sábado, 9 de junho de 2012

Entrevista Adriano Diegues, Presidente do Grupo Crédito Agrícola


Nasceu na aldeia de Nogueira, situada a poucos quilómetros da cidade de Bragança… que recordações guarda da sua meninice?

Muitas e, felizmente, boas. O tempo em que eu nasci, era um tempo que eu considero difícil, comparado com aquilo que hoje os jovens podem desfrutar e facilmente obter. Desses tempos difíceis eu apenas guardo boas recordações. Na altura, as aldeias, nogueira apesar de ficar a seis quilómetros da cidade de Bragança, era longe pois não havia transportes e a vinda era a pé. Demorava uma hora, uma hora e meia. Era difícil vir a Bragança. Toda a nossa vida desenvolvia-se em comunidade, com as pessoas da aldeia e com as famílias que eram numerosas, na altura. Era pois, uma vivência muito sã, com muita ligação, com muito humanismo e só posso, de facto, ter boas recordações desse tempo.

Onde fez os seus estudos?

A 4ª classe fiz na escola primária de Nogueira. Depois ingressei na Escola Industrial e Comercial de Bragança, onde conclui o curso industrial. Mais tarde, já numa fase posterior da minha vida, fiz o 7º ano liceal. Experimentei ainda um curso superior, mas já numa fase muito adiantada da minha vida em que, por razões profissionais que não me permitiram ir além de uns poucos meses de estudo, abandonei porque não tinha hipóteses de continuar mas, de facto, ainda hoje lamento não ter um curso superior porque considero que é uma ferramenta indispensável para qualquer projecto profissional.

O facto de ter nascido nesta região marcou-o?

Marca sempre. Nós somos sempre o produto daquilo que são as nossas vivências. Eu vivi nesta região marcada por esse período, pelas características desse período, mas também muito marcada pelas pessoas, meus pais, meus avós, meus familiares. Também a nossa região foi sempre uma região fechada e, por consequência, também me marcou. Considero-me uma pessoa pouco sociável e sou conhecido assim por todo o grupo de crédito agrícola, se calhar, pelas minhas raízes, porque somos pessoas aparentemente desconfiadas, fechadas, mas que temos dentro de nós um profundo humanismo, um profundo respeito pelas pessoas, enfim, acho que é uma característica do transmontano.

Cumpriu o seu serviço militar em Timor antes da descolonização. Fale-nos desse tempo.

Foi uma experiência interessante. Eu acabei os meus estudos muito cedo e, acabei numa época onde havia muita emigração para os países da Europa. Eu que tencionava continuar os meus estudos e preparava-me para ingressar no Instituto Industrial que dava continuidade aos cursos técnicos mas, devido a problemas familiares, vi-me afastado desse projecto e então com 18 anos, parti também para uma experiência de emigração em França, onde passei quatro anos até vir fazer o serviço militar. Na altura, fui até muito desaconselhado pelos meus amigos franceses, nomeadamente a entidade patronal para não fazer esse percurso, para não fazer essa opção, para não fazer o serviço militar. No entanto, por um sentido de dever, vim, fiz o que era normal fazer-se na altura, serviço militar em Portugal e ir para Timor mas, de facto, cheguei a Timor e encontrei uma realidade totalmente diferente da realidade de Nogueira, também, um país profundamente marcado por uma diferença substancial das formas de viver quando comparado com Paris, onde eu tinha passado os quatro anos anteriores ao serviço militar. Cheguei a Timor e aquilo marcou-me muito pela negativa. Pensei que tinha recuado pelo menos quinhentos anos na história da humanidade. Fiquei de facto muito surpreendido mas, com o tempo, acostumei-me e guardo muito boas recordações de Timor, sobretudo da sua gente. Pelas notícias que me vão chegando, continua a ser uma gente com um profundo patriotismo, que nos davam a nós, portugueses, grandes lições de patriotismo. Isso nunca apagarei das minhas memórias.

