Há quebras de 80 por cento na produção de mel na Terra Fria
Transmontana.
No ano passado, as condições climatéricas atraiçoaram os apicultores, que
tiveram prejuízos avultados.
O presidente da Federação Nacional de Apicultores, Manuel Gonçalves, diz mesmo
que nalgumas variedades de mel a produção foi nula. “Na Terra Fria os
apicultores tiveram quebras na ordem dos 80 por cento. Provavelmente e segundo
as indicações que temos de associações pode-se estender mesmo a partes da Terra
Quente, nomeadamente as zonas mais altas.
Por exemplo nas zonas de altitude a produção de mel de castanheiro foi zero,
produção de urze pouca e de rosmaninho também não houve nada”, constata o
responsável. As alterações climatéricas estão na origem desta quebra na
produção de mel.
“Foi a irregularidade do tempo quando as colmeias estão a crescer, com uma
Primavera muito irregular, com picos de frio e calor. As flores não segregavam
néctar para as abelhas poderem recolher e não havia quantidades de abelhas
suficientes nas colmeias para recolher o pouco néctar que havia”, explica
Manuel Gonçalves.
O presidente da Federação defende a criação de um fundo para ajudar os
apicultores em anos de fraca produção. “Os produtores agrícolas dependem sempre
de terceiros para terem maior ou menor rendimento. Não vamos agora estar a
reclamar subsídios à produção.
Nós temos vindo a defender que deve haver um fundo que preveja estes casos e
que seja compensador, estamos neste momento a tentar negociar a nível nacional,
além dos seguros um fundo que preveja este tipo de perdas, vamos ver quanto
tempo vai levar”, salienta o responsável.
Apesar desta quebra na produção na região Norte o mel não deverá faltar nos
mercados, mas há variedades, como é o caso do mel de castanheiro, que não
deverá ser exportado por não haver produção.
Retirado de www.brigantia.pt
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