O cordeiro mirandês pode agora conquistar novos mercados. Até agora só era vendido em Portugal e Espanha, mas depois de ter conseguido o selo Denominação de Origem Protegida, a Associação de Criadores de Ovinos de Raça Churra Mirandesa pretende valorizar esta carne.O presidente da associação, Francisco Rodrigues, conta que a maioria dos animais eram vendidos para o país vizinho, onde até se fazia negócio com esta carne de qualidade.“A Espanha até aqui tinha uma carteira mais saudável do que a nossa e acabam por nos comprar o cordeiro e curioso os espanhóis compram aqui o cordeiro e exportam depois para outros países”, realça Francisco Rodrigues. O objectivo agora é ganhar escala no mercado, aproveitando a chancela da certificação.“Estamos a tentar trabalhar em parceria com outras associações. Vamos ver se conseguimos levar isto a bom porto e se assim for temos uma vantagem em termos de comercialização, porque já temos uma mais-valia. Temos a qualidade na nossa mão e por isso vamos procurar o mercado de uma maneira diferente do que fazíamos até aqui”, realça o presidente da associação.Francisco Rodrigues espera agora que esta raça consiga mais apoios do Estado.“Os nossos criadores andam na casa dos 70 anos. A juventude quer pegar nisto, mas a burocracia não os deixa, têm problemas para se poderem instalar, mas acredito que com esta mais-valia da denominação de origem o Governo esteja atento e nos dê mais apoios do que até aqui”, salienta o responsável.
O efectivo adulto da raça churra mirandesa ronda os 7 mil animais. Anualmente são comercializados cerca de 8 mil cordeiros produzidos por 58 criadores nos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e um em Vila Flor.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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