Cerca de 600 milhões de euros deverão ser investidos pela MTI na exploração das minas de ferro de Torre de Moncorvo.O montante foi confirmado, ontem, pelo presidente do conselho de administração da empresa numa sessão de apresentação pública do contrato de exploração experimental. Vítor Correia salienta que grande parte desse investimento vai ser canalizado para a construção de um mineroduto, que é a solução que a MTI considera ser a melhor para transportar o ferro.“Se a infra-estrutura de transporte viabilizada for a do mineroduto teremos aí cerca de um terço do investimento, que é uma fatia muito grande. Se não for, o investimento terá de ser de outra ordem”, refere o responsável, acrescentando que as alternativas “que se equacionam são o transporte por via ferroviária ou pelo rio Douro” mas “a nossa solução preferida é a do mineroduto”.Mas para já e durante os próximos quatro anos a empresa vai desenvolver estudos técnicos, estudos de pré-viabilidade e ainda o estudo de impacte ambiental.Esta primeira fase do projecto, representa um investimento de 12 milhões de euros e que será feito com capitais próprios da MTI, sem necessidade de recurso a financiamento.A exploração de ferro em Torre de Moncorvo vai criar centenas de postos de trabalho, mas o presidente da MTI garante que se o estudo de impacte ambiental não for favorável o projecto não avança.“Há uma decisão determinante que é a obtenção de uma declaração de impacte ambiental favorável e nós temos consciência que o Ministério de Ambiente tem uma palavra muito importante a dizer sobre este projecto que nos pode obrigar a fazer ajustes no modo de exploração ou de transportes, mas creio que será sempre rentável”, afirma Vítor Correia.0,5% do valor da produção vendida pela MTI vai reverter a favor do desenvolvimento local.Trata-se de um valor cinco vezes superior ao que tinha sido negociado entre o Governo e a empresa anglo-australiana Rio Tinto, que esteve interessada na exploração mas acabou por desistir.Mas o presidente da câmara de Torre de Moncorvo quer também que a sede social da empresa seja estabelecida no concelho.“O concelho pode ter um rendimento de muitas centenas de milhares de euros, que durante as dezenas de anos que durar a exploração devem servir para o concelho ter sustentabilidade pois vai ficar sem o seu principal recurso de subsolo”, refere Aires Ferreira, salientando que “do nosso ponto de vista a sede social é importante por causa do pagamento dos impostos”.A MTI tem quatro anos para desenvolver a fase de exploração experimental, caso contrário perde os direitos de exploração e a caução de 1,2 milhões exigida pela Estado
No entanto, a intenção da empresa é encurtar este prazo para iniciar o quanto antes a exploração de ferro num dos maiores jazigos da Europa.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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