A praxe no IPB é em prol da integração dos novos alunos e não privilegia a humilhação.A opinião é unanime na comunidade escolar e ficou patente ontem à noite num debate organizado pela associação de estudantes da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em que participaram alunos e professores. O presidente da associação explica que este debate foi organizado porque “ultimamente tem havido muitos problemas com a praxe. Alguns docentes consideram que a praxe devia acabar porque os alunos estão cansados, chegam tarde às aulas”. No entanto, Luís Pereira defende que “nós não obrigamos ninguém a beber nem a sair à noite. A praxe não deve terminar porque é fundamental para a integração dos alunos”.O presidente do Instituto Politécnico de Bragança defende que a praxe não deve acabar ao afirmar quer “acabar com a praxe é algo que não faz sentido porque ela tem um espirito de ajudar a integrar os alunos”. Mas Sobrinho Teixeira alerta para a necessidade de reduzir o tempo de duração das actividades. “Nós já temos feito pressão e pensamos que era salutar haver um menor tempo de praxe de maneira que os alunos tivessem um maior rendimento escolar”.O presidente da associação académica do IPB admite rever o código de praxe para atenuar alguns problemas que se têm verificado.“O código de praxe deveria ter sido revisto no ano passado e nós achamos que é necessário fazê-lo pois há certas lacunas que têm de se suprimir”, adianta Luís Dias, acrescentando que o mesmo vai ser feito “ao código do traje em que há vários casos omissos”.Alguns estudantes ouvidos pela Brigantia consideram que a praxe foi vivida como um ritual de integração.
“Foi na praxe que eu conheci todas as minhas colegas, que deixaram de ser colegas para serem amigas”, refere Sandra Rossas garantindo que “nunca fui humilhada, participei nas brincadeiras”. Já Joana Santos considera que “se não fosse a praxe não conhecia metade der Bragança nem as pessoas que conheço, nem teria a ajuda dos nossos praxantes com apontamentos”. Para Sofia Silva, “a praxe fez toda a diferença na minha vida. Graças a ela Bragança deixou de ser só o sítio onde eu estudava para ser a minha segunda casa. Nunca me obrigaram a fazer nada que eu não quisesse e a praxe é para divertir e criar espírito de união e amizade”.
Escrito por Brigantia
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