quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Há quebras de 80 por cento na produção de mel na Terra Fria Transmontana.

Há quebras de 80 por cento na produção de mel na Terra Fria Transmontana.

No ano passado, as condições climatéricas atraiçoaram os apicultores, que tiveram prejuízos avultados.

O presidente da Federação Nacional de Apicultores, Manuel Gonçalves, diz mesmo que nalgumas variedades de mel a produção foi nula. “Na Terra Fria os apicultores tiveram quebras na ordem dos 80 por cento. Provavelmente e segundo as indicações que temos de associações pode-se estender mesmo a partes da Terra Quente, nomeadamente as zonas mais altas.

Por exemplo nas zonas de altitude a produção de mel de castanheiro foi zero, produção de urze pouca e de rosmaninho também não houve nada”, constata o responsável. As alterações climatéricas estão na origem desta quebra na produção de mel.

“Foi a irregularidade do tempo quando as colmeias estão a crescer, com uma Primavera muito irregular, com picos de frio e calor. As flores não segregavam néctar para as abelhas poderem recolher e não havia quantidades de abelhas suficientes nas colmeias para recolher o pouco néctar que havia”, explica Manuel Gonçalves.

O presidente da Federação defende a criação de um fundo para ajudar os apicultores em anos de fraca produção. “Os produtores agrícolas dependem sempre de terceiros para terem maior ou menor rendimento. Não vamos agora estar a reclamar subsídios à produção.

Nós temos vindo a defender que deve haver um fundo que preveja estes casos e que seja compensador, estamos neste momento a tentar negociar a nível nacional, além dos seguros um fundo que preveja este tipo de perdas, vamos ver quanto tempo vai levar”, salienta o responsável.

Apesar desta quebra na produção na região Norte o mel não deverá faltar nos mercados, mas há variedades, como é o caso do mel de castanheiro, que não deverá ser exportado por não haver produção.


Retirado de www.brigantia.pt

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