segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Douro e Tejo a Património Mundial

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN), um organismo ambiental com delegação em Espanha, vai avançar com uma proposta para que as regiões transfronteiriças do Douro e do Tejo sejam declaradas Património Mundial da Humanidade.
Contactado pela Lusa, o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) disse ter conhecimento da iniciativa e garantiu que se pronunciará sobre o assunto “em tempo oportuno”.
As áreas protegidas propostas são as Arribas do Douro Internacional, bem como algumas áreas abrangidas pelo Parque Natural do Tejo Internacional e zonas da Serra de São Mamede (Alto Alentejo), abrangendo sempre territórios dos dois lados da fronteira.
“Não se trata da proposta de classificação de um território conjunto e de forma contínua, mas sim o reconhecimento de várias núcleos com valores similares dentro deste grande ecossistema da região de fronteira”, disse o presidente da UICN, Carlos Sanches.

Evitar eólicas
e barragens

Num documento recentemente apresentado pela UICN no Congresso Mundial da Natureza, que decorreu na República da Coreia, foi solicitado aos dois países ibéricos que evitem a construção de determinadas infra-estruturas nas zonas transfronteiriças, como parques eólicos ou barragens, de forma a encontrar mecanismos de salvaguarda e preservação da biodiversidade.
Outros dos pontos do documento sustentou a promulgação da Declaração de Reservas Naturais e da Biosfera nas regiões transfronteiriças de Bragança-Zamora e Douro Superior-Salamanca e da Serra da Malcata e territórios vizinhos.
No documento apresentado é ainda pedido aos responsáveis governamentais de Portugal e Espanha e outras partes interessadas que desenvolvam planos de acção e que favoreçam uma visão de conjunto nos territórios abrangidos pela proposta, com a “independência” dos espaços naturais que compõem as zonas de fronteira.
A candidatura terá que estar concluída no prazo de quatro anos.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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