quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Meixedo quer a sede da Junta aberta

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É com expectativa que a população de Meixedo encara a recém criada União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo.
Esta aldeia do concelho de Bragança foi anexada à cidade, uma mudança que não reúne consenso. Para já, a sede da Junta está fechada e os idosos temem ter que se deslocar a Bragança para tratar de assuntos simples. “Eu achava melhor a presidência como tínhamos antes, porque estávamos bem servidos, qualquer coisa que precisássemos o presidente da Junta tratava-nos de tudo. Agora deviam abrir aqui a Junta e ter aqui um representante que ajudasse as pessoas mais idosas”, afirma Maria da Conceição Gomes.   “Antes estava aqui todos os dias o presidente e ajudava as pessoas. Agora a Junta ainda está fechada”, constata Miguel Teles. Também Raúl Alves, de 84 anos, teme ter que se deslocar a Bragança. “Eu estive em França e recebo uma carta todos os anos para fazer prova de vida e dão-me poucos dias. Eu estou tolheito, o transporte também é pouco, se não mando a carta a tempo e horas cortam-me o pouquinho que me dão”, teme o idoso. Para já, a população garante que ainda não nota diferenças com o facto de Meixedo estar agregado à cidade. Os habitantes desta aldeia esperam vantagens, mas também temem desvantagens. “Isso tem prós e contras. Poderemos ter policiamento mais frequente, porque aqui há muitos idosos. Agora também há muita gente que diz que o IMI poderá ser agravado, mas eu penso que não”, diz Manuel Rodrigues. “Espero que o presidente que entrou olhe por isto e faça aqui investimentos. Nós somos um bairro de Bragança. Leva-me mais tempo a chegar de Vale d`Álvaro às Cantarias do que de Vale d`Álvaro a Meixedo”, realça Abílio Gonçalves. Contactado pela Brigantia, o presidente da União de Freguesias da Sé, Santa Maria e Meixedo garante que a Junta vai ser reaberta para servir a população.“Vamos ver qual será o melhor dia para as pessoas. Se for necessário deslocar um funcionário das Juntas da cidade para Meixedo isso será feito”, garante. José Pires assegura, ainda, que Meixedo não ficará de fora dos investimentos. “Meixedo tem receitas próprias, de algumas propriedades e de lenhas, esse dinheiro é para ser aplicado lá, tal como algum investimento feito com as receitas da cidade e também esperamos a solidariedade deles. Não devemos ver Sé, Santa Maria e Meixedo como separados, mas como uma união que efectivamente é”, remata José Pires.
Em análise está ainda a situação do IMI. A Câmara Municipal ainda não tomou uma decisão relativamente à taxa a aplicar em Meixedo.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

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