A apicultura é uma alternativa rentável para os jovens desempregados que queiram criar o seu próprio emprego. Quem o diz é o presidente da Associação de Apicultores do Planalto Mirandês. Vítor Ferreira afirma que os recursos naturais do Parque Douro Internacional estão a ser explorados pelos vizinhos espanhóis por falta de iniciativa dos produtores de mel do lado português.“Até ao momento a agricultura era feita por pessoas em part time e dedicavam-se exclusivamente à produção de mel. Neste momento, estamos a incentivar uma série de jovens a fazerem da apicultura o modo de vida e a rentabilizarem mais os produtos das colmeias, nomeadamente pólen, própolis, cera de abelha, licor de mel, sabonetes de azeite e mel”, realça Vítor Ferreira.Vítor Ferreira afirma que nos últimos dois anos tem havido um aumento do número de jovens a apostar no sector apícola, mas considera que ainda há espaço para a entrada de mais pessoas que queiram fazer da apicultura a sua profissão e contribuir para o aumento da produção de mel. O objectivo é ganhar escala no mercado e valorizar o produto.
“Como é vendido a granel, quem vai tirar dividendos não somos nós, mas sim outros, porque o mel sai daqui a 2,5 euros e pode chegar ao mercado da Alemanha, da França, Países Nórdicos e vendem lá o quilo a 14, 15 euros. Nós é que temos o trabalho, levamos as picadas a produzi-lo e quem faz o transporte e o coloca no mercado é que está a ter o lucro”, acrescenta o presidente da Associação. Actualmente, a Associação do Planalto conta com 150 produtores associados, que têm uma produção a rondar as 150 toneladas/ano.
Escrito por Brigantia (CIR)
Retirado do site www.brigantia.pt
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