A sua vida profissional está intimamente ligada à banca. Começou a trabalhar na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo com vinte e sete anos, já lá vão vinte e seis. Desde então muita coisa começou a mudar. Fale-nos da evolução do sistema bancário português.

Evoluiu extraordinariamente. Diz-se até que a banca foi o sector económico português que mais se aproximou da média dos sectores económicos europeus e mundiais. Em muitos aspectos a banca portuguesa tem um índice de performance superior à média europeia. O caso concreto dos serviços de Multibanco em que, de facto, temos uns excelentes serviços através desses meios electrónicos de pagamento, de maneira que Portugal pode-se orgulhar do sector financeiro que tem, que para além de ser um sector financeiro muito sólido é também tecnologicamente muito avançado.

Recentemente foi eleito Presidente do Concelho Geral de Crédito Agrícola. É sem dúvida uma grande responsabilidade, uma grande honra e também reconhecimento do seu valor. Quais são as suas funções?

Como Presidente do Grupo Financeiro, naturalmente, desempenho as máximas funções dentro do grupo. No entanto, o grupo financeiro Crédito Agrícola tem um modelo de governação dualista. Quer dizer, um deles meramente executivo, o outro com funções estratégicas e acompanhamento da gestão. Digamos que não existe um só órgão responsável pelo grupo, há dois órgãos. Aliás, é um modelo como aquele que foi ensaiado na TAP e, na Caixa Geral de Depósitos que, enfim, por alguns motivos não resultou, mas que está a resultar muito bem no grupo Crédito Agrícola. Eu pertenço ao órgão não executivo, ao órgão que define a estratégia e acompanha a sua implementação.

Fale-nos, um pouco, da história da instituição a que preside.

A Caixa Agrícola de Bragança foi fundada em 1947. O Crédito Agrícola foi criado em Portugal por Diploma Regulamentar de 1911 e fomos dos primeiros países a criar o sistema de Crédito Agrícola. Já havia bancos, naturalmente, nessa época, só que faltavam serviços bancários nos meios profundamente rurais e meios profundamente rurais significava uma actividade económica exclusivamente ligada à agricultura. Ainda hoje é assim, mas no princípio do século passado mais evidente se relevava. As pessoas que trabalhavam na agricultura, que precisavam de capital para o desenvolvimento da sua actividade, como o dinheiro era escasso tinham que se socorrer a quem tinha dinheiro na altura. Não havia banca e depois aproveitavam-se das situações para exigir taxas de juro muito elevadas, daí os agricultores sentirem que devia haver, que o governo devia ajudar os agricultores a criar um instrumento que os libertasse e foi, de facto isso, que se fez. Portugal foi, de facto, pioneiro nessa questão e foram então criadas as caixas agrícolas. As caixas agrícolas eram pequenos bancos. Tinham a função de captar custos da região, onde as caixas agrícolas eram constituídas, de âmbito concelhio, ligadas aos ex grémios da lavoura e eram um conjunto de agricultores que se disponibilizavam para constituir a escritura de um pequeno banco local para o habilitar a esses serviços e a captar custos da própria região, do próprio concelho e das pessoas que tinham custos financeiros e aplicar esses recursos em crédito aos agricultores. Na altura, a forma encontrada para garantir o reembolso desses recursos, dessa poupança aos aforradores, é que o património de todos os associados, todas pessoas que levantavam fundos da caixa agrícola para a sua actividade, todo o seu património ficava responsável pelo reembolso e pelo pagamento do retorno de capital aos aforradores, portanto, havia aqui de facto uma grande co-responsabilidade entre todos os membros dessas entidades, caixas agrícolas, para com a comunidade aforradora, claro que tudo isso foi evoluindo, estamos quase a 100 anos, vamos comemorar os 100 anos em 2011. Falta pouco tempo, as coisas mudaram, mudaram a ponto do Crédito Agrícola ser hoje o sexto maior grupo financeiro português, quando apreciado em termos globais.

