O Núcleo PROVE de Macedo de Cavaleiros implementado há dois meses, assegura aos consumidores o acesso a diferentes produtos da época adquiridos diretamente ao agricultor. Diz quem já experimentou que não vai desistir.
São as 9.30h. A manhã não estando fria, trouxe alguma chuva. Diamantino Reis e a esposa Manuela, residentes na freguesia de Corujas, começaram bem cedo a dar de comer aos vitelos e aos porcos de raça bísara que criam para o espeto na região da bairrada. Hoje é quinta-feira e é dia de preparar os cabazes para o núcleo PROVE que durante a tarde entregarão aos clientes.
Diamantino e Manuela começam por colher os grelos. Este é um dos produtos que integrará o cabaz de hoje, combinado há 15 dias com a colega Marta Carvalheira que com eles integra o núcleo de Macedo de Cavaleiros deste projeto. Na horta ao lado arrancam as cenouras e enquanto o marido vai buscar um sacho para desenterrar o alho francês, Manuela diz orgulhosa “olhe que ‘gordinhos’ são, bem diferentes dos do supermercado. Saem com muita terra, mas eu tiro estas folhas e ficam impecáveis para entregarmos aos clientes.”
Prometem para hoje duas surpresas: “Vamos entregar espigos pela primeira vez. Para quem não goste tanto de grelos, tem aqui um bom produto de substituição que é ótimo num arroz ou com batatas cozidas e uma alheira assada. Também vamos ter umas castanhas, já são fora de época e as pessoas ficarão muito contentes”, diz-nos Diamantino.
Pela tarde, já na loja destinada ao projeto no Mercado Municipal, aberta das 15h às 19h, o casal junta-se a Marta Carvalheira para prepararem os cabazes que entregarão aos clientes. Hoje é constituído por batata, cebola, abóbora, nabo, cenoura, grão-de-bico, grelos, beterraba, alho francês e castanha. A couve bruxelas, espinafres, espigos e alface são produtos de substituição. Como presente, colocam um ramo de loureiro em todos os cabazes.
A funcionar há dois meses, o Núcleo PROVE de Macedo de Cavaleiros conta com 11 clientes, 9 de entrega quinzenal e 2 mensal. Diamantino confessa que “o número de clientes ainda não é muito significativo, mas temos esperança que possam aparecer mais.” O mesmo pensa Marta que nos diz que “para nós ainda não é rentável, pois também temos as deslocações. Os nossos clientes estão satisfeitos e nós que, de acordo com a ficha de inscrição os cabazes deviam ter 5-6 kg, entregamos com 7 a 8 kg.”
Quem já experimentou mostra-se satisfeito e recomenda a outros que façam o mesmo. São Guerra enaltece “a qualidade, frescura e a certeza dos produtos que compramos que não têm comparação com aqueles que se encontram nas prateleiras dos supermercados.” Cláudia Pires, com uma entrega quinzenal, assim como com a cliente anterior, diz que “os cabazes satisfazem as necessidades alimentares da família.
Conseguimos ter uma significativa variedade de produtos de qualidade, sem que tenhamos de andar constantemente em deslocações e a comparar preços.” Este projeto possibilita o acesso a produtos da época, adquiridos diretamente ao produtor. Procura sempre, mediante a época do ano e a respetiva produção dos agricultores, ter uma base de sopa, salada e fruta. O consumidor preenche uma ficha de encomenda contactando a Rede Social de Macedo de Cavaleiros, a Desteque ou visitando o portal nacional do PROVE; escolhe 5 produtos que não pretende receber e indica a periodicidade de entrega pretendida. Depois é só levantar o cesto de produtos no Mercado Municipal.
Retirado de www.noticiasdonordeste.com
Sem comentários:
Enviar um comentário