quarta-feira, 20 de junho de 2012

Carrazeda recupera moinho de vento

A vila de Carrazeda de Ansiães inaugurou, anteontem, o único moinho de vento a funcionar na região de Trás-os-Montes. Os moinhos mais vulgares no Nordeste Transmontano são movidos a água, mas este funciona com a força do vento. No dia da inauguração o vento soprou de feição e o moinho voltou a moer cereal.

A recuperação desta tradição suscitou a curiosidade dos carrazedenses, que fizeram questão de ver o funcionamento do engenho desenhado pelos antepassados.
O presidente da Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, José Luís Correia, sublinha que esta é mais uma aposta do município na valorização do património do concelho. “É um dos centros e motivos de atractividade para o concelho, que pretendemos coordenar com outros motivos de interesse.
Além disso, este é o único moinho do género a funcionar em Trás-os-Montes e as pessoas vêm cá e ainda podem ver os moinhos de água em Vilarinho da Castanheira, o castelo de Ansiães ou o Alto Douro Vinhateiro”, enumera o edil.
A população mostra-se satisfeita com o novo monumento e acredita que vai aumentar o número de turistas a visitar a vila.

O Moinho de vento está agora aberto aos turistas e visitas escolares, através de marcação prévia

O moinho de vento de Carrazeda de Ansiães salta à vista logo à entrada da vila. A arqueóloga da autarquia, Isabel Lopes, afirma que não há memória desta infra-estrutura funcionar, mas há documentos que atestam que foi erguido em 1900, a mando de Damião Gonçalves Neves.
Quem reergueu o moinho das ruínas garante que não foi tarefa fácil. “Foi complicado e demorado, porque não estávamos dentro do assunto.
Só tínhamos umas linhas e foi reconstruído a partir daí. Também ainda fomos ver um à zona de Lisboa para conseguirmos fazer o trabalho, mas agora está aqui uma coisa bem feita”, realça João Filipe.
João Pragal tratou das madeiras e diz que a maior parte da estrutura do moinho é de madeira. “Levou 15 toneladas de madeira, a pedra é só o exterior”, acrescenta João Pragal.
A recuperação da infra-estrutura em ruínas representa um investimento de cerca de 97 mil euros, comparticipado em 50 por cento por fundos comunitários.

Sem comentários:

Enviar um comentário