segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Desativadas minas de volfrâmio em Vimioso vão ter centro interpretativo

A Câmara de Vimioso vai construir um Centro Interpretativo dedicado às desativadas minas de volfrâmio em Argoselo, equipamento orçado 265 mil euros e comparticipado a 80% por fundos comunitários, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).

O novo centro vai nascer na cortinha do Calvário, junto a uma das entradas da vila de Argoselo, e as obras deverão ter o seu início na próxima semana.

"O projeto estava feito há muito tempo. O concurso público para adjudicação do centro tinha sido feito já mais de um ano, mas a Câmara entendeu fazer a obra quando houvesse dinheiro", disse à Lusa o vice-presidente da autarquia de Vimioso, Jorge Fidalgo, justificando o "timing" para arranque dos trabalhos.

Com este equipamento pretende-se prolongar a memória viva da importância das minas de volfrâmio Argoselo, estando prevista a sua conclusão no espaço de um ano.

"A ideia é criar um espaço onde se preserve a história das minas de Argoselo que integraram a realidade da região e do concelho de Vimioso", acrescentou Jorge Fidalgo.

No edifício haverá espaços de cultura, serviços e lazer, de forma a mostrar a realidade do que se viveu e o seu desenvolvimento na vertente histórica e social, através da exploração do minério, e ao mesmo tempo dotar a vila de Argoselo de espaço necessários como um auditório.

Investigadores daquele território mineiro sublinham que desde que há registo da região existe uma "associação à exploração do volfrâmio".

Desde o final da década de 1980, altura em que as minas encerraram à exploração mineira, verificou-se muita "degradação devido às intempéries e, maioritariamente, por vandalismo".

Esta situação levou as autoridades a uma requalificação ambiental da zona principal da exploração mineira, que retirou a maioria dos vestígios. A mina foi, então, selada.

Este Centro procura aproveitar algum do espólio que ainda lá se encontra, para além daquele que muitos ex-mineiros guardam em suas casas, bem como recolhas de testemunhos e memorias que foram recolhidas ao longo dos anos em que a minas estiveram em atividade.

FYP // JGJ
Lusa/fim

Retirado de www.noticiasdonordeste.com

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