O Movimento Cívico pela Linha do Tua denunciou à REFER, o roubo de carris na estação de Abreiro, no concelho de Mirandela. Em comunicado, o Movimento Cívico, revela que a Linha Do Tua foi alvo de furto de carris, tendo desaparecido cerca de190 metros de ferrovia junto à estação de Abreiro, no concelho de Mirandela. Ainda segundo o Movimento, trata-se de um acontecimento que "se vem somar a (outros) análogos nas proximidades da estação de Santa Luzia e em plena via entre as estações do Cachão e de Vilarinho, entre 2010 e 2012.No seu entender, a situação "só deriva do facto de continuar a haver um vergonhoso impasse sobre a resolução da situação da Linha do Tua, que encoraja este tipo de crime por prevaricadores que não se coíbem de saquear o material ferroso desta via-férrea", refere o comunicado. Entretanto, o gabinete de comunicação da Refer confirmou à LUSA que "se tratou de um furto" e que a Refer -Rede Ferroviária Nacional "está a lavrar o respectivo auto de notícia para participar às autoridades". A Refer garantiu ainda que irá recolocar os cerca de 190 metros de carril furtados da ferrovia onde não circulam comboios há mais de cinco anos, desde o último de quatro acidentes que provocaram outras tantas vítimas mortais e dezenas de feridos. Os defensores da linha aproveitaram ainda para questionar a Refer sobre "quando é que o troço Brunheda - Cachão voltará a reabrir ao tráfego ferroviário". Sobre este assunto, a REFER nada avança.
Recorde-se que, dos 60 quilómetros que restam da linha centenária do Tua, que ligava Bragança à Linha do Douro, no Tua, a maior parte está desactivada, fazendo-se apenas circulação ferroviária entre Mirandela e o Cachão. O transporte das populações, no restante trajecto, é assegurado por táxis que fazem o antigo percurso do comboio. O futuro da linha, que ficará parcialmente submersa pela barragem do Tua, está agora dependente do plano de mobilidade que contempla a recuperação da ferrovia, mas que só começará a ser executado depois da conclusão do empreendimento hidroeléctrico prevista para 2016.
Escrito por Terra Quente (CIR)
Retirado de www.brigantia.pt
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