O grupo Crédito Agrícola que tem cerca de quatro mil colaboradores, estando três mil e seiscentos afectos a seiscentos postos diferentes de trabalho, balcões, sedes de Crédito Agrícola e, aproximadamente, quatrocentos às empresas do grupo. Que outras empresas fazem parte do grupo e em que áreas desenvolvem a sua actividade?

O grupo financeiro necessita sempre de várias empresas instrumentais, a sua actividade. Desde logo que hoje o grupo financeiro é indissociável da ideia de banca e seguros que são duas ideias que tendem a fundir-se cada vez mais. Entende-se que um banco pode oferecer aos seus clientes, também, não só crédito, mas segurança desse mesmo crédito e também a segurança do património desse mesmo cliente, portanto, o conceito de banca/seguros, que não é Português, mas que Portugal esta a agarrar, continua a agarrar muito bem, temos, por conseguinte, duas empresas de seguros: a Rural Seguros e a Crédito Agrícola Viva. A Rural Seguros para seguros de ramos reais e a Crédito Agrícola Viva para seguros de poupança, reforma, investimento, enfim, para vários produtos de poupança. Temos, também, uma empresa que presta serviços de informática. Toda a nossa informática, a informática do grupo está a cargo, é gerida por uma empresa que trabalha exclusivamente, quer no hardware, quer no software que o crédito agrícola possui. Temos também empresas de validação de créditos, empresas que se dedicam a comercializar eventual património que seja para reembolsos de créditos e temos sociedades gestoras de património, de consultoria, enfim, temos todas as empresas que compõem um grupo financeiro com as características do Crédito Agrícola.

Recentemente, foi inaugurada a nova sede da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo em Bragança. Um edifício do arquitecto Ortega, que contém algumas obras de arte entre as quais destaco o painel de Graça Morais, que é digno da instituição que o alberga. Isso demonstra uma preocupação estética pouco usual em Portugal. Quer comentar?

Não sei se será pouco usual em Portugal. Acho que tende a haver um compromisso da banca com as artes. Acho que é evidente. A Caixa Geral de Depósitos em Lisboa tem inúmeras obras de arte de artistas portugueses e não só e todos os bancos, de facto, apostam também na valorização da arte. Um banco também é um agente económico e, como tal, tem que desenvolver a sua actividade para além daquilo que é tradicional e esse aspecto é também uma questão, uma abordagem nova, mas que eu considero muito positiva. Naturalmente que atenta, também, a estes fenómenos a Caixa Agrícola de Bragança, quando lançou este projecto, não quis deixar de colocar nas suas instalações algumas obras de artistas da nossa região, como forma de valorizar o seu património mas, sobretudo, como forma de mostrar à região a qualidade artística que a região possui.

Foi difícil levar a cabo a construção daquela obra?

Não foi difícil. Digamos que, difícil foi o percurso da Caixa Agrícola para chegar à condição de poder realizar essa obra. A obra é o resultado do trabalho profundo que foi feito ao longo de mais de três décadas e, por conseguinte, o edifício foi fácil de executar, além dos aspectos de natureza técnica, que naturalmente têm o seu coeficiente de dificuldade.

Até quando dominará a burocracia as nossas vidas, nesta era de grande desenvolvimento tecnológico?

Eu acho que o ser humano nunca se conseguirá libertar da burocracia. A burocracia faz parte da nossa forma de ser e nem sequer é entendido que a burocracia tenha só aspectos negativos. Há muitos autores que defendem que deve haver sempre uma certa burocracia, agora temos que saber, se calhar, o mais difícil é o entendimento do ponto a partir do qual a burocracia é negativa.

O que pensa do Projecto Agrário do Cachão, obra de Camilo Mendonça, recentemente homenageado em Alfândega da Fé e porque será que nunca mais dá certo?

