O Orçamento de Estado para o próximo ano é um ataque à qualidade de vida das populações do interior.Quem o diz é o deputado do PCP, Agostinho Lopes.Em conferência de imprensa, o parlamentar criticou o documento considerando-o opaco, uma vez que o investimento não está identificado por regiões. Segundo o deputado, e para o distrito de Bragança, apenas foi possível conhecer os investimentos previstos para a área da educação porque foi o único ministério que os divulgou.“Sabemos que o Ministério da Educação tem mil euros para a Escola Básica de Vimoso e 1,18 milhões de euros para um laboratório no IPB”, adianta Agostinho Lopes, salientando que “são os únicos dois projectos que são conhecidos deste orçamento de estado. Colocámos questões sobre outros projectos mas nem sequer nos responderam”.Agostinho Lopes alerta ainda para a não concretização de um projecto de regadio em Alfândega da Fé, que tem financiamento do PRODER, mas sem dotação no Orçamento de Estado.“É uma obra de requalificação que é necessário fazer e que tem a prioridade máxima do Ministério da Agricultura, que tem um projecto aprovado pelo PRODER e que não vai ser concretizado”, refere. O deputado do PCP critica a actuação dos deputados do PS e PSD, eleitos pelo distrito de Bragança na defesa dos interesses da região.“É espantoso que se façam discussões na especialidade e que perante problemas como o encerramento de tribunais não haja um deputado, eleito pelo distrito, a levantar estas questões”, afirma Agostinho Lopes. “É lamentável que não estejam para colocar os problemas e até para procurar atenuantes a esta situação porque se não foram criados meios de apoio à deslocação dos cidadãos o acesso a justiça vai ficar agravado”, acrescenta.
Para o PCP, as propostas do Governo que constam do Orçamento de Estado contrariam uma resolução aprovada, no ano passado, na Assembleia da República que visava a coesão territorial.
Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt
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