quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Trabalhadores pedem ajuda para comer

A pobreza que existe na região não é apenas um fenómeno ligado aos desempregados.A garantia é do coordenador distrital da Rede Europeia Anti-Pobreza.Segundo Pedro Guerra já se assiste a casos de pobreza e exclusão social na classe trabalhadora. “Há pessoas que neste momento passam graves dificuldades porque estavam habituadas a ganhar mil euros e gastavam 900, mas agora passaram a receber 800 e gastar mil” exemplifica, acrescentando que “por causa da diminuição das regalias dos trabalhadores não há poder de compra por causa do aumento do custo dos produtos, bens e serviços”. A revelação foi feita, hoje, no programa Estado da Região, da Rádio Brigantia.No distrito de Bragança regista-se um aumento de cerca de 30% no número de pedidos de ajuda por parte de famílias carenciadas.É o que acontece no refeitório social da Associação de Socorros Mútuos dos Artistas de Bragança.“O aumento é de 36%”, adianta presidente da direcção, Alcídio Castanheira. “Nós temos um protocolo com a Segurança Social para 100 utentes no refeitório social e já há mais de um ano que estamos com 136 utentes e temos conseguido dar resposta”, acrescenta.Mas as dificuldades económicas estão também a originar casos de superlotação habitacional.“Há casos de famílias em que o casal trabalha mas porque um irmão ou cunhado ficaram desempregados começaram a morar todos juntos para reduzir despesas”, revela a directora técnica do Centro Social e Paroquial de S. Bento e S. Francisco. “Estamos a acompanhar pelo menos 15 casos. E já aconteceu vermos um T1 com seis pessoas”, salienta Ana Raquel Domingues.Para ajudar as famílias que pedem ajuda, a câmara de Miranda do Douro abriu recentemente uma Loja Solidária.“Verificamos se as pessoas que nos procuram precisam efectivamente de ajuda e depois damos todo o tipo de apoio desde roupa e alimentação”, afirma o autarca local, Artur Nunes. “É uma forma de estarmos próximos de que realmente precisa”, acrescenta.
E é nesta quadra natalícia que a ajuda é mais visível com a organização de diversas campanhas de recolha de alimentos para depois entregar a quem mais precisa.

Escrito por Brigantia
Retirado de www.brigantia.pt

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