As empresas são como as pessoas, nascem, vivem e morrem. Um projecto empresarial será um projecto para toda a vida. Cachão foi importantíssimo, teve a sua importância económica na região, mas eu desconheço as causas. Não sou estudioso dessas matérias, mas que por motivos, a nível económico, se foi diluindo? É provável que algumas empresas ainda se aproveitem das estruturas que ali existem, mas o projecto assente nas agro-indústrias, com a evolução que a agricultura teve na nossa região era mais provável que não pudesse continuar porque também falta a matéria-prima que abundava antigamente, para transformar.

Há algumas semanas a comunicação social fez eco das poupanças dos transmontanos que contribuem com vários milhões de euros para o país. No entanto, pouco ou nenhum desse dinheiro é investido aqui. O que fazer para que esta situação se altere?

O que fazer é muito difícil. Ao longo dos séculos nunca foi possível fazer desta região uma região próspera. Não sei se alguma vez conseguiremos inverter a prosperidade do litoral para o interior. Também é certo que não há nenhum país da Europa em que não haja acentuadas assimetrias. Isso não quer dizer que eu aceite de ânimo leve as assimetrias que existem entre o Nordeste Transmontano e outras regiões mais prósperas do país, mas acho que podemos, cada um de nós, fazer alguma coisa e esta região será no futuro aquilo que cada um de nós estiver disposto a fazer. Se baixarmos os braços, naturalmente, só podemos esperar que a região vá definhando cada vez mais mas, se cada um de nós der um contributo, ainda que pequeno, naturalmente, que conseguiremos contribuir para o seu desenvolvimento e eu devo até realçar o papel que muitas empresas têm nesta região. Devo até realçar porque é difícil entender que numa mesma região como o Nordeste Transmontano, haja empresas que não conseguem levar por diante os seus objectivos empresariais ao lado de outras que são, de facto, exemplos de sucesso. O que é que isto pode, de facto, levar-nos a concluir? Quando há vontade, quando há capacidade, quando há uma grande tenacidade, os projectos aparecem e eles podem transformar-se em casos de êxito. O que é preciso a meu ver é algo que falta ao povo português, de uma forma geral, que é a capacidade empreendedora, capacidade de assumir riscos, capacidade de querer ir mais além daquilo que são os horizontes. Por isso penso, que o povo português ainda não tem, mas podemos sempre pegar em casos de sucesso e seguir o exemplo. Acho que era importante convencermo-nos que nada nos cai do céu. O sucesso não é fácil, o sucesso não é obra do acaso, o sucesso é sempre, fundamentado em muito trabalho, mas mesmo em muito trabalho, e só assim é que, de facto, conseguiremos progredir nas nossas vidas, progredir nas nossas empresas e fazer progredir a região onde estamos inseridos mas, de facto, reconheço que até agora não tem sido fácil e de futuro também não será. Reconheço também que os poderes públicos deviam ser, deviam constituir uma alavanca poderosa de desenvolvimento das regiões. Como?
Bom, se calhar desde logo dos bancos da escola. Acho que se nós formos apelando para os nossos filhos que não é o facilitismo que faz de nós grandes homens, grandes empresas, grandes regiões, mas sim o trabalho. Se formos transmitindo isso aos nossos filhos, se os formos educando num clima de dificuldades, de competitividade para prepararmos a região, para que dentro de décadas possa ser melhor do que é hoje. Se, pelo contrário, considerarmos que nunca conseguiremos mudar, que não precisamos de fazer nada para sobreviver, então tudo será mais complicado.

Mas acredita que a construção de uma auto-estrada até Quintanilha pode desentravar a região para um maior desenvolvimento.

