terça-feira, 5 de novembro de 2013

Sem acordos à vista UCC de Mirandela mantém-se fechada

Já está pronta a funcionar mas a ausência de acordos com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) impede que a Unidade de Cuidados Continuados (UCC) de Mirandela, integrada no Hospital Terra Quente, abra portas.
O provedor da Santa Casa da Misericórdia de Mirandela (SCMM), Manuel Araújo, não entende porque é que o Ministério da Saúde deu aval à construção da UCC e agora não celebra os acordos.
Manuel Araújo manifesta-se preocupado com a situação não só pelos encargos financeiros que a SCMM tem que suportar com a Unidade fechada mas também com a procura crescente destes cuidados na região. “Embora a UCC tenha sido financiada por fundos comunitários, mas não na totalidade, como é óbvio, nós (instituição) temos que suportar os encargos bancários que são pesados e nos estão a asfixiar”, explica o provedor acrescentado que “o pior é saber que existem grandes necessidades e grande procura porque temos um hospital público que todos os dias referencia pessoas para as Unidades”.
UCC de Mirandela está pronta a abrir portas e disponibiliza 43 camas, das quais, 18 destinam-se a períodos de convalescença que apenas existem em Macedo de Cavaleiros.
“Se ainda tivéssemos algum obstáculo a nível de equipamentos, de pessoal ou de construção ainda se poderia entender estar fechada, mas agora com tudo pronto e com o dinheiro investido não se percebe”, conclui Manuel Araújo.

Sem data para avançar
Contactada a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS Norte) referiu por escrito que quando, em Maio de 2012, a SCM de Mirandela questionou a ARS Norte sobre a possibilidade de integração das Unidades na RNCCI esta respondeu que “ tendo em conta a inexistência de cabimento orçamental da ARS Norte, IP, correspondente ao montante a incorrer para um triénio de pagamento de novos serviços, esta ARS não poderia incorrer em qualquer compromisso para a abertura de novas unidades em 2012”.
Em setembro de 2013 a ARS do Norte informou a SCMM de que “nos termos legais vigentes, a abertura de camas de cuidados continuados está sujeita a autorização conjunta dos ministérios da saúde, segurança social e finanças e de que, no momento, não é possível prever a abertura de novas camas no ano 2013”, pode ler-se na nota de esclarecimento enviada ao jornal Terra Quente.

 Terra quente, 2013-11-05

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