Mais de 600 mil euros foram atribuídos ontem pelo PRODER a 24 projectos no Douro Superior.
O investimento total é de um milhão e 200 mil euros.
Na cerimónia de entrega dos contratos de financiamento, em Torre de Moncorvo, a gestora do programa salienta o dinamismo dos empresários da região no sector agrícola. “Este é um financiamento que é transversal para a dinamização das zonas rurais, parte do investimento agrícola que é muito forte nesta região sobretudo no sector da fruta, do vinho e do mel pois há centenas de jovens a instalar-se”, refere Gabriela Ventura, acrescentando que “em complemento deste investimento aparecem depois outras actividades muito criadoras de postos de trabalho”. Os empresários contemplados com este apoio realçam que sem o financiamento seria mais complicado ou até mesmo impossível concretizar os projectos. “Neste momento era impossível e isto caba por ser um incentivo e uma mais-valia para mim e para a terra”, considera Maria Beatriz. “Sem o apoio é sempre mais difícil, embora também não seja solução para todos os males. Espero conseguir aproveitar este apoio para contrariar outros males e tornar aspectos negativos em aspectos positivos”, refere António Andrês. O presidente da Associação de Desenvolvimento do Douro Superior diz que este dinheiro vem ajudar a desenvolver a agricultura da região. “Serve para desenvolver a agricultura da região e tudo o que se faça a favor destes concelhos é tudo bem-vindo. Estes apoios são fundamentais porque a agricultura tem de ser ajudada e se assim não fosse muitos projectos ficavam pelo caminho”, afirma Dinis Cordeiro. Ontem foi também inaugurado na aldeia de Felgueiras, Torre de Moncorvo, o museu da cera, único na Europa. O antigo lagar foi recuperado e transformado em local memória, num projecto financiado pelo PRODER. O presidente da junta de freguesia explica que “aqui pode ver-se todo o processo de fabrico da cera, desde a recolha da matéria-prima que era retirada de colemias, passava depois para cera virgem e depois compactada em pães de cera”. Depois “os cereeiros transformavam-na em suas casas, em velas para igrejas”, acrescenta Adriano Martins, salientando que estas velas “eram vendidas em todo o país e abastecia grande parte do Nordeste Transmontano”. Na década de 60 chegaram a ser 30 os cereeiros nesta freguesia. Hoje há apenas dois.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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