A
Fundação Côa Parque (FCP) está a ultimar o roteiro turístico "Côa e Siega
Verde", uma iniciativa que pretende levar os visitantes a uma viagem no tempo
com mais de 30 mil anos de história.
"Este roteiro pretende descrever
o território situado entre os vales dos rios Côa e Águeda e, ao mesmo tempo,
despertar nos visitantes a descoberta do património histórico e pré-histórico de
vilas e aldeias situadas na região transfronteiriça de Trás-os-Montes, Beira
Alta e Castela e o presidente da fundação, Fernando Real.
A arte rupestre do
Parque Arqueológico do Vale do Côa e do sítio de Siega Verde (Espanha), as
belezas naturais da região do Douro, as vinhas e o vinho, o património
arquitetónico, as memórias coletivas do passado e a gastronomia são apenas
alguns dos contributos para este roteiro turístico " Arte da Luz", que será
apresentado, no sábado, no Museu do Côa.
O roteiro está a ser preparado numa
altura em que se assinalam 14 anos da classificação da arte paleolítica do Vale
do Côa como Património Mundial.
"Este novo roteiro é, ao mesmo tempo, um
retrato do quotidiano das gentes que habitam e habitaram a região do Vale do Côa
nos últimos 10 séculos e o resultado de um trabalho que pretende mostrar o
sentido de unidade do território transfronteiriço do Côa e Águeda", acrescentou
o responsável.
Na opinião do investigador, há vivências comuns a estas duas
regiões de fronteira que têm de ser dadas a conhecer, já que superam qualquer
divisão administrativa destes dois territórios Ibéricos.
"Nestas duas regiões
peninsulares há um elemento cultural de unidade, sendo este roteiro uma forma de
trazer pessoas à região, fixando-as, para assim partirem à descoberta da
realidade e das lendas que ainda se vivem nestes territórios fronteiriços",
frisou o responsável.
Apesar da recessão demográfica nas regiões do interior
raiano, os especialistas acreditam que se está a assistir a "um fenómeno
demográfico", em que as pessoas estão de regresso à terra.
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