quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Diabo, morte e a censura marcam início da Quaresma

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Em Bragança o início da quaresma foi marcado pela saída à rua da morte, do diabo e da Censura.
Ontem estas três figuras intimidaram as pessoas com quem se iam cruzando no centro histórico da cidade. A tradição que encerra as festas de Carnaval foi recuperada no ano passado e é acarinhada pelos jovens que se escondem atrás das máscaras. O presidente da Academia Ibérica da Máscara, António Tiza, diz que estas três figuras simbolizam os sacrifícios exigidos aos cristãos durante o período da Quaresma.“É de facto o primeiro dia da Quaresma. Todas estas personagens fazem sentido nesta altura. A morte pode aparecer um dia para que as pessoas durante a quaresma façam penitência, o diabo castiga e lembra o inferno, e a censura repreende”, explica o responsável.Os turistas que passeavam pela cidade não escaparam às chicotadas distribuídas pelo diabo e renderam-se à tradição.“Não conhecíamos. Foi uma surpresa. Estamos de passagem. Vimos de Zamora e encontramos isto. É uma coisa diferente e é bonito”, afirma uma turista espanhola.Esta é uma tradição bem conhecida dos brigantinos, que recordam os tempos em que os castigos eram bem mais severos.“Vivi sempre isto. Batiam, era um pagode neste dia. Desejávamos este dia porque os filhos saíam de casa atrás deles e poupávamos um pão”, conta uma habitante de Bragança.
A morte, o diabo e a Censura saíram à rua pelo segundo ano consecutivo em Bragança.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

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