terça-feira, 19 de junho de 2012

Unidos contra o encerramento de tribunais

Centenas de pessoas concentraram-se, ontem, junto ao tribunal de Alfândega da Fé, em protesto contra o encerramento daquele serviço.
Revoltados com a situação, os manifestantes exibiram cartazes com mensagens de descontentamento contra esta medida do Governo.
Luciano Augusto Branco, presidente da Junta de Freguesia de Ferradosa, diz que se o tribunal for transferido, por exemplo, para Moncorvo “é inadmissível, porque não há transportes”.
Já António Léria, que também se juntou à manifestação, diz que “de Vila Real para cá vai ser um deserto”.
Personalidades locais de diferentes quadrantes políticos juntaram-se numa manifestação em que se repetiu “’basta’ às políticas para fechar o interior”.
O social-democrata, José Luís Correia, presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães foi a Alfândega da Fé participar na manifestação convocada pela socialista Berta Nunes. “Não é o partido que nos cala”, proclamou o autarca.
O tribunal de Carrazeda de Ansiães também está na lista de encerramentos, por isso José Luís Correia quis manifestar a sua solidariedade, porque entende que “o povo está a ser usurpado” e que “este Governo não está a aplicar a social-democracia do PPD de Sá Carneiro”.
Também o presidente da concelhia do PSD de Alfândega da Fé, Artur Aragão, falou à população que se juntou em frente ao tribunal local para dizer: “O PSD é contra o encerramento de qualquer serviço”.

Autarcas vão manifestar-se em Lisboa contra o encerramento de tribunais no próximo dia 28

Além de representantes partidários, outras personalidades locais discursaram nesta manifestação, como o presidente do agrupamento de escolas, Francisco Lopes, que afirmou ser “lamentável, quase 40 anos depois do 25 de Abril, uma realidade inacreditável”. Ao protesto juntou-se também o presidente da Câmara de Vila Flor, o socialista Artur Pimentel, apesar de ter ficado de fora da lista de encerramentos.
A presidente da Câmara Municipal de Alfândega da Fé, Berta Nunes, assegura que este tipo de políticas não podem continuar. “ Quando a ministra da Justiça diz que vai melhorar a justiça e vai tornar a justiça mais justa, isso não é verdade. Ela não sabe do que está a falar”, atira a autarca.
Ontem também saíram à rua as populações dos concelhos de Carrazeda de Ansiães e de Miranda do Douro.
Murça, no distrito de Vila Real, também vi realizar uma acção de protesto na próxima quinta-feira.
As manifestações são o primeiro passo na luta pela manutenção dos tribunais.
Já esta prevista uma ida a Lisboa, no próximo dia 28, de todos os autarcas dos concelhos onde está previsto o encerramento de tribunais.
Retirado de http://www.jornalnordeste.com/

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