É precisamente para mostrar o valor das instituições de ensino nas regiões periféricas que está a decorrer o 1.º Congresso do Ensino Superior do Interior, em Bragança. O presidente do Instituto Politécnico de Bragança confessa que a imagem que passa das instituições do interior nem sempre corresponde à realidade. E por isso, Sobrinho Teixeira, defende que é preciso fazer chegar a mensagem à Capital.“É mostrar ao País aquilo que porventura não é conhecido, através de informação que é passada de fashs informativos muito curtos e que leva a percepções completamente erradas sobre o papel que desempenha hoje o ensino superior na coesão e desenvolvimento regional. E é um papel que passa por uma questão económica, é importante o número de alunos que existem nas cidades do interior, é importante também tudo aquilo que é induzido para esses próprios estudantes a nível social e cultural. E depois tudo aquilo que o ensino superior faz de ligação às regiões, de investigação aplicada, de geração de novas empresas, de criar inovação dentro do interior”, realça Sobrinho Teixeira.Em relação aos custos, Sobrinho Teixeira assegura que as universidades e politécnicos do interior representam uma pequena parte do orçamento do ensino superior. “O sistema politécnico no interior representa menos de nove por cento do orçamento do ensino superior. Se somarmos as três universidades do interior isso representa 16 por cento do orçamento do ensino superior. Se virmos o retorno que esse próprio orçamento representa em função daquilo que é a realidade total do ensino superior, eu penso que é dos euros mais bem investidos que o Estado português pode ter é exactamente nesta rede criada do ensino superior”, acrescenta o presidente do IPB. Este congresso foi organizado pelas associações académicas das instituições de ensino do interior do País. O presidente da Académica de Bragança, Ricardo Pinto, confessa que os cortes no orçamento para o ensino superior são uma das preocupações dos estudantes.“Este ano vai haver cortes e quase sempre são mais direccionados para o interior do País, daí a nossa luta e em vez de falarmos um só unirmos estas 10 associações para ver se de uma vez por todas percebem que a nossa luta é um gigante com pés bem assentes e temos consciência dos problemas que temos”, salienta o presidente da Académica.
O 1.º Congresso do Ensino Superior do Interior encerra hoje, em Bragança, com a presença do secretário de Estado do Ensino Superior, José Ferreira Gomes.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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