contexto e não se preocupa muito, mas que está satisfeito com a vida, não tem problemas com a vida, tem uma relação familiar estável, uma relação profissional estável, provavelmente, não vai iniciar, no entanto, tudo pode acontecer. Basta a presença de um factor de risco para que a dependência possa surgir.
Fale-nos da sua experiência na Fundação Bettânia.
Foi muito agradável. Aliás, tenho muita pena de ter saído de lá mas, por circunstâncias da vida, tive de sair. É muito gratificante trabalhar com idosos. Os idosos… é um trabalho onde, muitas vezes, não se consegue fazer aquilo que nós queríamos, dada a falta de motivação deles mas, também, o pouco que se consegue acaba por ser muito gratificante para eles e para nós e, a verdade, é que à medida que se vai trabalhando, eles vão-se sensibilizando com as potencialidades da Psicologia e vão aderindo cada vez mais.
Se ainda hoje em dia há aquela falsa crença nas pessoas novas “Só vai ao psicólogo quem é maluco.”, os idosos têm mais essa crença. No entanto, é uma área em que se pode fazer muita coisa e que está muito pouco explorada, a nível da Psicologia, desde a estimulação cognitiva, consulta individual, psicologia do doente terminal etc. Pode-se trabalhar em vários níveis… Fazer prevenção de tratamento das doenças, manutenção da saúde. É uma área muito pouco explorada mas onde se pode fazer muitas coisas.
Como jovem recém-licenciado a viver em Bragança, o que espera do futuro?
Espero trabalhar. Espero poder dar o meu contributo para ajudar as pessoas. Fundamentalmente é isso e espero que se criem condições para tal.
A necessidade de incluir psicólogos nas escolas, nos lares de idosos, nos hospitais, nos centros de saúde e em muitas outras instituições é premente. No entanto, essa inclusão não acontece. Quer comentar.
Sim. Infelizmente não acontece e, a verdade, é que os psicólogos são muito necessários. Existem países na Europa que já constataram que é mais barato ter um psicólogo do que estar a pagar medicamentos às pessoas. Soube, recentemente, de psicólogos nos centros de saúde e de uma pessoa que foi marcar uma consulta a um psicólogo no centro de saúde em Bragança e a consulta só vai ser no fim do ano. Isto porquê? Porque só existe uma psicóloga e a procura é muita. Infelizmente, isto acontece.
É como nas escolas. Eu não sei como é que uma psicóloga para dois mil, três mil alunos numa secundária consegue fazer um bom trabalho. Acaba por não fazer nem bom, nem mau trabalho. Claro que faz o que pode e tenta fazer o que pode. Um psicólogo é muito pouco. Digamos que o trabalho que faz é bom mas não consegue responder às necessidades. Isto verifica-se em várias instituições, infelizmente.
Há solicitação nas escolas secundárias para os psicólogos? Visto aquela observação que fez há pouco, de os jovens dizerem que só vai ao psicólogo quem é maluco?
O psicólogo, ao estar na escola, não está à espera que os alunos venham ter com ele. Ele vai ter com os alunos e, realmente podem-se desenvolver várias actividades. O que se costuma fazer, normalmente, é a orientação profissional. Haverá casos em que se faz também acompanhamento psicológico e aí pode ter a certeza que haveria muita procura, se calhar, não tanta como deveria ser, até porque essa crença continua a permanecer mas, desde o trabalho de prevenções sobre drogas, promoção de saúde, dinâmicas de grupo etc., pode-se fazer muito trabalho e trabalho necessário. Planear o estudo, aliás muitas vezes as crianças, os adolescentes não tiram boas notas porque existem problemas que o psicólogo podia ajudar a resolver.
Se calhar é maior a dificuldade em chegar lá do que depois de estar lá e conseguir perceber isso… a dificuldade em conseguir chegar a um psicólogo…
Eu continuo a acreditar nisso. Ainda no outro dia falei com um rapaz meu amigo que estuda numa escola aqui em Bragança e ele foi à psicóloga e diz que, quando saiu, todos os colegas: “És maluco, és isto e aquilo…” às vezes é aquele gozar, na brincadeira mas que, realmente, traz algum desconforto e as pessoas acanham-se. Eu continuo a acreditar nisso, embora cada vez mais o psicólogo está cada vez mais a ser procurado. As pessoas perceberam que quem vai ao psicólogo não é quem está maluco mas quem precisa de falar e precisa de ajuda para alguma coisa.
O que acha que os jovens podem fazer para que esta região não continue a desertificar e a empobrecer?
A região também tem que criar condições para a gente ficar. Realmente, acho que, ultimamente, tem-se feito alguma coisa. mas não chega. O que eu pedia aos jovens era, se calhar, algum espírito de iniciativa e espírito empreendedor. Cada vez se fala mais em criar o nosso trabalho, o nosso espaço e, se calhar, passará um pouco por aí.
Mais uma vez faço um apelo às entidades para que criem mais condições e mais oportunidades. Vejo colegas meus a enviarem currículos para ali e para aqui. Eu faço o mesmo. As pessoas querem trabalhar e não é fácil.
Para terminar, que personalidade ou personalidades o marcaram ao longo da sua vida, ainda curta?
Essa é uma pergunta em que eu tinha que estar a pensar um bocadinho para poder responder. Sempre gostei muito de música e na adolescência, aqueles que mais nos influenciavam eram os artistas de que gostávamos na altura. Neste momento, a personalidade que mais me influencia dentro da minha área profissional e, também, na minha postura para a vida é o grande defensor do humanismo: Carl Rogers. Iniciei, ainda há pouco tempo, um curso de terapeuta dentro da abordagem Rogeriana mas, no entanto, julgo que o humanismo nos ajuda no início da profissão, na maneira de estar, dá-nos uma perspectiva de vida, uma maneira de nos relacionarmos com os outros e com o mundo. Neste momento, Carl Rogers será aquela personalidade que me marca a nível profissional e pessoal…
Outra personalidade que eu admiro embora não esteja… eu às vezes diferencio as coisas entre igreja, Deus e Jesus Cristo. Embora seja católico mais convencional, admiro muito a figura de Jesus Cristo que também é uma personalidade que tem alguma influência na minha vida atendendo à sua postura e ao forte humanismo que ele trouxe para as nossas vidas.
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