tenho frio.
não um frio de frio
mas um frio que vem de dentro
do coração,
do peito
sem orientação alguma
titubeio na escuridão
que de repente se fez
do nada
como quem morre
no mar português
que antes de se fazer
de muitos "homem ao mar"...
tormentas sem fim
enfrentou
chorei, já sem lágrimas,
por mim,
por todos os que me fizeram
por aqueles que não fiz
incapaz de ser origem
nascer de sol
poente
sucessão
de dias e noites
até que gélidos glaciares
nos matem
de frio
despojada
inquieta
perplexa
inconsistente
como um iceberg
que lentamente
chora
todas as lágrimas
doces,
em mar salgado
Mara Cepeda
«como um iceberg
ResponderEliminarque lentamente
chora
todas as lágrimas
doces,
em mar salgado»
guapo este doce-salgado, Mar, e muito expressivo.
beisico
Amadeu