quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Ligações aéreas corre, perigo

 
 
A carreira aérea Bragança-Lisboa está em perigo. O receio é do deputado do PS, Mota Andrade, que acredita que o Governo vai suspender este serviço ainda antes do final do ano.
Segundo o responsável, a empresa que explora a carreira aérea já está, até, a dispensar pessoal. “A Aerovip já enviou várias cartas de despedimento a funcionários, o que é um primeiro e forte indicador de que o actual operador está consciente de que, no máximo até final do ano, a carreira se extinguirá”, alega Mota Andrade.
Outro aspecto preocupante, acrescenta o deputado, é inexistência de concurso público para a concessão da linha aérea, que devia estar decorrer, mas que ainda não foi aberto pelo Ministério das Obras Públicas. “Penso que, infelizmente, ficaremos sem esta carreira aérea que é fundamental para os empresários da região, para o Instituto Politécnico de Bragança e para serviços públicos como a ULS ou Câmaras Municipais”, lamenta o parlamentar.
Mota Andrade não aceita que o Governo use argumentos economicistas para extinguir este serviço. “Uso o avião muitas vezes e vejo que há uma grande procura. Tem passageiros mais que suficientes para justificar a sua existência. Se desaparecer não é por falta de procura”, alega o deputado.

Desprezo pelo distrito

Recorde-se que as viagens Bragança-Vila Real-Lisboa são subsidiadas pelo Governo em 2,5 milhões de euros/ano, um montante que varia em função da taxa de ocupação. Ou seja, quantos mais passageiros viajarem nesta linha, menor é a comparticipação estatal.
Para Mota Andrade, a eventual suspensão dos voos “é mais uma atitude de ostracismo e desprezo pelos anseios das pessoas do distrito de Bragança. Aliás, a única atitude que este Governo tem com o nosso distrito é encerrar serviços”.
A carreira aérea foi criada em 1997 e é assegurada pela Aerovip desde 2009. O contrato de concessão terminou a 12 de Janeiro passado, mas um acordo verbal entre a Aerovip e o Governo permitiu continuar a realizar os voos entre Lisboa, Vila Real e Bragança, até Junho passado. Nesse mês, o Conselho de Ministros autorizou a renovação da verba compensatória nos transportes até final de Novembro, tendo em vista a abertura de um novo concurso público internacional, o que ainda não aconteceu, confirmou fonte da empresa ao Jornal Nordeste.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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