D. José Cordeiro, Bispo da diocese de Bragança-Miranda, mostrou-se preocupado com a dívida das obras da Catedral de Bragança, numa diocese encontrada em graves dificuldades económicas em algumas das suas instituições, revelou no passado dia 10, dia em que reuniram algumas comissões fabriqueiras e de festas para lhes serem dados a conhecer os estatutos do Conselho Paroquial dos Assuntos Económicos. Para o Bispo, a dívida de 650 mil euros, que resulta ainda das obras da Catedral, "é uma coisa quase insuportável, ingovernável, como outras estruturas da diocese, fruto de alguma má gestão, de má configuração aos valores do Evangelho, porque o pouco, ainda que exista pouco, se for bem administrado e bem distribuído, chega para todos e ainda sobra. Caso concreto disso temos no Evangelho a multiplicação dos pães". Por esse motivo, e para que situações como esta não se repitam, está em curso a implementação dos estatutos do Conselho Paroquial dos Assuntos Económicos, que uniformiza critérios e coloca a administração dos bens temporais da Igreja diocesana sobre a égide da mesma e única missão evangelizadora. "Uma Igreja que seja organizada na caridade não se pode permitir que haja instituições e paróquias que têm muitos bens e haja outras que vivem na penúria e algumas situações que até estão na falência, quase como acontecia com a diocese", disse ao Mensageiro e acrescentou que a diocese que assumiu como Bispo há pouco mais de um ano, lhe faz lembrar "aquelas famílias que em situações extremas os filhos enriqueceram e os pais ficaram na miséria".
Retirado de www.mdb.pt
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