A aldeia de Castro de Avelãs, em Bragança, guarda um monumento único em Portugal, envolto num enigma que escavações arqueológicas começaram a desvendar, descobrindo as ruínas do mosteiro original que se acredita ser anterior à nacionalidade.
O mosteiro beneditino do Castro de Avelãs é monumento nacional e exemplar único do estilo arquitetónico românico-moçárabe em Portugal, em que sobressai a traça com tijolo maciço herdada da vizinha região espanhola de Castela e Leão.
As edificações existentes eram um enigma para os especialistas, pois não condiziam com o que devia ser o monumento, até que escavações arqueológicas recentes revelaram as ruínas do mosteiro original.
Os achados são apenas parte do monumento, segundo Paula Silva, a diretora regional de Cultura do Norte, responsável pelos trabalhos de escavação que deverão ter seguimento no futuro.
Desde 2005, foi investido um total de 238 mil euros, também em obras de recuperação da igreja que integra o monumento, que já foi apontado em lutas partidárias autárquicas como o exemplo do abandono e degradação do património local.
A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) promete agora \"fazer uma conservação das ruínas\" e avançar com \"um programa, em articulação com a Diocese de Bragança-Miranda, a proprietária, e com a Câmara de Bragança, que proteja estas ruínas, a musealize e lhes dê alguma visibilidade\".
Os documentos conhecidos indicam a construção deste mosteiro no ano de 1145, mas a diretora regional admite que \"é provável que existisse antes dessa data\" e alguns estudiosos apontam a sua criação como anterior à nacionalidade.
A única certeza é a de que o monumento \"é único em Portugal, não há mais construções destas\", vincou Paula Silva.
Parte das obras realizadas nos últimos tempos beneficiaram de apoios financeiros, como a recuperação da igreja agora concluída e executada ao abrigo de um protocolo entre a DRCN e a junta de Castela e Leão e que tem como mecenas a Fundação Iberdola.
\"Estamos a tentar criar, com estas intervenções, uma rede importante de visita, de atração cultural nesta região (fronteiriça)\", referiu Paula Silva, lembrando outras intervenções que estão a ser feitas em igrejas portuguesas e espanholas no âmbito desta parceria denominada Rota do Românico Atlântico.
O mosteiro do Castro de Avelãs, localizado a cinco minutos da cidade de Bragança, está aberto ao público, mas os visitantes só têm como guias os habitantes da aldeia.
O bispo diocesano, José Cordeiro, gostaria de ver este património valorizado através de \"uma articulação maior entre o turismo religioso, de natureza e com esta investigação feita ao nível arqueológico e histórico\".
A diocese acabou de constituir a Comissão de Arte Sacra e Bens Culturais que será parceira \"para que isto seja um património vivo e que não só traga mais pessoas, mas contribua para o desenvolvimento e para o crescimento da região na rota cultural que se irá criar a partir daqui\", referiu.
Lusa
O mosteiro beneditino do Castro de Avelãs é monumento nacional e exemplar único do estilo arquitetónico românico-moçárabe em Portugal, em que sobressai a traça com tijolo maciço herdada da vizinha região espanhola de Castela e Leão.
As edificações existentes eram um enigma para os especialistas, pois não condiziam com o que devia ser o monumento, até que escavações arqueológicas recentes revelaram as ruínas do mosteiro original.
Os achados são apenas parte do monumento, segundo Paula Silva, a diretora regional de Cultura do Norte, responsável pelos trabalhos de escavação que deverão ter seguimento no futuro.
Desde 2005, foi investido um total de 238 mil euros, também em obras de recuperação da igreja que integra o monumento, que já foi apontado em lutas partidárias autárquicas como o exemplo do abandono e degradação do património local.
A Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) promete agora \"fazer uma conservação das ruínas\" e avançar com \"um programa, em articulação com a Diocese de Bragança-Miranda, a proprietária, e com a Câmara de Bragança, que proteja estas ruínas, a musealize e lhes dê alguma visibilidade\".
Os documentos conhecidos indicam a construção deste mosteiro no ano de 1145, mas a diretora regional admite que \"é provável que existisse antes dessa data\" e alguns estudiosos apontam a sua criação como anterior à nacionalidade.
A única certeza é a de que o monumento \"é único em Portugal, não há mais construções destas\", vincou Paula Silva.
Parte das obras realizadas nos últimos tempos beneficiaram de apoios financeiros, como a recuperação da igreja agora concluída e executada ao abrigo de um protocolo entre a DRCN e a junta de Castela e Leão e que tem como mecenas a Fundação Iberdola.
\"Estamos a tentar criar, com estas intervenções, uma rede importante de visita, de atração cultural nesta região (fronteiriça)\", referiu Paula Silva, lembrando outras intervenções que estão a ser feitas em igrejas portuguesas e espanholas no âmbito desta parceria denominada Rota do Românico Atlântico.
O mosteiro do Castro de Avelãs, localizado a cinco minutos da cidade de Bragança, está aberto ao público, mas os visitantes só têm como guias os habitantes da aldeia.
O bispo diocesano, José Cordeiro, gostaria de ver este património valorizado através de \"uma articulação maior entre o turismo religioso, de natureza e com esta investigação feita ao nível arqueológico e histórico\".
A diocese acabou de constituir a Comissão de Arte Sacra e Bens Culturais que será parceira \"para que isto seja um património vivo e que não só traga mais pessoas, mas contribua para o desenvolvimento e para o crescimento da região na rota cultural que se irá criar a partir daqui\", referiu.
Lusa
Retirado do blogue "memórias... e outras coisas" de Henrique Martins
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