Pode. Nós sabemos que as vias de acesso são importantíssimas para o desenvolvimento das sociedades. Nogueira nunca poderia ser a aldeia que é hoje, porque eram precisas duas horas para chegar a Bragança, para andar seis quilómetros. Hoje está muito mais desenvolvida porque está a dois ou três minutos de Bragança, logo, a facilidade de deslocação das pessoas é, de facto, condição indispensável para o sucesso e para o desenvolvimento. É de facto importante termos boas vias de acesso, boas auto-estradas, boas rodovias, é importante, auto-estradas de reconhecimento. Quando nós discutimos a existência de uma universidade, temos de ver por esse aspecto. Não podemos ver por uma perspectiva economicista. Temos de ver por uma perspectiva do conhecimento. Se a região tiver conhecimento, tiver massa crítica, naturalmente que terá condições para desenvolver, ao passo que se não tiver conhecimento, não desenvolverá. Mas, também, temos de ter cuidado. Às auto-estradas temos que associar as infra-estruturas que nos faltam, porque senão, em vez de facilitar a vinda do desenvolvimento, vai facilitar o abandono, vai acentuar muito mais o abandono.

Posso presumir pelas suas palavras de há pouco que é a favor da Universidade de Bragança?

Eu sou a favor de qualquer coisa. Não quero saber se é Universidade. Pode chamar-lhe qualquer coisa. Eu sou a favor de que, em Bragança, se instale massa crítica de conhecimento que possa lançar esta região para padrões de desenvolvimento mais elevados e sabemos que uma Universidade em Bragança trará projectos de inovação que, de facto, são ímpares a nível nacional. Por consequência é também uma demonstração que Bragança pode estar no topo da inovação.

Há poucos dias o presidente da câmara de Bragança anunciou que vai abrir uma candidatura para que o aeródromo possa passar a aeroporto regional. Parece-lhe uma boa medida?

Óptima medida. Nós temos milhares, centenas de milhares de conterrâneos nossos, espalhados pela Europa fora e é conveniente facilitarmos a sua ligação a esta terra, às suas terras de origem e o carro não é, hoje, uma alternativa. Não há outros meios de transporte, a não ser o incómodo autocarro, portanto, uma ligação aérea é perfeitamente adequada, uma estratégia muito adequada por parte do Senhor Presidente, como outras obras suas que se têm realizado em Bragança.

Os incêndios estão a acabar com uma grande área de florestas. De quem será a culpa e o que poderá ser feito para que estas situações não se continuem a perpetuar?

Eu tenho uma visão muito crítica acerca do combate aos incêndios. Da forma como se combatem os incêndios, ou melhor, se calhar, da forma como se deflagram os incêndios. Introduziu-se um dado novo na questão dos incêndios, que é um dado economicista. Isso, a meu ver, pode estabelecer a diferença, pode, de facto, marcar o evoluir desta questão.

Parece-lhe que as auto-estradas, o aeroporto, isso tudo, pode trazer indústria para Bragança, visto que nós estamos num ponto estratégico, em relação à saída para a Europa?

A indústria do turismo, acho que sim. Não sei se Bragança deverá abrir portas a outros tipos de indústrias poluentes. Eu acho que não deverá fazê-lo, mas há, de facto, indústrias limpas que Bragança poderá receber e que essas infra-estruturas de acesso, de comunicação, podem facilitar. Estou convencido disso.

Há que esperar. Para terminar, qual foi a personalidade ou personalidades que mais o marcaram ao longo da sua vida?

Bom, personalidade política marcou-me, pela negativa, o nosso Primeiro-ministro Salazar. Naturalmente, sobre o ponto de vista político, que não é essa a questão que me interessa abordar e também não tenho sequer, competência para abordar, mas pela falta de visão estratégica que teve para o país. Pela positiva foram as pessoas do movimento, movimento que conseguiu libertar Portugal duma situação de falta de liberdade. Eu penso que o homem só se realiza em plenitude quando é verdadeiramente livre. Por isso mesmo, às pessoas que contribuíram para os Portugueses possam viver este clima de liberdade, a todas essas pessoas eu tiro o meu chapéu e ficarei eternamente grato.

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