A Minning Technology Investiments (MTI) assinou com o Estado português um contrato para início da exploração experimental das minas de ferro de Moncorvo, cujos direitos de concessão detém até 2070."Com a assinatura deste contrato, o Estado português está agora a atribuir à MTI a autorização para, em quatro anos, definir a viabilidade técnico-económica da exploração e efetuar os estudos de pré viabilidade e de viabilidade do projeto, incluindo o estudo de impacte ambiental, um plano de impacte social e todos os trabalhos de prospeção e avaliação necessários à integral caracterização e quantificação dos depósitos de minério de ferro localizados na área", adianta a empresa num comunicado enviado às redações .
Segundo o documento, a MTI terá agora 60 dias para apresentar o "plano detalhado para a execução dos trabalhos previstos para estes quatro anos".
O Ministério da Economia já fez saber que o contrato agora assinado "é um avanço do ponto de vista administrativo, de acordo com o que estava planeado para o projeto da Torre de Moncorvo", mas salientou que uma "exploração em definitivo apenas pode existir se estiverem reunidas as condições do ponto de vista técnico e financeiro".
Detentora dos direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de ferro no concelho de Torre de Moncorvo, desde fevereiro de 2008, a MTI afirma, desde então, ter vindo a cumprir "todas as suas obrigações contratuais, realizando todos os trabalhos previstos e ainda os necessários à consolidação do seu projeto de exploração".
Em causa está um projeto de exploração de ferro com um investimento superior a mil milhões de euros na região de Moncorvo, com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas.
O investimento iria permitir, numa primeira fase, a criação de 420 novos postos de trabalho diretos e cerca de 800 indiretos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento no Nordeste Transmontano, com parcerias com instituições locais e internacionais.
No âmbito da prospeção e pesquisa efetuada em Moncorvo desde 2008, a MTI - Ferro de Moncorvo diz já ter investido um total de 3,6 milhões de euros, incluindo serviços internacionais e despesas correntes, e recorrido a serviços e consultorias nacionais e internacionais, entre os quais o Instituto Superior Técnico de Lisboa, o Laboratório Nacional de Energia e Geologia e a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Brasil).
Retirado de www.rba.pt
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