Alguns serviços do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) do distrito de Bragança vão ser integrados em Vila Real.A transferência resulta da reorganização interna do IEFP cuja portaria já foi publicada em Diário da República. Os serviços dos concelhos de Carrazeda de Ansiães, Mirandela e Vila Flor, que até agora eram coordenados por Mirandela, vão ser transferidos para a unidade orgânica de Chaves, enquanto as representações dos concelhos de Freixo de Espada-à-Cinta, Torre de Moncorvo e Vila Nova de Foz-Côa, que até agora eram coordenados por Torre de Moncorvo, vão passar para a alçada de Vila Real.O presidente da câmara de Mirandela não compreende a lógica desta reorganização.“Com toda a sinceridade, a gestão ser comandada a partir de Bragança ou de Chaves não me preocupa, mas do ponto de vista regional o mais interessante seria colocar uma sede de um centro de emprego em Mirandela e concentrar todo o Alto Trás-os-Montes”, considera António Branco, pois “esta concentração nem sequer tem uma lógica de Comunidade Intermunicipal porque há concelhos que pertencem a esta organização e que são transportados para outros lugares”.O autarca quer, no entanto, que os postos de trabalho sejam salvaguardados bem como as competências do serviço em Mirandela.“Há que salvaguardar que o centro de emprego de Mirandela não perca qualquer tipo de competências, e que os funcionários continuam aqui sem haver transferências ou mobilidades associadas”, afirma António Branco. Além disso “também queremos saber de quem fica dependente o equipamento”. “Queremos respostas porque fomos surpreendidos com esta lei”, conclui.Procurámos também ouvir o autarca de Torre de Moncorvo, no entanto Aires Ferreira não quis comentar o assunto.Mas as mudanças não ficam por aqui.Os serviços de Alfândega da Fé, Macedo e Cavaleiros e Mogadouro, que até agora eram coordenados por Macedo, passam para a alçada de Bragança.Procurámos ouvir o presidente da câmara de Macedo de Cavaleiros, mas até ao momento não foi possível chegar à fala com Beraldino Pinto.Quem reage através de comunicado é a câmara de Bragança considerando que “a área de influência da unidade orgânica distrital do Centro de Emprego e Formação Profissional de Bragança é territorialmente desintegrada”.Além disso, diz que “não se compreende um sentido de orientação lógica em termos territoriais”.Por outro lado, “considera inaceitável que tenha sido tomada uma decisão político-administrativa sem discussão”.
Por isso, a autarquia da capital de distrito pede ao Presidente do IEFP e ao Primeiro-ministro que seja “reposta a actual área geográfica de intervenção do Centro de Formação Profissional de Bragança”.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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