André Almendra é especialista em computadores. Tem diploma, mas a crise
e o desemprego mudaram-lhe os planos de vida e optou por trabalhar a terra.
O desemprego e a falta de oportunidades estão a levar vários jovens a migrar
para as aldeias e a apostar na agricultura. É o caso de André Almendra-
Licenciado em ciências de computadores, experimentou o desemprego e resolveu
apostar numa actividade nova.
Mudou-se da cidade de Bragança para a aldeia de Atenor, em Miranda do Douro.
Trocou os computadores pela agricultura e tornou-se em “produtor e vendedor de
azeite e de vinho”.
Embora na aldeia tenha “outras condições”, como “a casa que era dos avós”, a
experiência leva este jovem de 34 anos a dizer que “o trabalho na agricultura
não é fácil” e que “é preciso um gosto especial” para desenvolver esta
actividade, “feita ao ar livre”.
“As pessoas, hoje em dia, pensam que a agricultura é um pouco fácil, mas
depois, quando se chega e está muito calor ou muito frio e a coisa começa a
ficar dura, é preciso ter um pouco de gosto”, porque, como refere à Renascença,
pode tornar-se “complicado”.
O projecto de André tem pouco mais de um ano e está a correr bem. Além disso,
“viver na aldeia, em contacto com a terra tem outro sabor”, salienta. Em termos
de produção, “as coisas demoram algum tempo”, mas ao nível da comercialização,
André já tem “alguns clientes, restaurantes e lojas” e “as coisas vão começando
a vender-se.”
Apesar do esforço e da paciência necessários, o jovem que chegou da cidade acha
que “vale a pena”.
“A vida aqui, não digo que é melhor, mas é diferente da cidade. Vive-se com
menos stresse, vive-se com mais calma. No meu caso, gosto mais.” E foi este
“gosto” que levou André Almendra a investir na agricultura.
Por Olímpia Mairos in RR
Retirado de www.diariodetrasosmontes.com
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