Dar voz aos cidadãos e ajudá-los a contribuir para o desenvolvimento da região. Este foi o objectivo do fórum Be-In, realizado, ontem, em Bragança.
A iniciativa, organizada pela Associação Industrial Portuguesa, em parceria com a Associação Empresarial de Bragança – NERBA, contou com a partilha de ideias entre portugueses e espanhóis.“Grande parte dos alunos do ensino superior estão concentrados no litoral e penso que trazer mais alunos para o interior poderá ser uma forma de dinamizar as regiões do interior”, defende Vasco Cadavez.“Apresentei aqui um projecto para a dinamização da região de Trás-os-Montes, que visa a integração de todos os serviços e produtos ligados ao Turismo. Sobretudo para atrair gente dos dois lados da fronteira”, defende Jamon Gutierre, da vizinha Espanha. Paula Alves, da Associação Industrial Portuguesa, sublinha que o objectivo é fazer chegar estas ideias à Comissão Europeia.“O objectivo é pegar na opinião dos cidadãos e chegarmos àquilo que são as principais necessidades de cada uma das regiões. A partir daqui encontrar aqui soluções políticas, através de políticas europeias que venham dar uma resposta concreta”, salienta a responsável.Para o presidente do NERBA a região tem recursos para valorizar e para explorar. Eduardo Malhão diz que é preciso olhar para os indicadores desfavoráveis e trabalhar mais.“Não podemos fazer como a avestruz e enterrar a cabeça na areia. Temos que olhar também para os indicadores que são os medidores do nosso desempenho e temos que perceber que o interior tem problemas e a nossa região em particular tem problemas. E se nós continuamos a dizer que somos o reino maravilhoso distraímo-nos com questões acessórias e esquecemos do essencial, que é a necessidade de nos aproximarmos do rendimento per capita médio do nosso País e dos índices médios de desenvolvimento humano e a nossa região tem muitos indicadores que não são positivos”, realça Eduardo Malhão. Orlando Rodrigues, vice-presidente do Instituto Politécnico de Bragança, também participou neste fórum e deixou bem claro que a chave para o desenvolvimento é apostar em ideias colectivas que transformem conhecimento em riqueza.“Quando temos uma ideia mobilizadora de facto as coisas nascem. Portanto eu acho que à região faltam ideias mobilizadoras e falta a vontade de fazermos coisas. Temos que dar o salto da lamechice e do queixume permanente, porque nos inibe de fazer coisas mais interessantes”, salienta Orlando Rodrigues.
Esta iniciativa vai ser realizada em14 cidades para reunir as ideias que os cidadãos têm para ajudarem a desenvolver a sua região.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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