terça-feira, 23 de outubro de 2012

Mau cheiro esgota a paciência dos vizinhos

Os moradores e empresários instalados na entrada sul de Mirandela estão fartos do mau cheiro provocado pelos resíduos armazenados pela Mirapapel, uma empresa de reciclagem sediada naquela cidade.
“Não se aguenta aqui com o cheiro. Muitas vezes, eu tenho que trabalhar com a porta fechada, o que é muito chato para mim porque os clientes acham que estamos fechados”, conta um dos empresários com negócios naquela zona. No Verão a situação agrava-se, e mesmo quem passa de carro na auto-estrada consegue sentir o mau cheiro nas imediações da empresa.
“Eu tenho aqui casa há 33 anos, fugi do centro da cidade para não ter problemas, mas agora nem posso ter as janelas abertas que ninguém aguenta o cheiro e os insectos”, lamenta uma das moradoras, visivelmente indignada. A autarquia reconhece o problema e garante que está a pressionar o proprietário da empresa para que a situação se resolva.
“Houve um excesso de armazenamento de plástico. A empresa não conseguiu escoá-lo e está tudo em fardos. Foi isso que levou a armazenar em toda a fábrica e é isso que tem provocado este descontentamento da população”, refere o presidente da Câmara de Mirandela, António Branco.
Também a unidade que a Mirapapel possui na aldeia do Cachão já foi alvo de protestos por parte da população.
“Acontece o mesmo problema no complexo agro-industrial do Cachão, onde o empresário tem alguns espaços com excesso de resíduos”, acrescenta o autarca.

Proprietário não fala

O Jornal Nordeste tentou, várias vezes, entrar em contacto com o proprietário da Mirapapel, mas sempre sem sucesso.
Segundo o presidente da autarquia, o empresário pediu tolerância e garantiu que é um problema temporário. No entanto, a Câmara continua a fazer pressão para regularizar esta situação, que se tem vindo a arrastar. De acordo com António Branco, a Mirapapel pediu alguma tolerância. “A empresa alega que esse problema de armazenamento é temporário e nós estamos a aguardar que de uma vez por todas sejam retirados dali aqueles fardos e que a actividade continue normalmente”, conclui.

Retirado de www.jornalnordeste.com

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