terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Arsénio Pereira garante que não se recandidatou porque surgiram interesses políticos

arsenio_pereira.jpgArsénio Pereira está de saída da Santa Casa da Misericórdia de Alfândega da Fé.A pouco mais de 15 dias de deixar o cargo, o provedor em exercício confessa que não avançou para uma nova candidatura por entender que surgiram interesses políticos em torno das eleições, em vez de uma lista de consenso como seria o seu desejo.“Eu sou militante do PSD, fui candidato à câmara e vereador e nestes três anos consegui sentar-me à mesa com o actual executivo de quem consegui apoios e estabeleci protocolos”, refere Arsénio Pereira, acrescentando que “quando eu achava que estavam criadas as condições para uma lista de consenso e uma direcção forte com capacidade de mobilizar toda a sociedade de Alfândega, apercebi-me que os interesses políticos e partidários e até pessoas de algumas pessoas estavam a vir ao de cima e eu entendo que é por aí que se deve ir”.Ainda assim, faz um balanço positivo dos seis anos em que dirigiu a Santa Casa.Sem querer falar no valor da dívida, salienta que, hoje, as contas da instituição estão bem e recomendam-se.“Quando eu lá cheguei havia uma determinada dívida que acumulava todos os anos e no primeiro ano eu ainda acumulei prejuízo e nós acabamos por sanear todas as valências que davam prejuízo”, explica, salientando que “o orçamento para o próximo ano é mais optimista pois os resultados previsíveis são de 31 mil euros positivos”.O provedor em exercício fala ainda de algumas das medidas que foram tomadas para equilibrar as finanças da Santa Casa.“A primeira coisa foi colocar todos os trabalhadoras na sua respectiva tabela salarial para que os descontos para a Segurança Social e Finanças fossem feitos correctamente e para que a instituição não pagasse multas”, afirma Arsénio Pereira. Depois “foi sanear as valências que não tinham nada a ver com a área social e que apresentavam mais de 80 mil euros de prejuízo por ano”. Além disso, “reduzimos ao número de funcionários não renovando contrato. Quando cheguei havia 98 funcionários e agora temos 68”, refere.
A nova provedora da Santa Casa da Misericórdia de Alfândega, Ermelinda Salgueiro, vai tomar posse no dia 3 de Janeiro.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

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