Todos os anos, a 10 de Janeiro ou no fim-de-semana mais próximo deste dia, a aldeia de Outeiro, no concelho de Bragança, realiza a Festa em honra de São Gonçalo.
Este ano, os mordomos não tiveram mãos a medir para confecionar as tradicionais roscas. A azáfama em volta do forno foi grande para que tudo corresse bem.
Antigamente a receita era mais simples. De há uns anos para cá, os ovos, o açúcar e o sumo de laranja passaram também a fazer parte dos ingredientes.
Uma das mordomas, Alice Morais, explica que “primeiro as roscas eram feitas com massa igual à do pão”. “Depois é que se começou a modernizar e passaram a fazer-se doces”, acrescentou.
Segundo manda a tradição, antes de serem distribuídas pelo povo, as roscas têm de ser dançadas pelos mordomos. “As roscas dos mordomos são dançadas e depois são comidas por toda a gente. As do “charolo”, que é um andor decorado com cerca de duas centenas de pães doces, são leiloadas pelos 10 mordomos da festa.
“Pandorcada”
marca noite
Terminado o leilão, mordomos e populares entregam a festa às pessoas que, no ano seguinte, ficam incumbidas de organizar o evento.
À noite, a “pandorcada” é um dos pontos altos da festa. Gorete Rocha, outra das mordomas, diz que a animação é garantida. “É onde se junta o povo todo, velhos e novos. Toda a gente dança as roscas com os gaiteiros”, acrescentou.
Em todas as casas há doçaria tradicional e bebidas para quem queira provar.
Retirado de www.jornalnordeste.com
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