quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

19 igrejas assaltadas em apenas um mês

fotoForam assaltadas 19 igrejas no distrito de Bragança durante o mês passado. Os casos mais recentes foram registados, na semana passada, no concelho de Bragança.
Em dois dias, os amigos do alheio entraram nas igrejas de Babe, Gimonde, S. Julião, Milhão e Réfega (Quintanilha).
Foram mais os estragos que deixaram do que as peças de valor que levaram. Segundo Calado Rodrigues, da Diocese de Bragança-Miranda, os prejuízos oscilam entre os 500 e os 600 euros em cada um dos templos.
A população está revoltada. Em Babe, Maria Albertina Miranda deu o alerta. Esta habitante, que vive a escassos metros da igreja, conta que nessa noite teve um sonho relacionado com a igreja, mas quando acordou não se lembrava ao certo em que consistia o sonho. Então decidiu ir à igreja ver se estava tudo no sítio.
“Chego lá e deparo-me com o sacrário aberto, os altares também estavam vandalizados, na sacristia também estava tudo remexido”, conta Maria Albertina.
Aqui foram maiores os estragos do que as peças furtadas. “Levaram a sagrada família, que pensavam que tinha dinheiro, mas não tinha, e duas peças em prata, de resto deixaram tudo remexido e vandalizado na sacristia”, conta Isabel Geraldes.

População revoltada
Em S. Julião os prejuízos também foram muitos. Maria de Fátima foi a primeira pessoa a entrar na igreja na manhã da passada sexta-feira e deparou-se com um cenário de destruição. “Meti a chave na porta e estava aberta. Depois vi o sacrário aberto, o cálice virado no altar-mor e hóstias consagradas espalhadas por todo o lado. Comecei a gritar e fui chamar pessoas”, conta a popular.
Felicíssima Branco tem 74 anos e garante que a igreja nunca tinha sido assaltada. “Apanhei um desgosto muito grande”, confessa a idosa.
Esta vaga de assaltos deixou a população com receio de novos assaltos.
“Claro que a gente tem medo de tudo e de todos, não sabemos quem nos vem bater à porta”, afirma Maria Albertina.
Em S. Julião, Felicíssima também não esconde o medo. “Não encontraram coisas de muito valor na igreja, agora ainda podem vir às nossas casas”, teme a idosa.
Entretanto, a GNR já deteve três suspeitos de estarem envolvidos nestes crimes, junto à ponte sobre a Barragem do Pocinho.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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