Atingiram o limite de mandatos, mas avisam que a extinção de freguesias no concelho de Bragança vai deixar as populações desprotegidas.
Alguns dos presidentes homenageados pela Câmara Municipal de Bragança no âmbito do aniversário da cidade lembram o papel social que os autarcas têm, sobretudo nas aldeias mais distantes da sede de concelho.Adriano Rodrigues está na presidência da Junta de Rebordãos há 20 anos e diz que não faz sentido nenhum cortar nas freguesias, que são os parentes pobres em termos de dotações financeiras.“A Junta de Freguesia a que presido é a maior do meio rural, com excepção da vila de Izeda, e movimento cerca de 30 mil euros com 10 elementos. Não há hipótese de fazer obras sem o apoio da Câmara. Isto é uma asneira querer cortar nos presidentes de Junta, que são zero de despesa pública a nível nacional, não devia ser aqui que se devia fazer a reforma, devia ser na Assembleia da República, que é onde ganham e onde roubam o País”, atira o autarca. Também Filipe Caldas, com cinco mandatos consecutivos na freguesia de Salsas, lembra que quando as pessoas precisam de resolver os problemas recorrem ao presidente da Junta e teme que o aumento das distâncias deixe as populações desprotegidas. “Uma freguesia que tenha localidades que distam da sede mais de 30 quilómetros, uma pessoa com 80 anos ou mais não tem grande disponibilidade para se deslocar à sede da Junta para resolver os seus problemas, que muitas vezes não têm a ver com o presidente da Junta, mas que são pedidos de ajuda urgentes, muitas vezes, que o presidente da Junta pode ajudá-lo, mas é estando perto”, afirma Filipe Caldas.O presidente da Câmara de Bragança reconhece o papel social dos autarcas. Jorge Nunes diz que cabe agora aos partidos construírem listas que garantam a proximidade dos membros da Junta de Freguesia das populações.“É uma forma de organização nova, que vai trazer algumas dificuldades. Numa fase inicial as pessoas vão sentir-se menos bem representadas, mas os partidos também têm que ter uma atitude inteligente, para que as pessoas se sintam representadas nas listas que vão eleger, conseguindo integrar e não excluir nas listas que vão constituir”, realça Jorge Nunes.
Os presidentes de Junta que atingiram o limite de mandatos no concelho de Bragança preocupados com os efeitos para as populações da reforma administrativa autárquica.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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