A suspensão da carreira aérea Bragança-Vila Real- Lisboa está a causar prejuízos ao tecido empresarial da região. A constatação é dos próprios empresários.
Alberto Fernandes, gerente da empresa Bísaro- Salsicharia Tradicional, em Gimonde, garante que agora tem mais dificuldades para reunir com clientes na Capital.“Eu desde que o avião Lisboa-Bragança foi encerrado tenho mais 10 horas de trabalho, porque quando tenho reuniões em Lisboa com os operadores económicos com quem trabalho, para ter uma reunião às 10 horas tenho que sair às cinco da manhã de casa, e quando termino a reunião tenho mais cinco horas de trabalho, quando podia ter efectivamente uma”, afirma o empresário.O deputado do Partido Socialista na Assembleia da República diz mesmo que não é só o tecido empresarial que sai prejudicado, mas todos os sectores de actividade que fazem girar a economia da região. Para Mota Andrade é um escândalo o que aconteceu com a ligação aérea.“A carreira aérea ter terminado é aquilo que eu considero um escândalo, porque era assegurada por fundos comunitários que nós estamos a perder. Tinha uma importância enorme para o tecido empresarial e para os serviços, mas também para o turismo e para pessoas que vinham a Lisboa muitas vezes até por problemas de Saúde”, realça o deputado.Mota Andrade confessa que nos moldes em que o Governo anunciou nos últimos dias a retoma da ligação aérea, adoptando o modelo da Madeira em que o subsídio é atribuído ao bilhete e só para residentes, o avião não vai voltar a cruzar o céu do Nordeste Transmontano.“Pura e simplesmente o Governo extingue e depois faz anúncios patéticos de retoma, que não vai acontecer. Nos moldes em que o Governo anunciou e em que os presidentes de Câmara de Bragança e Vila Real anunciaram recentemente às populações, eu tenho a certeza que isso não vai acontecer”, acrescenta Mota Andrade.
Declarações proferidas ontem no programa Estado da Região, da Brigantia.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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