domingo, 3 de novembro de 2013

O Vale do Douro e os seus Vinhos

Encosta no DouroEntre as montanhas de Trás-os-Montes e as montanhas das Beiras, duas regiões com características próprias mas em certa medida muito semelhantes, existe um território atravessado por um rio - o Douro - que àquelas duas pertence mas delas "independente" na sua forma, paisagem natural e traçado humano. Esse território é o Alto Douro, também designado por Douro Vinhateiro, pois dele têm brotado milhões de pipas de vinho, segundo os relatos históricos, desde há mais de 2000 anos. Por se situar entre montes que o protegem dos ventos frios e húmidos, o Alto Douro é "senhor" de um clima muito especial: esta região vinícola é quente e seca durante longos períodos do ano mas também fria no inverno. Além de outras condicionantes como a especificidade da terra, essencialmente xistosa, o seu clima permite aos vinhos do Douro atingirem um grau de maturação de qualidades exclusivas.

Não há outra região no mundo como a do Alto Douro, com vinhos únicos que resultam da junção de várias circunstâncias, sem esquecer o trabalho dos homens do passado que construíram, à força dos braços, os patamares separados por quilómetros infindáveis de muros que os sustêm e aí plantaram as vinhas. Também os homens do presente muito têm contribuído para o desenvolvimento do Douro e dos seus vinhos, através de grandes investimentos nas quintas e do emprego de tecnologias e processos modernos de fabricação.
A região do Alto Douro é possuidora de uma história única. Hoje em dia, a produção de vinhos reflete-se nas muitas marcas instituídas pelas quintas, muitas delas de tradição e pelas empresas que as sustêm e que têm dado vida ao vale do Douro. São diversos os vinhos de mesa que foram surgindo nos últimos anos, melhorados ou criados por técnicos credenciados - os enólogos -, com destacados prémios de qualidade atribuídos por entidades de todo o mundo. Do Vinho do Porto está tudo dito: não há outro igual ! Já no século XVI, o precioso néctar descia nas pipas transportadas pelos barcos rabelos até aos cais de Gaia e Porto.

A. Fernando Vilela
Retirado de www.jornal.netbila.net  

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