sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Há mais empresas a fechar em Bragança


eduardo_malhao.jpg

Aumentou o número de insolvências no distrito de Bragança. O número de empresas que fechou as portas aumentou de 21, em 2011, para 30 no ano passado. O aumento do número de insolvências no distrito ronda os 40 por cento. O presidente da Associação Empresarial do distrito de Bragança – NERBA sublinha o facto de Bragança ser o distrito com menor número de insolvências a nível nacional. No entanto, Eduardo Malhão diz que as empresas da região estão a passar dificuldades.“Apesar de tudo o número de insolvências no distrito de Bragança é muito inferior ao número de insolvências no resto do País, mas pelo contacto que tenho mantido com as empresas da região o futuro não é risonho. Perspectiva-se um aumento do número de insolvências e de desemprego no interior do País e em particular no distrito de Bragança”, admite o responsável.Eduardo Malhão diz que a construção civil e o comércio são os sectores mais afectados pela actual conjuntura económica desfavorável.“A construção civil tem sentido dificuldades também devido às políticas de financiamento bancária e com as políticas fiscais ao nível da tributação do património. Depois o comércio e a restauração também atravessam dificuldades”, salienta Eduardo Malhão. As empresas instaladas no interior têm custos acrescidos que agravam as dificuldades em tempo de crise.“Os custos da mobilidade, da logística, da energia. Curiosamente sendo a nossa região aquela que mais energia produz pagamos mais 6 a 7 por cento do que no litoral pela energia. Os factores de produção são mais caros para as empresas do interior do que para as do litoral. Isto em termos de competitividade e de concorrência gera uma assimetria significativa”, sublinha o responsável. Esta posição é vincada pelos empresários da região, que têm custos de produção mais elevados do que as empresas instaladas no litoral.“O que nós sentimos realmente é uma disfunção muito grande entre as empresas do litoral, nomeadamente a logística, os transportes e as portagens são cada vez mais uma asfixia”, afirma Sónia Carvalho, da empresa Alheiras Angelina. “As nossas dificuldades logísticas são cada vez maiores porque portagens e combustível acabam por absorver toda a nossa margem que poderíamos ter através da entrega dos nossos produtos nos grandes centros”, realça Elisabete Ferreira, representante da empresa Pão de Gimonde e Imperativo Estratégico.
A actual conjuntura económica a agravar a situação financeira das empresas da região, que estão cada vez mais vulneráveis em tempo de crise.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário